Tecnologia 5G faz mal à saúde? 5G é perigoso mesmo?

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Se você está se perguntando se 5g faz mal à saúde, veja o que a ciência fala sobre isso, o que é, e entenda se 5g é perigoso.

Pessoas de várias cidades ao redor do mundo protestaram contra a instalação de antenas 5G por preocupações com os efeitos prejudiciais que elas podem ter sobre seres humanos, animais e plantas.

Eles apontam para o perigo potencial de radiação de radiofrequência emitida por antenas instaladas próximas das cidades. Além disso, também descrevem a falta de evidências científicas mostrando que os sinais 5G, são seguros.

Houve tanta preocupação com o 5G que algumas cidades cancelaram ou atrasaram a instalação das suas antenas. Mas 5g faz mal à saúde mesmo?

O que é 5g

rede 5g

O termo 5G refere-se à quinta geração de tecnologia móvel que chega com promessas de velocidades mais rápidas de navegação, download e streaming, além de melhor conectividade.

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Os dispositivos móveis de hoje operam em frequências abaixo de 6 gigahertz, enquanto o 5G usa frequências de 600 megahertz e acima, incluindo as faixas de ondas milimétricas (MmWave) entre 30 GHz e 300 GHz.

Mas, além das aplicações tradicionais na internet, como assistir filmes streaming, fazer download de arquivos, e fazer chamadas em vídeo, o 5G foi projetado para aumentar a capacidade e reduzir a latência, que é o tempo que leva para os dispositivos se comunicarem.

Para aplicativos integrados, como robótica, carros autônomos e dispositivos médicos, essas mudanças terão um papel importante na rapidez com que a tecnologia é usada na vida cotidiana.

A base da tecnologia 5G será o uso de larguras de banda de alta frequência, em todo o espectro de radiofrequência.

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O que é radiação eletromagnética?

Muito do que se fala a respeito de que 5g é perigoso está relacionado com a radiação eletromagnética.

Essa radiação forma um campo eletromagnético (EMF), ou seja, um campo de energia que resulta da radiação eletromagnética, uma forma de energia que é gerada a partir do fluxo de eletricidade.

A radiação eletromagnética existe como um espectro de diferentes comprimentos de onda e frequências, medidas em hertz (Hz). Este termo indica o número de ciclos por segundo.

As linhas de energia operam entre 50 e 60 Hz, que ficam na extremidade inferior do espectro. Essas ondas de baixa frequência, juntamente com ondas de rádio, micro-ondas, radiação infravermelha, luz visível e parte do espectro ultravioleta, compõem o que é conhecido como radiação não ionizante.

Acima disso, estão os espectros petahertz e exahertz, que incluem raios-X e raios gama. Estes são tipos de radiação ionizante, o que significa que eles carregam energia suficiente para separar moléculas e causar danos significativos ao corpo humano.

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Os campos eletromagnéticos de radiofrequência (RF-EMFs) incluem todos os comprimentos de onda intermediárias, de 30 quilohertz (kHz) a 300 gigahertz (GHz).

Para o público em geral, a exposição a RF-EMFs é principalmente proveniente de dispositivos portáteis, como telefones celulares, bem como de antenas de telefones celulares, equipamentos médicos e antenas de TV.

O efeito biológico mais bem estabelecido dos RF-EMFs é o aquecimento. Altas doses de RF-EMFs podem levar a um aumento da temperatura dos tecidos expostos, podendo levar a queimaduras e outros danos.

Mas os dispositivos móveis emitem RF-EMFs em níveis baixos. Se isso é motivo de preocupação, é um assunto de debate em andamento, reacendido pela chegada do 5G.

Quais são as preocupações sobre se 5g faz mal à saúde

espectro eletromagnético
Imagem: Labcisco

A radiação eletromagnética usada por todas as tecnologias de telefonia móvel levou algumas pessoas a se preocupar com o aumento dos riscos à saúde, incluindo o desenvolvimento de certos tipos de câncer.

