Microangiopatia (gliose): o que é, sintomas, causas e tratamento

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Existe uma série de mudanças fisiológicas que ocorrem durante nosso processo de envelhecimento, que podem ou não afetar a qualidade de vida da pessoa, como é o caso da microangiopatia, também conhecida por gliose.

Esta alteração cerebral é vista principalmente em pessoas com mais de 40 anos, e está associada a uma série de fatores de risco, além do próprio envelhecimento.

Então, neste artigo vamos conhecer melhor a microangiopatia, seus sintomas, causas e tratamentos, além de descobrir se é possível ou não prevenir o problema.

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O que é a microangiopatia?

Microangiopatia
Microangiopatia / Reprodução: via Wikipedia

A microangiopatia cerebral, ou gliose, é um problema que atinge vasos sanguíneos do cérebro, mais especificamente, os vasos mais finos.

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Quando isso ocorre, é possível visualizar esses pequenos danos em exames de imagem, e eles podem ou não estar associados a sintomas. 

Ou seja, existem pessoas que podem ter microangiopatia, mas não apresentar nenhum problema relacionado a isso.

Mas, em outros casos, a pessoa pode apresentar diversos sintomas, que podem variar de acordo com a área do cérebro afetada, com a gravidade do problema ou outras características individuais.

Causas da microangiopatia

Embora não seja possível identificar a causa exata da microangiopatia, os especialistas já determinaram que o problema costuma se desenvolver a partir de um conjunto de fatores de risco.

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Esses fatores, de forma geral, levam a pequenos danos e inflamações nos vasos sanguíneos e, com o passar do tempo, podem causar a microangiopatia.

Os fatores de risco mais comuns são:

  • Idade, já que o problema tende a ser mais comum em idosos
  • Diabetes, principalmente quando os níveis de açúcar no sangue não são controlados adequadamente
  • Tabagismo, uma vez que fumar causa danos aos vasos sanguíneos
  • Dislipidemia, ou o distúrbio do colesterol e triglicerídeos, que também leva, com o tempo, a danos nos vasos sanguíneos
  • Hipertensão e outras doenças cardiovasculares
  • Obesidade, principalmente quando ela está associada a outros distúrbios de saúde
  • Insuficiência renal, mesmo que de grau leve

Principais sintomas da microangiopatia

Os sintomas da microangiopatia cerebral podem variar bastante, com algumas pessoas sendo totalmente assintomáticas.

Mas, quando os sintomas aparecem, normalmente incluem:

  • Alterações de marcha, ou seja, dificuldades para caminhar
  • Problemas de equilíbrio
  • Alterações urinárias, seja a retenção ou a incontinência urinária
  • Depressão e outras mudanças de humor
  • Problemas cognitivos
  • Perda de memória
  • Dores de cabeça
  • Tremores

Além disso, muitas vezes os sintomas podem piorar com o tempo, uma vez que esses danos vasculares podem aumentar e atingir outras áreas do cérebro.

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Diagnóstico da microangiopatia (gliose)

O diagnóstico da microangiopatia cerebral é feito a partir de um exame de imagem, como a ressonância magnética, que irá mostrar as áreas do cérebro afetadas pelo problema.

Além disso, o médico pode solicitar outros testes, para avaliar a presença dos fatores que podem estar causando, ou mesmo vir a piorar o problema. Alguns exemplos são:

  • Glicemia em jejum e hemoglobina glicada, para avaliar a presença de diabetes e a efetividade do tratamento
  • Dosagem de colesterol e triglicerídeos
  • Testes de função renal
  • Exames de coagulação sanguínea
  • Eletrocardiograma e outros exames cardiológicos

Assim, a partir dos resultados desses exames, o médico pode definir o melhor tratamento para o seu caso, com o objetivo de tratar, quando possível, o problema causador da microangiopatia e prevenir a evolução do problema.

Diagnóstico
O diagnóstico é feito através de um exame de imagem como a ressonância magnética

Tratamentos para a microangiopatia

Sendo um problema que ocorre frequentemente por conta do envelhecimento, os casos assintomáticos de microangiopatia cerebral normalmente não necessitam de tratamento.

Mas isso não significa que as possíveis causas do problema não devam ser investigadas e tratadas. 

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Assim, caso a pessoa receba o diagnóstico de microangiopatia sofra de alguma outra doença crônica, como hipertensão ou diabetes, esses problemas devem ser acompanhados e tratados.

De forma semelhante, é recomendável parar de fumar e realizar algumas mudanças de estilo de vida, para assim evitar o agravamento da microangiopatia.

No entanto, quando a microangiopatia cerebral já causa sintomas, ou seja, em casos moderados ou severos, é importante procurar a orientação de um neurologista, que pode orientar quanto à realização dos tratamentos mais adequados. Eles podem incluir:

  • Fisioterapia
  • Terapia ocupacional
  • Uso de medicamentos, a depender do quadro apresentado
  • Psicoterapia

Veja também: Diabetes descompensada – O que é, sintomas, tratamento e complicações

É possível prevenir?

Muitos dos fatores associados ao desenvolvimento da microangiopatia podem ser tratados no decorrer da vida. Alguns deles, como o tabagismo, podem ser completamente evitados.

Assim, existem algumas recomendações que podem contribuir para a prevenção desses danos aos vasos sanguíneos. São elas:

  • Manter a pressão controlada, seja pelo uso de medicamentos ou por mudanças de estilo de vida
  • Tratar problemas de saúde pré-existentes de forma adequada, como a hipertensão e a diabetes
  • Evitar o uso do cigarro
  • Manter os níveis de colesterol e triglicerídeos sob controle
  • Manter um peso adequado, de preferência com a adoção de uma dieta balanceada e realização de exercícios físicos

No entanto, o principal fator ligado à microangiopatia, ou gliose, é o envelhecimento. Ou seja, é um processo que é esperado com o passar dos anos.

Mas, ao se evitar os outros fatores de risco, é possível diminuir a chance de aparecimento dos sintomas da microangiopatia.

Fontes e referências adicionais

Já tinha ouvido falar da microangiopatia? Conhece alguém com este problema de saúde? Comente abaixo!

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Sobre Marcela Gottschald

Marcela Gottschald é Farmacêutica Clinica - CRF-BA 8022. Graduada em farmácia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) em 2013. Residência em Saúde mental pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Experiência em pediatria e nefrologia, com ênfase em unidade de terapia intensiva. Ela faz parte da equipe de redatores do MundoBoaForma.

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