Um estudo publicado em fevereiro sugeriu que intervenções não médicas, como a prática de exercícios, podem estar associadas a uma diminuição na ocorrência da ejaculação precoce.
Em alguns casos, os pesquisadores relataram que essas intervenções foram tão efetivas quanto tratamentos que envolviam o uso de certos medicamentos para ejaculação precoce.
O estudo foi feito por uma equipe de pesquisadores liderada pelo PhD e conselheiro médico Damiano Pizzol. Eles realizaram uma revisão de literatura de 54 estudos já publicados a respeito do tratamento da ejaculação precoce.
O trabalho foi divulgado no periódico acadêmico Trends in Urology and Men’s Health e apontou que estudos anteriores identificaram uma variedade de intervenções não médicas que apresentaram resultados promissores no tratamento da ejaculação precoce.
Essas intervenções incluíam exercícios com o objetivo de tonificar o músculo pubococcígeo, que é importante para a ejaculação.

Os pesquisadores apontaram que fazer uma corrida moderada de pelo menos 30 minutos de duração, cinco dias por semana, assim como fazer ioga pode ser benéfico nesse sentido.
Pizzol defendeu que o exercício físico estimula toda a saúde e diversos segmentos do organismo: endócrino, metabólico, cardíaco, vascular, saúde mental, que estão todos envolvidos na função sexual.
O líder da pesquisa também acredita que o impacto da ioga que o estudo observou salienta a importância do papel da condição mental na saúde sexual.
Limitações do estudo
No entanto, antes de trocar o tratamento contra a ejaculação precoce pela corrida e/ou ioga é importante saber que uma das limitações da pesquisa é que a maioria dos estudos incluídos nela contaram com pequenas amostras de pessoas, de menos de 50 pacientes.
Os pesquisadores alertaram que o potencial da atividade física no controle da ejaculação precoce precisa ser investigado mais a fundo. Eles apontaram ainda que é urgente a necessidade de estudos randomizados controlados de porte maior para orientar os médicos na escolha da melhor opção de tratamento para diferentes grupos de pacientes.
Isso significa que o homem que sofre de ejaculação precoce não deve abandonar um tratamento já prescrito pelo médico e confiar apenas nos exercícios para controlar o problema.
Antes de qualquer coisa, ele precisa consultar um médico de confiança para tirar as suas dúvidas e encontrar a melhor forma de tratar a sua condição, tendo em vista as características do seu caso em particular.
Pizzol, que liderou o estudo, afirmou ao Healthline que o estudo aponta para a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para tratar a ejaculação precoce. Segundo ele, o sexo e a sexualidade são problemas complexos que envolvem componentes anatômicos, sistêmicos, orgânicos, psicológicos e hormonais.
Para o pesquisador, é importante lidar com a ejaculação precoce como um problema multifatorial. Isso nos leva a crer que os exercícios podem fazer parte do tratamento, mas não necessariamente ser a única forma de lidar com a ejaculação precoce. As informações são do Healthline.
Aproveite que ainda está por aqui e saiba mais sobre os benefícios da corrida e os benefícios da ioga.
Fontes e referências adicionais
- Non-pharmacological approaches for treatment of premature ejaculation: a systematic review, Trends in Urology and Men’s Health.
Fontes e referências adicionais
- Non-pharmacological approaches for treatment of premature ejaculation: a systematic review, Trends in Urology and Men’s Health.