Uma das influencers queridinhas das redes sociais, Carol Portaluppi, 30 anos, admitiu ser mais uma vítima dos distúrbios de imagem.
O Mundo Boa Forma informa: a matéria a seguir trata de assuntos sensíveis, como anorexia, bulimia e distúrbios de imagem. Caso esteja passando por algum desses problemas, procure ajuda profissional e, em caso de gatilhos, interrompa a leitura deste artigo.
A filha do técnico de futebol Renato Gaúcho já esteve abaixo do peso indicado para a sua altura e idade.
“Nunca contei isso para ninguém. Eu já tive problema de comer e vomitar. Já tive em vários períodos na minha vida, era uma coisa que volta e meia eu tinha. De um tempo para cá, estou conseguindo manter um equilíbrio”, disse em entrevista ao site gshow.
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O primeiro gatilho de Portaluppi com o próprio corpo aconteceu aos 15 anos, quando foi fez um ensaio fotográfico profissional. Na ocasião, o profissional disse que a jovem era bonita, mas tinha”o rosto muito redondo e precisava emagrecer.
“Aquilo ficou muito marcado em mim. Não conhecia nada. Meu rosto, de fato, é redondo. Tenho muita bochecha. Genética. Minha família tem. Só que, quando ele falou aquilo de uma forma pejorativa, mexeu muito comigo. Dali em diante, fiquei nesse problema alimentar”, apontou.
Carol sempre manteve hábitos alimentares saudáveis e praticou exercícios, mas continuava vendo problemas em seu próprio corpo quando começou a carreira artística como modelo. “Começava a achar o rosto gordo, o corpo não estava bom, que eu estava gorda. Uma imagem que não era real, um distúrbio de imagem”, lamentou.
De acordo com o índice de massa corporal, o IMC, em 2020, Carol estava no quadro de magreza, pesando 52 kg, sete a menos do seu peso ideal para seus 1,73 m de altura.
“Eu comia, me sentia muito mal, desesperada, chorava, e aí eu partia para isso (vomitar a comida). Quando me sentia muito mal, ficava um mês fazendo. Então, falava: ‘Não! Não posso, tenho que parar, não vou me deixar levar, não vou viver desse jeito. Não é vida, não quero que isso seja parte da minha vida, não quero ficar doente desse jeito'”, relatou.
Portaluppi preferiu apagar algumas fotos antigas, por não querer lembranças dessa fase de sua vida. “Eu olho para as fotos e tomo um susto. Apaguei, porque me dói olhar. Uma dor de pensar: ‘Nossa, a que ponto cheguei?’. Não estava bem de cabeça”, desabafou.
Carol conta com ajuda psiquiátrica e nutricional após anos lutando sozinha contra o distúrbio. Atualmente, a influencer está com o peso adequado para a altura.
“Mas, confesso que é sempre uma batalha. Amo comer e tudo mais, mas nunca tenho aquela tranquilidade, sabe? Mesmo eu comendo coisas saudáveis, é como se eu tivesse uma culpa por estar comendo”, admitiu.
Epilepsia
Durante a entrevista, Carol Portaluppi também abriu o jogo sobre o diagnóstico de epilepsia. A influencer começou a ter convulsões aos 23 anos e não sabia exatamente como se tratava a condição. “Acho que muita gente nem imagina”, apontou.
Apenas na quarta crise a influenciadora digital descobriu o quadro: ela estava na academia e seu personal trainer viu o que aconteceu a alertou sobre a suspeita de epilepsia.
“Você tem um blackout, um apagão. Falei: ‘Eu posso morrer?’. E muita gente deve achar que pode morrer. De fato, se você bater a cabeça, você pode. Mas não pela crise. Fui a um neurologista, comecei a me tratar com remédios que vou tomar a minha vida toda”, explicou.
Portaluppi explicou o motivo de ter tornado seu caso público: “Pensei em falar porque acho que muita gente se identifica e que eu poderia ajudar de alguma forma”.
“Não é nada demais se você se tratar. Se você tiver um acompanhamento médico, se tomar o seu remédio, não vai ter convulsão. Coisas que você pode ou não pode fazer, coisas que podem ser um gatilho para ter uma (crise)”, pontuou.