Nos últimos anos, observou-se um aumento na demanda por cirurgias plásticas entre os homens, visando aprimorar a aparência facial e corporal.
Entre os procedimentos mais procurados por esse público estão a rinoplastia, a lipo HD e a correção de ginecomastia (mamoplastia masculina, após a bariátrica), segundo o cirurgião plástico André Maranhão, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica regional Rio de Janeiro.
Essa tendência reflete uma mudança significativa nos padrões de beleza masculinos e a crescente aceitação da cirurgia plástica como uma opção para alcançar resultados estéticos desejados.
Conforme dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o número de pacientes do gênero masculino submetidos a cirurgias estéticas aumentou de 5% para 30% em cinco anos.
A pesquisa Ibope de 2019 revelou que das 650 mil cirurgias plásticas realizadas, 104 mil foram feitas em homens.
A influência das redes sociais tem sido um fator relevante nesse aumento da demanda. A exposição constante a imagens de corpos “perfeitos” nas plataformas digitais, como o Instagram, também pode gerar expectativas em relação à aparência masculina.
Além disso, o fenômeno do “efeito zoom” durante a pandemia, com o aumento das videochamadas, tem levado as pessoas a notarem imperfeições faciais antes imperceptíveis, impulsionando a procura por procedimentos estéticos. Veja aqui o que é fadiga do zoom e como evitar. As informações são de O Globo.
Rinoplastia
A rinoplastia é um procedimento cirúrgico que busca melhorar a aparência e a função do nariz.
A rinoplastia, também conhecida como cirurgia de nariz, é indicada para pessoas insatisfeitas com a estética do nariz ou que apresentam dificuldades respiratórias causadas por problemas estruturais.
Essa intervenção cirúrgica visa corrigir defeitos congênitos, assimetrias nasais, narinas alargadas, ponta bulbosa ou um dorso nasal proeminente.
Como é feita cirurgia
Existem duas técnicas principais de rinoplastia: a aberta e a fechada. Na rinoplastia aberta, realiza-se uma incisão externa na columela, que é a parte estreita localizada entre as duas narinas, na base do nariz, permitindo uma visão direta das estruturas internas para realizar as alterações necessárias.
Já na rinoplastia fechada, todas as incisões são feitas internamente, sem deixar cicatrizes visíveis.
Durante a cirurgia, o cirurgião remodela ou remove o osso nasal e a cartilagem para obter a forma desejada.
Em alguns casos, pode ser necessário adicionar enxertos de cartilagem para fornecer suporte adicional. O procedimento é realizado sob anestesia geral e normalmente leva algumas horas.
Lipo HD
A lipo HD (lipoplastia de alta definição) é um procedimento cirúrgico avançado de contorno corporal que visa esculpir e definir os músculos abdominais.
A lipo HD é indicada para aqueles que desejam realçar a definição muscular abdominal e obter uma aparência atlética e tonificada.
- Lipo de alta definição, o que é, benefícios e dicas.
- Cirurgia plástica na barriga: Principais dúvidas respondidas.
É especialmente recomendada para indivíduos com uma boa musculatura abdominal por baixo, mas que possuem uma camada de gordura persistente que esconde a definição muscular.
Como é feita a cirurgia
O procedimento de lipo HD envolve a administração de anestesia local ou geral, seguida de pequenas incisões ao redor do umbigo e na região pubiana.
Uma solução tumescente é injetada para facilitar a remoção seletiva da gordura. A solução tumescente é uma mistura líquida usada na lipo HD para entorpecer o local, reduzir o sangramento e facilitar a remoção de gordura.
Cânulas de lipoaspiração especializadas são utilizadas para remover a gordura ao redor dos músculos abdominais, esculpindo as áreas desejadas e criando contornos mais definidos.
Em alguns casos, também pode ser realizada lipoaspiração em outras áreas próximas.
Após a cirurgia, são fechadas as incisões e aplicados curativos compressivos para auxiliar na cicatrização e redução do inchaço.
É importante seguir as instruções pós-operatórias, como o uso de roupas de compressão e evitar atividades físicas intensas durante a recuperação.
Ginecomastia
A ginecomastia é o crescimento excessivo das glândulas mamárias em homens, resultando em seios aumentados.
A cirurgia de ginecomastia, também conhecida como mastectomia masculina ou redução mamária masculina, é indicada para homens insatisfeitos com o tamanho e a aparência de seus seios.
O procedimento visa remover o excesso de tecido mamário e remodelar a região para obter um contorno mais masculino.
Existem diferentes técnicas para a cirurgia de ginecomastia, dependendo do grau de excesso de tecido mamário e da presença de excesso de gordura.
Em casos de excesso glandular, a remoção direta do tecido mamário é necessária. Já quando há um componente significativo de gordura, a lipoaspiração pode ser realizada para remover o excesso de gordura.
Frequentemente, uma combinação de lipoaspiração e remoção de tecido glandular é utilizada para obter os melhores resultados.
Como é feita a cirurgia
A cirurgia de ginecomastia é realizada sob anestesia local ou geral, dependendo da extensão do procedimento.
O cirurgião faz incisões discretas ao redor da área da aréola ou em outros locais estratégicos para minimizar as cicatrizes.
Por meio dessas incisões, o excesso de tecido mamário é removido e a região é remodelada para obter uma aparência mais masculina.
As incisões são fechadas com suturas e são aplicados curativos compressivos para auxiliar na cicatrização e redução do inchaço.
Fontes e referências adicionais
- Avaliação funcional e estética da rinoplastia com enxertos cartilaginosos, Rev Bras Cir Plást, 2010; 25(2): 260 – 270.
- Lipoaspiração laser-assistida de alta definição, Rev Bras Cir Plást, 2018; 33(1): 48 – 55.
- Ginecomastia, Cuadernos de Cirugía, 2003; 17(1): 52 – 57.
Fontes e referências adicionais
- Avaliação funcional e estética da rinoplastia com enxertos cartilaginosos, Rev Bras Cir Plást, 2010; 25(2): 260 – 270.
- Lipoaspiração laser-assistida de alta definição, Rev Bras Cir Plást, 2018; 33(1): 48 – 55.
- Ginecomastia, Cuadernos de Cirugía, 2003; 17(1): 52 – 57.