Se tem algo pelo qual todos estamos ansiosos, é pela aprovação de uma vacina contra a COVID-19. No entanto, é preciso ter paciência. Uma prova disso é que os testes da vacina da Johnson & Johnson também precisaram ser interrompidos.
O anúncio ocorreu na segunda-feira, 12 de outubro, e o motivo foi o surgimento de uma doença inexplicada em um dos participantes dos testes. No mês passado, os testes da vacina de Oxford contra a COVID-19 também sofreram uma interrupção.
Conforme a Johnson & Johnson informou, as regras da empresa para seus estudos clínicos determinam que os testes podem sofrer pausas se ocorrer alguma reação adversa séria inesperada com possível ligação com os experimentos.
A interrupção permite que a companhia revise cuidadosamente todas as informações médicas antes de decidir se retoma o estudo ou não.
Mas que doença foi essa?
Não se sabe, pois a Johnson & Johnson não divulgou qual foi a doença. A empresa também não forneceu dados sobre o estado de saúde do paciente e não concedeu nenhuma outra informação sobre as características do voluntário em questão.
Em nota, a empresa declarou que deve-se respeitar a privacidade do paciente. A companhia também disse que eles ainda estão aprendendo mais sobre a doença do participante e que é preciso saber todos os fatos antes de dar mais informações.
Também não se sabe se foi de fato a vacina da Johnson & Johnson que causou diretamente essa doença.
De acordo com a empresa, o caso está sob avaliação dos médicos da empresa e do Conselho de Monitoramento de Segurança de Dados, que é um órgão independente dos testes da vacina.
A companhia também não informou quantas pessoas em todo o mundo já receberam a sua vacina durante os testes.
Houve casos no Brasil?
Não. O caso que a Johnson & Johnson divulgou foi o único até então. Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que o caso aconteceu no exterior.
A Anvisa é a responsável por autorizar os testes de vacina no Brasil. A vacina da Johnson & Johnson foi uma das que recebeu permissão para testes de fase 3 (a última fase de testes das imunizações) no Brasil.
De acordo com a Anvisa, o primeiro voluntário brasileiro entrou nos testes da vacina da empresa no dia 9 de outubro.
Em agosto, o órgão liberou testes com a imunização em sete mil pessoas de sete estados. Entre eles: Minas Gerais, Bahia, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e São Paulo.
Houve ainda a divulgação de um recrutamento no Distrito Federal, em busca de voluntários para os testes. Entretanto, não está claro se algum brasileiro já chegou efetivamente a receber uma dose da vacina.
De qualquer modo, novas inclusões nos testes da vacina da Johnson & Johnson só ocorrerão se a Anvisa autorizar. Antes disso, o órgão vai analisar os dados da investigação da imunização da empresa para decidir pela continuação ou interrupção dos testes.
O que fazer?
Não há outra saída a não ser esperar pela aprovação da vacina. Enquanto aguardamos, precisamos continuar a nos proteger contra o contágio pelo novo coronavírus.
Por exemplo, isso inclui lavar muito bem as mãos ou passar álcool gel, usar máscaras ao sair na rua, manter uma distância de dois metros para outras pessoas, entre outras recomendações das autoridades de saúde.