As frutas são parte fundamental de uma alimentação saudável para o organismo. Agora, um novo estudo sugeriu que as frutas consumidas diariamente também podem exercer um papel positivo em relação ao Alzheimer.
A pesquisa foi publicada na revista especializada Alzheimer’s & Dementia e apontou que frutas ricas em urolitina-A podem ajudar o organismo a remover células danificadas, evitando o acúmulo de proteínas tóxicas antes relacionadas ao declínio cognitivo.
Algumas das frutas ricas em urolitina-A são: o morango, a amora, a romã e a framboesa. Além disso, algumas oleaginosas, como nozes e castanhas, também contêm a substância.
Os cientistas por trás do estudo chegaram à conclusão que a urolitina-A atua como uma espécie de fiscal de limpeza do cérebro, mandando sinais ao organismo acerca de onde estão os depósitos de proteínas que precisam ser descartados.
“Muitos pacientes com doenças neurodegenerativas têm dificuldade em remover mitocôndrias danificadas do cérebro, que se acumulam e afetam a função cerebral. Se você conseguir estimular o processo de mitofagia, removendo as mitocôndrias fracas, verá resultados muito positivos”, explicou bioquímico Wilhelm Bohr, da Universidade de Copenhague, um dos principais autores da pesquisa.
Os testes foram realizados em ratos que tinham sido induzidos aos sintomas do Alzheimer. Após serem alimentados com suplementos da substância, os animais apresentaram melhora no desempenho em testes de aprendizagem, memória e olfato.
Os pesquisadores acreditam que, apesar da pesquisa ter sido realizada em camundongos, os mesmos efeitos possam ser alcançados em humanos. Entretanto, isso não significa que basta comer as frutas ou os outros alimentos citados para se prevenir contra o Alzheimer ou tratar a doença.
A pessoa que já foi diagnosticada com a condição precisa contar com acompanhamento médico especializado e seguir todo o tratamento que for indicado pela equipe médica. Veja também: 10 causas do Alzheimer e fatores de risco.
“Ainda não podemos dizer nada conclusivo sobre a dosagem. Mas imagino que seja mais do que uma romã por dia para um adulto. Porém, a substância já está disponível em forma de comprimido e atualmente estamos tentando encontrar a dosagem certa”, destacou Bohr, por fim.
O Alzheimer é uma doença progressiva que destrói a memória e outras funções mentais importantes. Isso acontece porque as células cerebrais se degeneram e morrem, causando perda de memória e confusão.
- Veja também: Sintomas de Alzheimer precoce, uma versão da doença que pode surgir a partir dos 30 anos
O problema de saúde não tem cura, mas alguns medicamentos e hábitos de controle podem amenizar os sintomas temporariamente. O diagnóstico é feito mediante consultas médicas, com diversos métodos de investigação, como exames de sangue, testes de estado mental e imagiologia cerebral.