Mancha no útero: 5 principais causas e o que fazer

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Uma mancha no útero pode indicar diversos problemas inflamatórios ou infecciosos que podem afetar este órgão do corpo feminino. Geralmente, este sinal vem acompanhado de sintomas como corrimento vaginal com cor e odor, sangramento fora do período menstrual, dor e ardência ao urinar ou durante a relação sexual. 

A mancha no útero é um problema tratável, devendo, para isso, ter sua causa corretamente identificada. É fundamental identificar se a causa da mancha é uma infecção por bactérias, fungos, vírus ou uma inflamação decorrente de alguma doença ginecológica. 

Veja quais são as principais causas de mancha no útero e o que fazer. 

Infecção pelo vírus HPV

HPV
O sinal mais comum de uma infecção pelo vírus HPV é o aparecimento de verrugas na região genital

O HPV, ou papilomavírus humano, é um tipo de vírus que infecta as mucosas oral, genital ou anal, e a pele. 

O sinal mais comum de uma infecção pelo vírus HPV é o aparecimento de verrugas na região genital e anal, que podem evoluir para um câncer, dependendo do tipo do vírus que infectou a pessoa. 

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Outro sinal possível de uma infecção pelo vírus HPV é a presença de manchas brancas no colo do útero, que não é visível à olho nu. Uma infecção persistente causada por alguns tipos de vírus HPV pode levar ao desenvolvimento de câncer do colo do útero

Esse vírus é transmitido através da relação sexual, no contato entre a pele de uma pessoa não infectada com a pele de uma outra pessoa infectada pelo vírus. A camisinha feminina pode conferir maior proteção, do que o preservativo masculino, pois protege toda a região pubiana e a vulva. 

Nem todas as pessoas que têm contato com o vírus desenvolvem a doença, pois o sistema imunológico possui mecanismos capazes de eliminá-lo. 

Mas, vale ressaltar, que esse vírus é silencioso, então uma pessoa pode ser portadora e nem saber disso. Geralmente, a manifestação das verrugas ocorre após 2 a 8 meses do contágio, mas pode demorar até 20 anos para surgir algum sinal da infecção.

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O que fazer

É fundamental que as mulheres façam o exame preventivo chamado colpocitologia oncótica cervical ou Papanicolau, que permite identificar essas manchas e outros tipos de lesões no colo do útero.

Em alguns casos, essas manchas podem ser precursoras do câncer do colo do útero e, se detectadas de modo precoce, podem prevenir o desenvolvimento do câncer.  

Não existe um tratamento padrão para tratar o HPV, variando de caso para caso, de acordo com a extensão, a quantidade e a localização das lesões. O tratamento é direcionado para a eliminação das lesões, que pode ser feita com laser, eletrocauterização, uso de ácidos e medicações que estimulam o sistema imunológico. 

A medida mais eficaz para prevenir uma infecção pelo HPV é com vacinas, que são distribuídas gratuitamente pelo SUS para meninas entre 9 e 14 anos, e para meninos de 11 a 14 anos. Veja este artigo sobre HPV no homem

As vacinas também estão disponíveis para pessoas que convivem com portadores de doenças sexualmente transmissíveis, como o HIV, transplantadas ou que têm algum tipo de câncer. 

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Cervicite

A cervicite, ou endocervicite, é uma inflamação no colo do útero causada por uma infecção sexualmente transmissível. O colo do útero, ou cérvix, é a porção inferior do útero, que se liga à porção final superior da vagina. 

Há vários tipos de microrganismos que podem causar a cervicite, sendo os mais comuns as bactérias Chlamydia trachomatis, causadora da clamídia, e a Neisseria gonorrhoeae, responsável pela gonorreia. 

No exame ginecológico, podem aparecer manchas brancas no colo do útero, que apresentam-se dispersas e mal definidas. 

Os sintomas que acompanham este sinal são, principalmente, um corrimento vaginal amarelado ou claro, sangramento fora do período menstrual, dor ou sangramento durante as relações sexuais, dor frequente na região pélvica e necessidade de urinar com mais frequência, acompanhada de dor. 

O que fazer

Ao apresentar estes sintomas, é recomendado buscar atendimento de um médico ou médica ginecologista, que deverá fazer o exame ginecológico para verificar a existência de alterações no colo do útero, como a presença de manchas, e solicitar exames complementares, para dar início ao tratamento com o antibiótico mais apropriado ao caso. 

