Uma gestação costuma ser um período especial, porém, também delicado na vida de uma mulher. A gravidez exige uma série de cuidados em prol da saúde da futura mamãe e do desenvolvimento saudável do neném em seu ventre.
Esses cuidados incluem contar com o acompanhamento médico para saber o que pode e o que não pode comer e beber durante os nove meses da gravidez. Até porque é normal que apareçam dúvidas neste sentido ao longo do período.
Por exemplo, você saberia dizer grávida pode comer gengibre? Continue lendo, porque é justamente a respeito disso que vamos conversar mais abaixo!
Será que o gengibre faz mal na gravidez?
Você já ouviu falar do uso do gengibre para lidar com sintomas da gestação? Conforme encontramos, a ingestão oral do alimento aparenta diminuir a náusea e o vômito em algumas mulheres gestantes, e por isso muitas se interessam em saber se grávida pode comer gengibre.
Entretanto, além do gengibre possivelmente trabalhar mais lentamente ou não tão bem quanto medicamentos utilizados para o tratamento da náusea, utilizar qualquer medicação, mesmo natural, durante a gestação é uma grande decisão.
O uso do gengibre na gestação é controverso e, antes de utilizá-lo para lidar com a náusea e o vômito ou para qualquer outra finalidade, a grávida deve discutir os possíveis riscos com o seu médico. Até porque a consulta ao médico é a melhor forma de verificar se o gengibre faz mal na gravidez.
As preocupações a respeito do uso do gengibre durante a gestação
Existe alguma preocupação de que o gengibre possa afetar os hormônios sexuais ou aumentar o risco de ter um neném nascido morto. Também houve um relato sobre um aborto na 12ª semana de gravidez de uma mulher que utilizou o gengibre para lidar com os enjoos matinais.
Por outro lado, a maior parte dos estudos conduzidos em gestantes sugere que uma mulher grávida pode comer gengibre com segurança para lidar com o enjoo matinal sem fazer mal ao bebê.
Além disso, acredita-se que o risco de malformações nos bebês de mulheres que ingerem gengibre não aparenta ser maior do que 1% a 3%. Também não parece existir um risco aumentado de parto prematuro ou baixo peso de nascimento para esses bebês.
No entanto, existe uma preocupação a respeito da possibilidade do gengibre aumentar o risco de sangramento, portanto, alguns especialistas aconselham a não consumir o alimento próximo à data do parto.
Com a existência de alguns riscos, preocupações e relatos de que o gengibre faz mal para gestante, fica ainda mais evidente a necessidade da mulher grávida não utilizar o alimento sem consultar o médico e fazer uso do gengibre sob o acompanhamento do profissional, seguindo as suas orientações em relação ao modo e a frequência de consumo.
Cuidado com os produtos e suplementos à base de gengibre
A respeito do uso de tratamentos alternativos para dor e inflamação, como o gengibre, ao longo de uma gestação, em estudos científicos, as doses de gengibre seco usadas para reprimir a náusea do enjoo matinal eram de 1 mil a 1,5 mil por dia, ingeridas em duas a quatro doses divididas. Não recomenda-se usar doses mais elevadas de gengibre durante a gravidez, particularmente durante os primeiros estágios.
Muitos produtos à base de gengibre se tratam de extratos de gengibre altamente concentrados. Com esses produtos, quando a embalagem diz ‘250 mg’, isso significa 250 mg do extrato. O equivalente à raiz de gengibre seca seria algo entre 2,5 mil mg a 5 mil mg.
Portanto, antes de utilizar qualquer produto ou suplemento à base de gengibre ou de qualquer outra substância, para tratar o seu enjoo matinal ou qualquer outro sintoma da gravidez, consulte o seu médico e confirme com o profissional se você realmente pode usar o produto em questão e em que dosagem e frequência ele pode ser utilizado.
Outros cuidados com o gengibre
Além de saber se o gengibre faz mal na gravidez, é importante que se conheça quais outros cuidados o consumo do alimento exige.
A mestra em bioquímica Naomi Parks alertou que o chá de gengibre não pode ser consumido por pessoas que sofrem com a diabetes e por mulheres que se encontrem no processo de amamentação de seus bebês.
A Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos alerta que pessoas que fazem uso de medicamentos diluidores do sangue (anticoagulantes) devem evitar os suplementos de gengibre e ainda destaca que mulheres que estejam amamentando e pessoas com distúrbios hemorrágicos, condições cardíacas e diabetes também devem evitar os suplementos de gengibre.
Por sua vez, quem tem histórico de problemas na vesícula biliar deve consultar o médico antes de tomar o chá de gengibre.
Com isso, para as mulheres que estiverem amamentando, crianças, adolescentes, idosos e pessoas que têm qualquer doença e condição de saúde, também vale a pena consultar o médico antes de utilizar qualquer forma do gengibre. Para os outros, é importante não exagerar no consumo de qualquer forma da raiz.
De acordo com o que encontramos, a regra geral consiste em não consumir mais do que 4 gramas de gengibre diariamente.