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Em 2014, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que “nenhum efeito adverso à saúde foi estabelecido como causado pelo uso de telefones celulares”.

No entanto, a OMS juntamente com a Agência Internacional para Pesquisa do Câncer (IARC), classificou toda a radiação de radiofrequência (da qual os sinais móveis fazem parte) como “possivelmente cancerígena”.

Isso porque, segundo elas, “Não há evidências conclusivas de que a exposição à radiação eletromagnética não possa causar câncer em seres humanos”.

Entretanto, isso não chega a ser um motivo de preocupação, porque ingerir legumes em conserva e usar pó de talco são classificados na mesma categoria, assim como o consumo de bebidas alcoólicas e carnes processadas estão em uma categoria mais alta porque as evidências são mais fortes.

Pesquisas científicas

Um relatório de toxicologia divulgado em 2018 pelo Departamento de Saúde dos EUA descobriu que ratos expostos a altas doses de radiação de radiofrequência desenvolveram um tipo de tumor cancerígeno no coração.

Para este estudo, o corpo inteiro dos camundongos foi exposto à radiação dos telefones celulares durante nove horas por dia, todos os dias, durante dois anos, começando inclusive antes mesmo de nascerem.

Um cientista do estudo relatou que “as exposições usadas nos estudos não podem ser comparadas diretamente à exposição que os seres humanos experimentam ao usar um telefone celular”, mesmo no caso das pessoas que usam em excesso.

Embora algumas pesquisas sugerem uma possibilidade estatística de aumento do risco de câncer para usuários que usam o celular em excesso, as evidências até o momento não são suficientemente para sugerir a necessidade de alguma ação preventiva por parte dos governos

A controvérsia

Enquanto alguns especialistas dizem que não é verdade que 5g faz mal à saúde, existem aqueles que questionam essa afirmação, principalmente porque ninguém ainda realmente sabe a resposta.

Um grupo de cientistas internacionais escreveu na revista acadêmica Frontiers in Public Health sobre os riscos em potenciais da tecnologia 5G.

“A radiação de frequência mais alta associada ao 5G não penetra no corpo tão profundamente quanto às frequências das tecnologias mais antigas, embora seus efeitos possam ser sistêmicos”, explicaram os cientistas.

“A gama e magnitude dos impactos potenciais das tecnologias 5G são pouco pesquisadas, embora importantes resultados biológicos tenham sido relatados com a exposição ao comprimento de ondas milimétricas (MmWave). Isso inclui estresse oxidativo e expressão gênica alterada, efeitos na pele e na função imunológica”, continuam os autores do artigo.

Eles fazem várias recomendações que incluem testes e coleta de dados mais rigorosos para identificar a relação entre a exposição à RF-EMF e o impacto na saúde.

O último ponto da lista de recomendações deles é que “As torres de celular devem estar distanciadas de casas, creches, escolas e locais frequentados por mulheres grávidas, homens que desejam ter filhos.”

Limites de exposição

homem usando celular

O governo do Reino Unido diz que “enquanto um pequeno aumento na exposição geral a ondas de rádio é possível quando o 5G é adicionado à rede existente, a exposição geral deve permanecer baixa”.

A faixa de frequência dos sinais 5G sendo introduzidos está dentro da banda não ionizante do espectro eletromagnético, e bem abaixo daqueles considerados prejudiciais pela Comissão Internacional de Proteção contra Radiação Não-Ionizante (ICNIRP).

A OMS (Organização Mundial de Saúde) concorda, e reitera que exposições de frequência eletromagnética abaixo dos limites recomendados nas diretrizes da ICNIRP não mostraram causar consequências para a saúde.

Como visto, mais pesquisas ainda são necessárias para saber se 5g faz mal à saúde ou se 5g é perigoso, mas o aconselhável é sempre limitar o tempo que você deixa o seu celular próximo ao seu corpo.

Fontes e referências adicionais

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