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Veja, com detalhes, como são os tratamentos para inflamação no útero

Colpite

A colpite é uma inflamação que afeta a mucosa que recobre a parede interna da vagina e do colo do útero, devido a uma infecção por bactérias, fungos ou protozoários. 

O principal sintoma da colpite é o corrimento vaginal branco leitoso, acompanhado de manchas avermelhadas no útero. 

A colpite bacteriana é causada, principalmente, pela bactéria Gardnerella sp., que provoca corrimento vaginal malcheiroso e dor durante a relação sexual.

O principal causador da colpite fúngica é o fungo do gênero Candida, que está presente normalmente na vagina, mas que pode se proliferar e causar uma infecção, quando há uma baixa nas defesas naturais da mulher e quando as condições de temperatura, umidade e pH da região vaginal são favoráveis. 

Esse fungo é o responsável pela candidíase.

O protozoário Trichomonas vaginalis é o grande responsável pela colpite causada por protozoários, também conhecida como tricomoníase. Essa infecção causa uma sensação de queimação e ardência ao urinar e, também, aumenta a frequência de micções (ato de urinar). 

O que fazer

A colpite é mais frequente em mulheres que não usam preservativo durantes as relações sexuais. 

É preciso fazer uma consulta com um médico ou médica ginecologista, para identificar o microrganismo causador da infecção, a partir da análise da secreção vaginal, pois um tratamento eficaz depende desta informação. 

Um exame de colposcopia permite a visualização de alterações no útero, como a presença de manchas, que podem ser sugestivas de colpite. A colposcopia é um exame ginecológico que utiliza um equipamento semelhante a um microscópio, o colposcópio, que permite uma visualização ampliada e detalhada do colo do útero, da vagina e da vulva. 

Endometriose

Endometriose
A endometriose refere-se ao crescimento anormal das células que compõem o endométrio

A endometriose refere-se a um distúrbio no funcionamento do organismo, que leva ao crescimento das células que compõem o tecido que reveste o útero internamente, o endométrio, em outros locais do corpo. 

Em outras palavras, as células do útero crescem fora dele, nos ovários ou em outros órgãos da cavidade abdominal. 

Se a doença se manifestar nos ovários, há o risco de formação de um cisto, chamado endometrioma. Este cisto que, geralmente, é grande, pode dificultar uma gravidez. A doença também pode acometer o intestino grosso, a bexiga e o apêndice. 

O crescimento anormal das células endometriais em locais indevidos causa fortes cólicas, especialmente no período menstrual. 

Geralmente, é este o sintoma que leva uma mulher a buscar atendimento médico. Nesta ocasião, também pode ser possível observar algumas manchas avermelhadas no útero, com o exame ginecológico. 

O que fazer

É preciso passar por um processo diagnóstico que consiste em exame ginecológico, laboratorial e de imagem, e confirmação do resultado com um exame de biópsia. Veja mais detalhes sobre os exames para detectar a endometriose

A endometriose tende a regredir naturalmente com a menopausa e a cessação da menstruação, devido à queda hormonal. As mulheres em idade reprodutiva precisam fazer uso de medicações que suspendem a menstruação. 

Caso a mulher não deseje ter filhos, ela pode ser instruída quanto à possibilidade de remover o útero e os ovários.

Ferida no útero (ectopia cervical) 

A ectopia cervical é uma ferida no colo do útero, que pode se desenvolver devido a uma inflamação na região, causada por infecções ou problemas inflamatórios não tratados. 

Por exemplo, a ectopia cervical pode se desenvolver por alterações hormonais ao longo da vida, mudanças no útero durante a gestação, ferimentos após o parto, alergia a componentes de preservativos ou absorventes internos, candidíase de repetição e infecções como HPV, clamídia, gonorreia, sífilis e herpes genital

Nem sempre a ectopia cervical manifesta algum sintoma, sendo apenas identificada no exame ginecológico, no qual podem ser observadas algumas manchas avermelhadas no útero.

Os sintomas, quando presentes, são relativos à causa da ferida, podendo haver corrimento vaginal, ardência ao urinar, sangramento fora do período menstrual e cólica.

O que fazer

O tratamento da ectopia cervical varia de acordo com a causa da ferida no útero, podendo ser realizado com pomadas ginecológicas, comprimidos antibióticos, anti-inflamatórios, antifúngicos, antivirais, hormonais, ou procedimentos mais complexos, como a cauterização da ferida. 

Fontes e referências adicionais

Quais dessas possíveis causas de mancha no útero eram desconhecidas para você? Quais exames ou tratamentos citados você já fez? Conhece mais alguma causa de mancha no útero? Comente abaixo!

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