Musculação pode prevenir sintomas de Alzheimer, diz estudo

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A prática regular de atividades físicas tem sido amplamente recomendada pelos médicos como forma de promover uma vida longa e saudável. Um estudo brasileiro sugeriu mais um motivo para isso.

Um trabalho de pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade de São Paulo (USP) apontou que exercícios resistidos, como a musculação, podem ajudar a prevenir e retardar o aparecimento de sintomas do Alzheimer. Conheça também as 10 causas do Alzheimer e principais fatores de risco

Os exercícios resistidos são aqueles em que você faz contrações musculares específicas contra uma resistência externa. A pesquisa foi publicada na terça-feira (06/06) na revista Frontiers in Neuroscience e financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Diferentemente da maioria dos estudos anteriores sobre as atividades físicas e o Alzheimer, que se concentraram em exercícios aeróbicos intensos, como a corrida, os cientistas brasileiros decidiram explorar os efeitos dos exercícios de resistência, como a musculação.

Além de ajudarem a aumentar a massa muscular, a força e a densidade óssea, esses exercícios também têm efeitos positivos na composição corporal geral e nas habilidades funcionais. Conheça também os benefícios da musculação para a boa forma e saúde

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Os pesquisadores observaram que a prática de corrida poderia ser muito difícil para os idosos, o que os levou a procurar uma alternativa mais acessível.

Como foi realizado esse estudo? 

Para estudar os efeitos desses exercícios na proteção dos neurônios contra danos resultantes de enfermidades que afetam o sistema nervoso central (SNC), os pesquisadores utilizaram camundongos geneticamente modificados.

Esses camundongos apresentavam uma mutação responsável pelo acúmulo de placas beta-amiloide no cérebro, aglomerados anormais de proteínas que se agrupam no SNC e prejudicam as sinapses, levando a danos nos neurônios. O acúmulo dessas placas no cérebro é considerado um marcador da doença de Alzheimer.

Com uma carga acoplada às suas caudas, os camundongos foram treinados para subir uma escada de 110 cm de altura, com inclinação de 80º e degraus separados por 2 cm de distância. Para simular o que pode ser feito na academia, o peso usado sofreu um aumento progressivo: de 75%, 90% e 100% do peso deles.

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Resultados do estudo

Homem treinando
Estudo sugeriu mais um motivo para dar atenção aos exercícios de resistência

Os bichinhos passaram por coletas de amostras de sangue para medir os seus níveis de corticosterona, que corresponde ao cortisol em seres humanos. Altos níveis desses hormônios estão associados ao estresse e a um alto risco de desenvolvimento do Alzheimer.

Os resultados indicaram que os camundongos treinados apresentaram níveis normalizados do hormônio corticosterona, igualando-se aos animais saudáveis, ou seja, que não possuíam a mutação.

Além disso, quando analisaram mais detalhadamente os cérebros dos animais, os pesquisadores observaram que houve uma redução na formação das placas beta-amiloide.

Para a Agência Fapesp, o coautor do estudo Henrique Correia Campos relacionou a atividade física com a possibilidade de reversão de alterações neuropatológicas que causam os sintomas clínicos da doença (Alzheimer). As informações são do Metrópoles.

Embora os sintomas do Alzheimer sejam mais frequentes em pessoas com mais de 70 anos, é importante saber que eles podem começar a se manifestar em idades mais jovens, por volta dos 30 anos, quando chamamos de Alzheimer precoce. Veja também se é possível identificar os sintomas da demência antes do diagnóstico

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É importante lembrar que não existe cura para o Alzheimer e que precisamos aguardar os resultados de estudos em humanos, uma vez que a pesquisa foi conduza em camundongos. Atualmente, o tratamento do Alzheimer envolve o uso de medicamentos para aliviar os sintomas, além da realização de fisioterapia e estimulação cognitiva.

A importância da realização da atividade física 

É relevante destacar que a prática regular de atividades físicas, independentemente do tipo escolhido, é fundamental para a promoção do bem-estar geral e a prevenção de diversas doenças crônicas.

O exercício físico está associado a melhorias na saúde cardiovascular, controle do peso, fortalecimento dos ossos e músculos, além de contribuir com a saúde mental e cognitiva.

No entanto, também é fundamental lembrar que cada pessoa é única e pode ter limitações ou necessidades específicas. 

Antes de começar qualquer programa de exercícios, especialmente se você tiver alguma condição médica, é essencial consultar um profissional de saúde qualificado, como médicos, fisioterapeutas ou educadores físicos, para receber orientações personalizadas e seguras.

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O que você achou desse estudo realizado por pesquisadores brasileiros? Você considera mudar a sua rotina de treino após ler sobre a nova pesquisa? Quais exercícios de musculação despertam mais a sua atenção? Comente abaixo! 

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