Ressonância preventiva adotada por famosos não é recomendada por médicos

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Recentemente, a influencer Kim Kardashian trouxe à tona uma tendência que tem ganhado espaço entre as celebridades americanas: a realização de ressonâncias magnéticas de corpo inteiro como medida preventiva para a detecção de possíveis enfermidades. 

Kim Kardashian, post Instagram
Imagem: Reprodução Instagram/ via: @kimkardashian

O objetivo? Identificar problemas graves, como câncer e aneurismas, ainda em sua fase inicial. A preocupação com a saúde é louvável, especialmente em um mundo onde a informação é rápida e vasta. Contudo, será que essa é uma abordagem realmente eficaz e segura?

Kim Kardashian ressaltou que sua escolha de realizar o exame não foi impulsionada por compromissos publicitários. Em vez disso, foi uma decisão pessoal, movida por histórias de conhecidos cujas vidas foram, segundo ela, potencialmente salvas por descobertas feitas através desse procedimento.

Kim Kardashian, post Instagram
Imagem: Reprodução Instagram/ via: @kimkardashian

Entretanto, profissionais da saúde têm levantado bandeiras vermelhas quanto à realização indiscriminada desse exame. Especialistas chamam a atenção para a verdadeira finalidade e eficácia das ressonâncias magnéticas: segundo os profissionais, embora a ressonância possa detectar alterações, ela opera de maneira geral e inespecífica. Isso significa que nem todas as alterações indicam problemas graves.

Os médicos ressaltam o risco do sobrediagnóstico, um termo que pode ser novo para muitos, mas é crucial para quem se preocupa com saúde. O sobrediagnóstico ocorre quando pequenas alterações, identificadas no exame, geram preocupação exagerada, apesar de se revelarem inofensivas com o tempo. Em outras palavras, é a identificação de “problemas” que, na verdade, não representariam riscos reais ao paciente.

E mais, a utilização frequente e indiscriminada desse método não se mostrou, até o momento, eficaz na ampliação da expectativa de vida dos pacientes. Em situações específicas, como na síndrome de Li-Fraumeni, o procedimento pode ter seu valor, mas para a população em geral, os riscos de sobrediagnóstico e, consequentemente, sobretratamento, são reais e relevantes.

É importante ressaltarmos que a busca pelo bem-estar e a prevenção de doenças são essenciais em nosso dia a dia. No entanto, antes de se lançar a modismos e tendências, é preciso fazer uma análise cuidadosa e, sobretudo, ouvir a opinião de especialistas. Afinal, nossa saúde é nosso bem mais precioso e merece todo o cuidado e atenção.

Você já viu essa nova tendência adotada pelos famosos? Sabia que não há benefícios nessa prática? O que achou da atitude da Kim Kardashian ao realizar a ressonância preventiva? Comente abaixo!

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Sobre Valdir Campos

Valdir de Campos Júnior é estudante de jornalismo, e combina sua paixão pela escrita com um forte interesse pelo universo da saúde e boa forma. Valdir é motivado pela curiosidade e pelo desejo de adquirir conhecimento, visando inspirar e informar as pessoas sobre um estilo de vida saudável.

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