Epinefrina: o que é, contraindicações e efeitos adversos

atualizado em 06/10/2022

A epinefrina, também chamada de adrenalina, é um hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais, localizadas logo acima dos rins. Ela é indicada para tratamento emergencial de reações alérgicas graves (anafilaxia) e paradas cardíacas.

Além do seu papel hormonal, ela atua como um neurotransmissor, responsável por enviar estímulos elétricos para células nervosas, musculares ou glandulares. Portanto, é muito importante em diversas funções do metabolismo, como sinalizadores de alerta, foco, atenção e agitação.

Portanto, ter níveis anormais de epinefrina no metabolismo pode resultar em diversos problemas de saúde, como hipertensão, distúrbios de sono, perda de imunidade e ansiedade.

A formulação medicamentosa desse hormônio pode ser encontrada em hospitais ou em forma de caneta autoinjetável, indicada para aplicação imediata em pessoas que possuem alto risco de anafilaxia. Além disso, a epinefrina também pode ser encontrada na composição de algumas anestesias.

Para que serve?

Reação alérgica — Reações alérgicas graves requerem o uso da epinefrina

Ela pode ser usada para aliviar sintomas de reações alérgicas graves, como urticária, edema de glote, angioedema (inchaço da face e garganta) e, principalmente, reações sistêmicas que envolvem a queda da pressão arterial e dificuldade respiratória.

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Ainda, é utilizada na composição de alguns anestésicos locais para diminuir a absorção do anestésico pelos vasos sanguíneos, assim, evitando que o efeito anestésico se espalhe rápido e permitindo uma maior duração do anestésico local.

A epinefrina serve para aumentar a pressão arterial e o bombeamento sanguíneo do coração em um episódio de parada cardíaca. Ela faz parte de um conjunto de medidas emergenciais para um procedimento conhecido como ressuscitação cardiopulmonar.

Em resumo, ela pode ser usada nos casos de:

Parada cardíaca e ressuscitação cardiopulmonar (RCP), para estimular o coração a bombear sangue novamente.
Anafilaxia, servindo para relaxar a musculatura envolvida na respiração e, assim, facilitar a entrada de oxigênio pelas vias aéreas.
Asma, onde a epinefrina serve para abrir as vias aéreas e diminuir os espasmos dos músculos respiratórios.
Choque séptico, para aumentar a pressão sanguínea, que fica extremamente baixa durante um episódio de choque séptico.
Cirurgias oculares, já que a adrenalina ajuda a manter as pupilas dilatadas.

Efeitos adversos

Alguns efeitos colaterais podem ser apresentados, entre eles:

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Dormência nas mãos e pés
Irritação no local injetado
Problemas respiratórios
Insônia
Palpitação cardíaca e dor no peito
Distúrbio urinário
Convulsões e tremores
Vômito
Pressão alta
Ansiedade

Em casos de reação alérgica, podem ser observados sintomas como coceira, urticária, erupção cutânea, inchaço da face e garganta.

Contraindicações

A adrenalina não deve ser utilizada em casos de choque cardiogênico (condição em que o coração perde a capacidade de bombear sangue suficiente), choque traumático e choque hemorrágico.

Outras contraindicações estão associadas a reações alérgicas aos compostos da epinefrina. Também, não deve ser usado em conjunto com o anestésico halotano (usado para manutenção da anestesia geral) e quadro de glaucoma de ângulo fechado. No entanto, os riscos e benefícios devem ser comparados e avaliados pela equipe médica.

Essa droga não deve ser aplicada sobre regiões da face, região genital e dedos das mãos, pois há um alto risco de isquemia, que é a perda de fluxo sanguíneo nesses locais.