Anestesia é perigoso? Tipos e riscos

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Vai passar por uma cirurgia e está preocupado se tomar anestesia é perigoso? Então, saiba aqui quais são os principais tipos e riscos de uma anestesia.

Fazer um procedimento que precisa de anestesia geralmente causa certa preocupação. 

Antes de mais nada, é importante saber que existem diferentes tipos de anestesia e que cada uma delas tem um efeito. Alguns procedimentos invasivos como um exame de colonoscopia e cirurgias precisam de medicamentos anestésicos.

Além disso, a depender do procedimento e do estado de saúde de cada um, um tipo de anestésico é usado.

A anestesia geral, por exemplo, é um estado reversível de inconsciência e relaxamento no corpo todo. Independentemente do tipo de anestesia, o objetivo é o mesmo: tornar a cirurgia segura e indolor.

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Veja então quais os tipos de anestesia e entenda quais são todos os riscos envolvidos. 

Tipos de anestesia 

É comum surgirem dúvidas sobre a anestesia – principalmente em relação à segurança e à dor que ela pode causar.

As dúvidas mais comuns são se tomar anestesia geral é perigoso ou se a anestesia peridural dói. Por isso, confira abaixo como funcionam os principais tipos de anestesia. 

1. Anestesia geral

médico aplicando anestesia

Ela é administrada continuamente e dura o tempo todo da cirurgia. Alguns procedimentos que precisam se anestesia geral são, por exemplo:

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  • Cirurgias que levam muito tempo;
  • Procedimentos que podem levar à perda significativa de sangue;
  • Cirurgias que afetam a sua respiração, como aquelas na região do peito e do abdômen, por exemplo;
  • Aquelas que te expõem a um ambiente extremamente frio;
  • Casos em que o paciente tem dificuldade em ficar imóvel.

Trata-se de uma combinação de medicamentos anestésicos que te deixam em um estado temporário de inconsciência para que você não sinta dor ou desconforto durante a cirurgia.

Geralmente, é usada uma combinação de remédios intravenosos e gases inaláveis com propriedades anestésicas.

Durante todo o procedimento, o anestesista monitora seus sinais vitais e sua respiração para garantir sua segurança durante toda a cirurgia.

Os riscos cardiovasculares e respiratórios existem, mas são raros. Além da monitoração contínua durante o procedimento, também é essencial checar seu estado de saúde antes do procedimento a fim de detectar fatores de risco e prevenir complicações.

Riscos da anestesia geral e efeitos colaterais

A depender do tipo e da dose anestésica, podem ocorrer efeitos adversos como:

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  • Tosse e dor de garganta;
  • Tontura, náusea e vômito;
  • Sonolência;
  • Calafrio;
  • Boca seca;
  • Dor muscular;
  • Coceira.

É muito raro ter uma reação alérgica ou sentir dor durante uma cirurgia sob o efeito de anestesia geral. Além disso, não existe o risco de acordar durante uma anestesia geral no meio do  procedimento.

Quando o monitoramento dos sinais vitais e das ondas cerebrais é feito continuamente, o anestesista garante que o paciente estará adormecido durante toda a cirurgia.

A saber, a pressão arterial e o batimento cardíaco sobem ao recuperar a consciência. Assim, ao menor sinal de aumento nesses sinais, o anestesista é capaz de corrigir a dose da anestesia e garantir o estado de inconsciência durante toda a cirurgia, sem que o paciente acorde ou sinta dor.

2. Anestesia regional ou peridural

A anestesia peridural é um exemplo clássico de anestesia regional, mas também existem outros tipos. Ela serve para bloquear a dor em uma parte do corpo como uma perna, um braço ou a região abaixo da cintura, por exemplo.

A anestesia peridural pode adormecer toda a parte inferior do corpo. Em geral, ela é a opção mais usada para reduzir a dor do trabalho de parto.

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A aplicação pode ser um pouco desconfortável porque é feita na região da medula espinhal com um pequeno cateter no lugar de uma agulha comum.

Além de achar que anestesia é perigoso demais, outro mito que muita gente ainda acredita é sobre o risco de paralisia por causa de uma anestesia peridural. Mas fique tranquilo, pois isso não existe e a anestesia é bastante segura.

3. Anestesia local

dentista aplicando anestesia local

A anestesia local é uma opção para cirurgias menores e mais simples. Nesse caso, o paciente continua consciente e apenas sente que uma parte do corpo está adormecida. Isso inclui cirurgias dentárias ou remoção de pintas ou manchas na pele, por exemplo.

O efeito de um anestésico local dura pouco tempo e o paciente pode retornar para casa assim que acabar o procedimento.

4. Sedação

A sedação pode ser usada junto com a anestesia geral ou local para deixar o paciente mais relaxado e menos ansioso.

Ela ajuda com o relaxamento muscular, mas o paciente continua consciente caso a anestesia seja a local ou a regional. Algumas cirurgias que requerem a sedação são, por exemplo:

  • Colonoscopia;
  • Biópsia;
  • Cirurgia nos olhos. 

Anestesia é perigoso?

A anestesia, quando aplicada por um bom anestesista, é bastante segura.

Certamente, é bom procurar bons profissionais e fazer exames antes de qualquer cirurgia. É importante também fazer o jejum indicado pelo médico devido ao risco de você vomitar durante o procedimento cirúrgico. 

Geralmente, é preciso fazer um jejum de pelo menos 8 horas de sólidos, 6 horas para líquidos em geral e de 4 horas para líquidos claros.

Isso é essencial a fim de evitar complicações como a broncoaspiração do vômito, que pode levar à dificuldades respiratórias.

Por fim, as anestesias de hoje são muito mais seguras do que as de antigamente. Portanto, fique tranquilo e siga as instruções da equipe médica para que tudo corra bem.

Fontes e Referências Adicionais

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Sobre Dr. Lucio Pacheco

Dr. Lucio Pacheco é Cirurgião do aparelho digestivo, Cirurgião geral - CRM 597798 RJ/ CBCD. Formou-se em Medicina pela UFRJ em 1994. Em 1996 fez um curso de aperfeiçoamento em transplantes no Hospital Paul Brousse, da Universidade de Paris-Sud, um dos mais especializados na Europa. Concluiu o mestrado em Medicina (Cirurgia Geral) em 2000 e o Doutorado em Medicina (Clinica Médica) pela UFRJ em 2010. Dr. Lucio Pacheco é autor de diversos livros e artigos sobre transplante de fígado. Atualmente é médico-cirurgião, chefe da equipe de transplante hepático do Hospital Copa Star, Hospital Quinta D'Or e do Hospital Copa D'Or. Além disso é diretor médico do Instituto de Transplantes. Suas áreas de atuação principais são: cirurgia geral, oncologia cirúrgica, hepatologia, e transplante de fígado. Para mais informações, entre em contato.

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