Viagra é comprovadamente um tratamento eficaz contra a disfunção sexual. Ele é o mais popular entre os remédios para disfunção e atua dilatando as artérias que levam o sangue até os corpos cavernosos. Abaixo você descobrirá se o Viagra faz mal, seus efeitos colaterais, como tomá-lo e os cuidados que todo paciente deve ter.
Apesar de ser um tratamento eficaz contra a disfunção erétil, muitas pessoas compram o Viagra para uso casual para melhorar o desempenho sexual. Por esse motivo, muitos questionam se o Viagra faz mal quando não usado para tratar condições de saúde.
Ao ser diagnosticado como hipertenso, o paciente deve ficar atento ao que come, bebe e quais medicamentos deve ou não tomar. Se você sofre de hipertensão ou conhece alguém que sofre, vai gostar de saber se o viagra está liberado para hipertensos.
Outro método infalível e milenar, também estudado pela ciência moderna para qualquer tipo de enfermidades, é a utilização de chás em tratamentos. E há muitos séculos existem chás afrodisíacos que prometem a virilidade tão desejada. Descubra os 5 melhores chás afrodisíacos e como fazê-los.
Além dos chás, a alimentação é muito importante para o processo. No mundo todo, existem
fórmulas e alimentos que estimulam a libido. Os europeus comem ostras, os asiáticos consumiam chifres de rinocerontes e os brasileiros as famosas garrafadas, que são um mix de cachaça, catuaba, marapuama, ovos de codorna, amendoim, entre outros alimentos. Você vai gostar de conhecer os 13 melhores alimentos afrodisíacos que realmente aumentam a libido.
Será que podemos tomar o Viagra livremente ou devemos tomar mais cuidado com seus possíveis efeitos colaterais? Qual a maneira correta de tomar o remédio e quais são os cuidados que devem ser tomados com o seu consumo?
Viagra – Função
O Viagra (citrato de sildenafil) também conhecido como a pílula azul, é o medicamento mais popular para disfunção erétil, mas existem produtos similares no mercado farmacêutico como o Cialis e o Levitra que desempenham a mesma função.
A princípio, o Viagra foi desenvolvido para ajudar no tratamento de pessoas com pressão arterial elevada. Hoje em dia, sua principal função é no tratamento da disfunção erétil em homens.
Como funciona
O Viagra é capaz de melhorar a resposta erétil quando um homem já é sexualmente estimulado, ou seja, se não houver nenhum estímulo sexual quando o homem toma o Viagra, o remédio não fará efeito. Isso ocorre porque o Viagra não é capaz de aumentar a libido. De uma forma simples de entender, o que o Viagra faz é aumentar o fluxo sanguíneo para facilitar a ereção e mantê-la por mais tempo.
Segundo dados publicados em 2002 na revista científica Reviews in Urology, quando ocorre um estímulo sexual, o óxido nítrico é liberado pelo sistema nervoso através do tecido erétil do pênis. Esse óxido nítrico estimula uma enzima específica que produz monofosfato de guanosina cíclina mensageiro ou cGMP. Esse mensageiro é capaz de fazer com que as artérias do pênis se dilatem, de forma que o tecido erétil se enche de sangue, resultando em uma ereção.
Assim, uma das funções do Viagra é impedir que o cGMP seja esgotado, permitindo que a ereção permaneça por mais tempo.
Outra função do Viagra é inibir a enzima fosfodiesterase tipo 5 ou PDE5, que é uma enzima responsável por regular certos compostos químicos no sangue que pode também dificultar a ereção. Por causa dessa função, medicamentos como o Viagra são conhecidos como inibidores da PDE5.
Efeitos Colaterais
Um estudo publicado em 2007 no periódico Dove Press analisou os efeitos e a segurança a longo prazo do Viagra usado para tratar a disfunção erétil. Foi constatado que o uso de doses de até 100 mg por vários meses devido a uma condição médica não causou efeitos colaterais graves.
De acordo com o estudo, o efeito colateral mais comum do Viagra é a dor de cabeça. Outros efeitos adversos bastante comuns do medicamento incluem:
- Congestão nasal;
- Problemas de visão;
- Fotofobia ou sensibilidade à luz;
- Dispepsia ou indigestão.
