A empresa DBV Technologies conduziu recentemente um estudo clínico animador para as famílias com crianças que têm alergia ao amendoim, Os resultados foram divulgados na revista científica New England Journal of Medicine.
O estudo clínico de fase três se focou em um novo adesivo de imunoterapia epicutânea, ou seja, sobre a pele, projetado especificamente para reduzir a alergia ao amendoim em crianças com idades entre um a três anos.
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A abordagem promissora pode oferecer uma nova esperança para pais e médicos lidarem com essa alergia comum na infância.
Como foi realizado esse estudo?
No estudo, um total de 362 participantes foi recrutado e dividido em dois grupos. Enquanto um dos grupos recebeu doses diárias de 250 microgramas de uma proteína do amendoim, ao outro grupo foi administrado um placebo. Durante um período de 12 meses, os participantes foram monitorados.
Os resultados da análise indicaram que 67% das crianças que utilizaram o adesivo atingiram o objetivo principal do estudo.
Esse objetivo consistia em “dessensibilizar crianças ao amendoim e aumentar a dose de amendoim que desencadeou sintomas alérgicos”. Em outras palavras, ampliar o limite tolerado da substância.
Em contraste, apenas 33,5% do grupo placebo alcançou esse objetivo. Além disso, o grupo que recebeu o adesivo apresentou reações menos severas em comparação ao grupo placebo.
Esperança para pais e cuidadores
Os pais e cuidadores são fundamentais na proteção das crianças, especialmente quando se trata de alergias alimentares.
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No entanto, a constante preocupação com a exposição acidental a alérgenos alimentares, ou seja, substâncias que podem desencadear reações alérgicas ao serem consumidas, pode gerar estresse.
O CEO da Fundação de Alergia e Asma da América, Kenneth Mendez, que também é pai de filhos com alergias alimentares, expressou o seu entusiasmo em relação aos resultados do estudo.
Ele destacou a importância de se ter uma opção de tratamento que proporcione tranquilidade aos cuidadores e às crianças alérgicas. As informações são de O Globo.
Muitos pais e cuidadores enfrentam a necessidade de restringir as atividades diárias de seus filhos alérgicos para evitar possíveis exposições acidentais.
Isso pode impactar negativamente a vida das crianças e suas interações sociais. No entanto, a perspectiva de novas alternativas de tratamento traz alívio e esperança para essas famílias.
Embora o adesivo ainda esteja em fase de pesquisa, ele representa um passo promissor para um futuro onde crianças alérgicas possam desfrutar de liberdade e segurança.
Fontes e referências adicionais
- Good News for Toddlers with Peanut Allergy, New England Journal of Medicine, 2023; 388(19): 1814 – 1815.
- Consenso Brasileiro Sobre Alergia Alimentar: 2007, Rev Bras Alergia Imunopatol, 2008; 31(2): 64 – 89.
- Alergia Alimentar na Infância, Revista Uningá, 2012; 31(1): 85 – 91.
Fontes e referências adicionais
- Good News for Toddlers with Peanut Allergy, New England Journal of Medicine, 2023; 388(19): 1814 – 1815.
- Consenso Brasileiro Sobre Alergia Alimentar: 2007, Rev Bras Alergia Imunopatol, 2008; 31(2): 64 – 89.
- Alergia Alimentar na Infância, Revista Uningá, 2012; 31(1): 85 – 91.