Parece que só o céu é o limite, atualmente, para a vaidade. E haja procedimentos e cirurgias para darem conta de tantas insatisfações… da cor do cabelo, passando pelo formato e espessura das sobrancelhas, grossura dos lábios, mandíbulas mais proeminentes, enfim, um estica, injeta e puxa de dar medo do que veremos pela frente.
E agora, a novidade que vem causando muita polêmica é a mudança da cor dos olhos. Isso mesmo, mudança da cor dos olhos! E não se trata de lente ou algo do tipo, mas de uma cirurgia.
Esse arriscado procedimento vem sendo alvo de grande polêmica após a modelo brasileira Layyons Valença mostrar sua novo visual nas redes sociais.
A modelo, de apenas 24 anos, revelou que se submeteu à ceratopigmentação, mudando a cor de seus olhos, do castanho para o azul.
Na verdade, embora só agora tenha ganhado as manchetes de jornais e virado assunto nas redes sociais, Layyons fez a cirurgia há cerca de um ano, em Genebra, na Suíça.
Aos interessados, vale saber que precisarão, além de muita coragem, investir cerca de R$ 45 mil. Já ressaltando que se trata de uma cirurgia muito arriscada. Inclusive, segundo a própria modelo, sua namorada, Anastasia Brenda Biya Eyenga, filha do presidente de Camarões, não teve o mesmo sucesso.
Ainda, de acordo com Layyons, a namorada fez o procedimento nos Estados Unidos, usando uma técnica diferente e o resultado foi traumático, chegando a perder boa parte da visão.
Mas, isso não foi suficiente para demovê-la da ideia de mudar a cor dos olhos. Segundo Layyons: “Com os meus olhos marrons, que é a minha cor natural, não me identificava, não conseguia me olhar no espelho”.
Para quem já está sonhando em ostentar olhos azuis, vale saber que esse procedimento é proibido aqui no Brasil. A não ser no caso de pessoas com doenças graves que causam opacidade extrema nos olhos, que não tem mais capacidade ou baixa possibilidade de visão.
Lesões na córnea, infecções graves, aumento da pressão arterial ocular, dificuldade de realizar cirurgias futuramente, são só alguns dos muitos problemas que esse procedimento pode causar.
E mais, segundo pacientes que já fizeram uso dessa técnica, eles passaram a ter dificuldade de enxergar, ardência, dor nos olhos, sensação de areia, aversão à luz e lacrimejamento persistente, enfim, situações que podem levar à perda gradativa da visão, periférica ou central, podendo até a evoluir, em alguns casos, para a cegueira irreversível.
Como é feito o procedimento
A ceratopigmentação, que nada mais é que uma “tatuagem na córnea”, é realizada através da implantação de micropigmentos de diferentes cores nas camadas mais internas da córnea, para alterar sua coloração.
Vale saber que esse procedimento não chega a ser, propriamente, uma novidade, visto que já vinha sendo usado mas, geralmente, para tratar aquelas manchas brancas que costumam surgir nos olhos de pacientes cegos.
Segundo especialistas, a infecção e inflamação ainda são os principais riscos desse procedimento que, inclusive, não conta com suficientes evidências científicas dos possíveis efeitos de longo prazo do uso de pigmento no estroma corneano, por isso, alertam, que toda cautela é pouca na banalização da ceratopigmentação.