Outros potenciais efeitos colaterais relacionados ao uso de Viagra e que podem ser desagradáveis e até perigosos para a saúde são:
- Priapismo, uma condição em que o homem tem uma ereção duradoura e dolorosa;
- Ataque cardíaco;
- Perda auditiva ou visual súbita;
- Aumento da pressão intra-ocular;
- Arritmias ventriculares.
Um efeito colateral menos comum inclui a cianopsia, em que a pessoa tem a sensação de que tudo que vê tem um tom azulado.
Já em casos muito raros, é possível que a pessoa apresente uma condição chamada de neuropatia ótica isquêmica anterior não-arterítica ou danos no nervo ótico.
Contraindicações
Os casos descritos abaixo competem pessoas que não devem tomar Viagra sem o consentimento médico devido ao risco de complicações pelas quais o Viagra faz mal. São esses:
- Pessoas com problemas cardiovasculares: Pessoas que têm problemas no sistemas cardiovascular podem sofrer complicações, já que o uso do Viagra resulta em um maior fluxo sanguíneo, que pode sobrecarregar o sistema.
- Homens com insuficiência hepática graves e/ou com doença renal: O princípio ativo do Viagra é o citrato de sidenafil, que é metabolizado pelo fígado e excretado pelos rins. Se você tem problemas nesses órgãos, o composto pode não ser metabolizado da forma adequada, resultando em efeitos adversos indesejados.
- Indivíduos que recentemente tiveram um acidente vascular cerebral ou um ataque cardíaco: Pessoas que sofreram um derrame ou ataque cardíaco não devem em hipótese alguma tomar Viagra pois o sistema cardiovascular está fragilizado, podendo ocorrer efeitos colaterais graves como reincidência dessas condições cardiovasculares.
- Pessoas com distúrbios hereditários de problemas com degeneração da retina: Como o Viagra pode causar aumento da pressão intraocular e efeitos colaterais relacionados à visão, não é recomendado usar o medicamento se você já tem um sistema ocular comprometido.
Interações medicamentosas
Já no ano de lançamento do Viagra foi publicado um estudo sobre as possíveis interações medicamentosas.
A publicação de 1998 foi veiculada pelo Project Inform Perspective e mostrou que o Viagra não deve ser usado junto com medicamentos para pressão arterial ou de alguns remédios usados no tratamento do HIV. O uso concomitante desses dois tipos de remédios pode aumentar a probabilidade de ocorrência de efeitos colaterais e também a gravidade deles.
Em alguns casos, o uso do Viagra pode prejudicar o funcionamento do coração. É por isso que não é recomendado usar o remédio junto com outros medicamentos usados no tratamento de doenças cardíacas ou de hipertensão como os alfa-bloqueadores de longa duração ou os que contém nitratos em sua composição. Ao fazer uso desses medicamentos ao mesmo tempo, a sua pressão arterial sanguínea pode ficar perigosamente baixa, prejudicando o fluxo sanguíneo do corpo inteiro e causando mal-estar.
Devido as alterações que o Viagra pode causar no batimento cardíaco, também não é indicado tomar o medicamento se você tiver sofrido um derrame ou um ataque cardíaco ou se você sofrer de alguma condição cardíaca como a angina instável, por exemplo.
Como tomar
A dose de Viagra depende do motivo pelo qual você está tomando o medicamento.
Para disfunção erétil ou melhor potência sexual, deve ser tomada no máximo uma pílula em um período de 24 horas. O comprimido deve ser tomado cerca de 30 minutos a 1 hora antes da relação sexual.
Se você toma o remédio devido à hipertensão arterial pulmonar, ele pode ser tomado em doses de 20 miligramas até 3 vezes ao dia.
Nunca tome mais comprimidos do que a quantidade recomendada. Uma overdose de Viagra pode ser muito perigosa, causando sintomas como vômito, visão turva ou distorcida, inchaço ou dano no nervo ótico, taquicardia, cegueira, rabdomiólise e diarreia.
Viagra faz mal?
