Em meio a um tratamento de saúde um de seus filhos, Elizabeth Parrish, 52 anos, afirmou a descoberta de que tem, na verdade, a idade biológica de 25 anos.
A descoberta teria sido feita em 2015, quando um de seus herdeiros, de nove anos, foi inesperadamente diagnosticado com diabetes, sem antecedentes familiares ou doenças intermediárias que prenunciassem a doença.
Ela se dedicou a tentar entender os motivos do surgimento do problema de saúde do filho, portanto, assistiu inúmeras conferências pelo mundo e iniciou estudos.
A empresária, então, entendeu que precisava de fundos para iniciar uma pesquisa mais aprofundada a fim de encontrar a solução para situações genéticas repentinas e fundou uma empresa com esse objetivo.
Após uma série de descobertas, Parrish mostrou que um tratamento específico realizado em ratos os transformava em uma versão mais jovem e melhorada de si mesmos em questão de horas.
Elizabeth congelou o conteúdo dos frascos em gelo seco e partiu para Bogotá, na Colômbia, para se submeter a um tratamento semelhante ao dado aos ratos.
O procedimento em questão era contra as regulamentações de seu país, por isso precisou ir ao exterior. À família, ela disse que se tratava de uma viagem de negócios.
Com o auxílio de um médico, uma enfermeira e dois assistentes, ela iniciou o protocolo que envolveu mais de 100 aplicações em seus braços, coxas, glúteos e rosto. Como cada injeção exigia uma aplicação lenta, o tratamento prolongou-se até depois da meia-noite. A última aplicação foi na omoplata.
Por fim, Elizabeth sentiu fome e ainda tinha suas dúvidas se todo o trabalho valeria a pena. No entanto, a empresária seguiu esperançosa em combater o que sua empresa chamou de doença do envelhecimento, além de retardar a demência, por exemplo.
“Ao longo de anos de esforço, centenas de especialistas no mundo dedicados a essa disciplina e milhões de dólares aplicados na pesquisa para prevenir o declínio cognitivo com a idade, o mundo viu pouco progresso. Começamos a demonstrar que há um caminho viável e com resultados científicos concretos”, afirmou Parrish.
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Na volta para casa, Elizabeth não contou nada à família e passou duas semanas vagando pelo mundo, para que o procedimento ocorresse sem contratempos. “A longevidade é, por um lado, a expectativa de vida ou quanto tempo se vive, por outro, quanto tempo você vive com saúde”, refletiu.
No 14º dia, ela decidiu que já era o momento de lançar um comunicado formal: “A BioViva (empresa de Parrish) tratou o primeiro paciente com terapia genética para reverter o envelhecimento. O sujeito está bem e retomou suas atividades habituais”.
Um ano depois, veio um novo anúncio: “O experimento atrasou o relógio biológico da paciente zero em 20 anos”.
“Graças aos tratamentos de terapia gênica, hoje tenho uma idade biológica de 25 anos. Quando fiz meu tratamento, tinha 44, mas a análise do meu DNA indicava 65”, concluiu Elizabeth.
Os marcadores de análise pública são promissores, mas não conclusivos, já que se baseiam nos resultados de uma única pessoa, além de não terem sido publicados seguindo as etapas científicas, sob um mecanismo de estudo revisado por pares.
Como funciona a injeção rejuvenescedora?
Ao jornal O Globo, Parrish deu mais detalhes a respeito de como a injeção rejuvenescedora criada por sua empresa funciona.
“A terapia genética nos permite adicionar genes às células, o que as ajuda a se comportarem de maneira mais jovem. Como o envelhecimento é um transtorno complexo, não podemos esperar que um único gene cure a condição”, explicou.
“A biotecnologia, por sua vez, está trabalhando em projetos para fornecer múltiplos genes com uma única dose. Esperamos viver em um mundo onde todos possam pagar por essas terapias, que só precisam ser administradas uma vez a cada cinco a 10 anos”, acrescentou.