A história recente da atriz Claudia Raia surpreendeu a todos quando ela revelou estar grávida aos 55 anos. Enquanto alguns ficaram perplexos, outros se perguntaram sobre os riscos e possibilidades associados à gravidez tardia.
Com os avanços da medicina reprodutiva e o aumento na expectativa de vida, casos como o de Claudia Raia não são tão mais incomuns quanto eram anos atrás. Veja outras famosas que foram mães depois dos 40.
Gravidez na menopausa
É importante compreender que a menopausa marca o fim da fase reprodutiva natural da mulher. Nesse estágio, que geralmente ocorre entre os 45 e 55 anos de idade, a mulher já está há pelo menos um ano sem menstruar.
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A mulher nasce com uma quantidade limitada de óvulos e eles vão sendo liberados gradualmente durante os períodos férteis, processo que vai desde a puberdade até a menopausa. Trata-se de um processo natural e irreversível. Portanto, não é possível engravidar espontaneamente após a menopausa.
No entanto, métodos de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV), tornam possível a gravidez após a menopausa.
Claudia Raia já revelou ter adotado o congelamento de óvulos, o que indica que havia um interesse em passar pelo processo de FIV. Embora ela não tenha confirmado se realizou o procedimento, a sua história chama a atenção para as opções disponíveis.
Riscos da gravidez tardia
Ainda que seja possível ter uma gravidez bem-sucedida em idade avançada, é essencial estar ciente dos riscos envolvidos.
Afinal, complicações podem surgir tanto para a mãe quanto para o bebê. Mulheres que engravidam com mais de 35 anos têm um maior risco de desenvolver problemas como pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e trombose.
A pré-eclâmpsia é uma condição que ocorre durante a gravidez, caracterizada por um aumento repentino da pressão arterial e danos em órgãos como rins e fígado. Além da pressão alta, sintomas como inchaço, dores de cabeça e problemas de visão podem ocorrer. É uma condição séria que requer acompanhamento médico e, em casos graves, pode ser necessário um parto prematuro.
Além disso, à medida que a mulher envelhece, existem mais chances de ocorrerem problemas no desenvolvimento do feto, como má formação, alterações cromossômicas que levam a síndromes genéticas como Down, nascimentos prematuros e restrição de crescimento intrauterino, o que faz o bebê nascer com um tamanho menor do que deveria. O risco de abortamento precoce também é maior.
No entanto, é importante destacar que uma gravidez tardia não está condenada a dar errado. Alguns desses riscos podem ser significativamente reduzidos. Há relatos de gestações bem-sucedidas até mesmo em mulheres com mais de 70 anos. Mas, para isso, é necessário tomar uma série de precauções.
Como diminuir os riscos?
A chave para um resultado positivo está na saúde da mãe. Manter hábitos de vida saudáveis é fundamental para minimizar os impactos.
Além disso, é essencial contar com acompanhamento médico especializado ao longo de todo o processo, desde quando a mulher está apenas planejando engravidar, fazer um pré-natal adequado e exames de prevenção.
Realizar exames pré-concepção e durante o primeiro trimestre da gestação pode fornecer informações valiosas. Por exemplo, é importante analisar se há a necessidade de fazer reposição hormonal e identificar se há sinais de um risco maior de desenvolvimento de pré-eclâmpsia.
Em casos de alto risco, existem medicamentos que atenuam em pelo menos 50% a ocorrência do problema, que é uma das principais causas de morte materna no Brasil.
Adicionalmente, os médicos podem acompanhar o tamanho do colo do útero da gestante e recorrer a remédios ou outros instrumentos para diminuir as chances de que o neném nasça antes da hora. As informações são do VivaBem UOL.