O uso do Viagra, como de qualquer outro medicamento, está sujeito à ocorrência de efeitos colaterais e contraindicações. Se você realmente precisa do medicamento devido à disfunção erétil ou hipertensão arterial pulmonar diagnosticada por um médico, os benefícios devem superar os efeitos colaterais.
Porém, se seu uso é apenas com o intuito de melhorar o desempenho sexual, nem sempre pode ser uma boa ideia. O risco de apresentar um dos efeitos colaterais pelos quais o Viagra faz mal é algo a colocar na balança.
Além disso, não é indicado usar medicamentos sem prescrição médica devido às consequências do seu uso sem supervisão. Se você usar o remédio por período prolongado sem orientação médica, é possível que desenvolva dependência psicológica ao princípio ativo, interferindo no desempenho de relações sexuais sem o uso da pílula.
Alternativas ao Viagra
Não é só o Viagra que pode melhorar ou eliminar os sintomas da disfunção erétil. Outros medicamentos e remédios alternativos podem ser usados com a mesma finalidade. Dentre as opções de medicamentos, se destacam os seguintes inibidores da PDE5:
- Vardenafil: comercializado como Levitra, o Vardenafil é um remédio de uso oral que deve ser usado cerca de uma hora antes da relação sexual. A dose indicada é de 10 mg e não é recomendado tomar mais de uma dose no mesmo dia.
- Tadalafil: é um remédio de uso oral chamado também de Cialis ou Adcirca que funciona cerca de meia hora depois do uso. Ele pode melhorar a função erétil por até 36 horas e geralmente é tomado em doses iniciais de 10 mg. Há também comprimidos de 2,5 mg disponíveis para uso diário.
- Avanafil: o Avanafil ou Stendra é comercializado em comprimidos de uso oral de 50, 100 ou 200 mg. Ele deve ser utilizado aproximadamente 15 ou 30 minutos antes da relação sexual.
Há ainda outras opções de remédios alternativos para melhorar a ereção, que podem incluir:
- Autoinjeções penianas: tratam-se de injeções que devem ser aplicados no lado ou na base do pênis. Tais injeções contêm medicamentos como a ceratina, a fentolamina, o alprostadil ou a papaverina. A aplicação pode ser feita por você mesmo antes da relação sexual para te ajudar a alcançar ou manter a ereção por até 40 minutos.
- Supositório uretral: existem supositórios muito pequenos contendo alprostadil que podem ser inseridos na uretra peniana com o auxilio de um aplicador. O uso desse tipo de supositório estimula a ereção em cerca de 10 minutos e ela pode ser mantida por até 1 hora.
- Reposição de testosterona: há casos em que a reposição hormonal é suficiente para tratar a disfunção erétil. Basta seguir o tratamento de reposição de testosterona indicado pelo médico que pode ser feito por meio de injeções, adesivos ou medicamentos de uso oral.
Cuidados
Evite o uso do Viagra sem prescrição médica. Se mesmo sem ter um diagnóstico de condição de saúde que necessite do remédio, use com precaução. Nunca use mais do que a quantidade recomendada e prefira tomar a menor dose possível para verificar como o seu corpo responde ao efeito do medicamento.
Além disso, lembre-se de que o efeito do medicamento pode durar algumas horas. Dessa forma, evite tomar a pílula se tiver algum compromisso importante à vista para evitar problemas.
Também existe o risco de sofrer uma reação alérgica ao tomar Viagra. Neste caso, procure ajuda médica imediatamente.
Como precaução, converse com um médico ou profissional de saúde de sua confiança sobre qualquer medicamento que esteja tomando para evitar interações medicamentosas prejudiciais ao seu organismo.
- Fontes consultadas:
https://www.everydayhealth.com/mens-health/recreational-viagra-why-its-not-good-idea/
https://www.medicalnewstoday.com/articles/232912.php#history
https://www.healthline.com/health/mens-health/effects-of-viagra-on-the-body#5
https://www.webmd.com/erectile-dysfunction/guide/cialis-levitra-staxyn-viagra-treat-ed#1
https://www.medicalnewstoday.com/articles/314348.php
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11365844
Referências adicionais: