Cérebro “rejuvenesce” até cinco anos logo após exercícios, aponta pesquisa

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Não é segredo para ninguém que os exercícios são benéficos para a forma física, saúde e bem-estar do ser humano. Estudos sobre o tema continuam a ser conduzidos e uma nova pesquisa apontou as vantagens que as atividades físicas podem trazer ao cérebro. 

Mulher treinando
Estudo analisou possíveis efeitos dos exercícios físicos no cérebro

O trabalho, realizado por médicos da Universidade Penn State, na Pensilvânia, Estados Unidos, e publicado na revista Annals of Behavioral Medicine, indicou que o cérebro de quem havia se exercitado até três horas antes da realização dos testes passou por uma espécie de rejuvenescimento. 

Os cientistas convocaram 204 voluntários que tinham entre 40 e 65 anos, sem histórico de comprometimento cognitivo. Os dados de saúde dos participantes foram analisados por nove dias. 

Esses voluntários entravam em um aplicativo seis vezes por dia, aproximadamente a cada 3,5 horas, e detalhavam todas as atividades físicas feitas desde o último check-in e se a intensidade tinha sido leve, moderada ou vigorosa. 

Na sequência, os participantes eram instruídos a participar de “jogos cerebrais” a cada visita ao aplicativo. Um deles era projetado para avaliar a velocidade do processamento cognitivo. No outro, era exigido seguir uma ordem de tarefas, para analisar a memória de trabalho. 

Os resultados das avaliações mostraram que as pessoas que tinham se exercitado apresentaram respostas condizentes com as de alguém quatro anos mais jovem. Esse “rejuvenescimento” cerebral foi relacionado à prova de velocidade de processamento. 

A memória de trabalho não teve qualquer melhoria relevante nos resultados, no entanto, o tempo de resposta diminuiu, o que reflete a alteração na velocidade de processamento. 

“Ficamos mais lentos à medida que envelhecemos, tanto física quanto cognitivamente. A ideia aqui é que podemos neutralizar isso momentaneamente por meio do exercício”, disse o neurologista Jonathan Hakun, líder da pesquisa.

As melhorias foram observadas independentemente da atividade ser de menor intensidade, como cumprir tarefas domésticas ou passear com o cachorro, ou de maior intensidade, como correr por algumas horas. 

Entretanto, as pessoas que relataram ser ativas com mais frequência tiveram maiores benefícios a curto prazo em comparação aos que praticavam menos atividades em geral. 

Os cientistas ainda não têm certeza quanto à causa da melhora imediata na velocidade de processamento, mas acreditam que ela esteja ligada à maior oferta de sangue e doses de hormônios lançadas pelo corpo após o exercício.

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