Novo robô cirúrgico é usado pela primeira vez no Brasil

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Os óculos 3D não são um acessório exclusivo de quem assiste a um filme no cinema. Eles também podem ser um equipamento usado por uma equipe de cirurgiões. Mas, diferente de quem vai ao cinema, os profissionais de saúde acompanham em um painel imagens feitas por uma câmera minúscula, que está dentro do corpo do paciente.

Cada órgão captado pela câmera aparece ampliado de dez a 15 vezes na tela, em uma transmissão ao vivo que acontece em tempo real.

O urologista Arie Carneiro conduziu a cirurgia, movendo dois controles para comandar os movimentos de um robô-cirurgião, que possui braços que substituem as mãos do médico dentro do paciente.

A cena ocorreu no Hospital Albert Einstein (SP) na quarta-feira, dia 04/05, durante uma remoção de próstata, ocasião em que um novo tipo de robô cirúrgico foi utilizado pela primeira vez no Brasil. A equipe do VivaBem UOL acompanhou o procedimento de perto. Aproveite para saber mais sobre a cirurgia de próstata.

De acordo com o hospital, mais de 11 mil cirurgias com o auxílio de robôs já foram realizadas pela instituição, incluindo a primeira do país, no ano de 2008. 

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Robô cirúrgico
Cirurgias com o auxílio de robôs já são uma realidade

Uma das diferenças dessa cirurgia mais recente foi que não apenas o médico responsável por liderar a operação, mas também os outros que estavam ao seu redor, puderam acompanhar em 3D as imagens capturadas por um dos braços do robô.

O design aberto do consolo é outra das novidades do robô recém chegado ao Brasil, que recebeu o nome de Hugo.

Além das mãos de Carneiro manipularem os controles, os seus pés tocavam cuidadosamente seis pedais, normalmente quando era necessário fazer alguma dissecção, ou seja, separar as partes de um órgão.

A vice-presidente de pesquisa clínica e inovação cirúrgica da Medtronic, multinacional que desenvolveu o aparelho, Carla Perón, afirmou que com esse robô, o cirurgião não é obrigado a ficar com a cabeça imersa dentro do console.

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Segundo ela, o médico pode se comunicar com a equipe que está com o paciente e utilizar o recurso para ensinar outros cirurgiões que estejam observando o caso cirúrgico. Perón disse ainda que eles acreditam que isso vai facilitar o treinamento e o acesso à tecnologia.

Para o presidente do Einstein, Sidney Klajner, o novo robô permite uma cirurgia mais democrática, pois todos que colocam os óculos 3D, acompanham a cirurgia em 3D. Segundo ele, nos outros modelos, só o cirurgião que está no console vê em 3D, enquanto o restante da equipe visualiza as imagens 2D em um monitor.

O presidente do hospital é cirurgião do aparelho digestivo e não participou da operação porque, por enquanto, o novo robô só está liberado para procedimentos nas áreas de urologia e ginecologia no país.

Como funciona a cirurgia com o Hugo?

A cirurgia com o robô Hugo é considerada minimamente invasiva: o paciente fica sedado na mesa de cirurgia, sob os cuidados do anestesista e dos enfermeiros. Eles insuflam o abdômen do paciente com gás carbônico e fazem pequenos buraquinhos, de 5 mm a 12 mm. Esses buraquinhos serão os caminhos de entrada para os quatro braços do robô.

A câmera que leva as imagens ao console do cirurgião fica em um dos braços. Os outros braços colocam a mão na massa: eles são conduzidos pelo cirurgião, porém os seus movimentos são muito mais precisos do que a mão humana.

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Entretanto, nem todos os braços do robô precisam ser usados ao mesmo tempo. Hugo é considerado o primeiro robô com plataforma modular, o que significa que os seus braços não têm que ser usados de maneira conjunta.

O cirurgião tem a opção de escolher quantos braços vai usar conforme a complexidade do procedimento. Quando não há a necessidade de usar os quatro braços, Hugo pode ser dividido em dois e usado em cirurgias diferentes.

O equipamento conta com uma plataforma de captura de vídeos, o que permite ao cirurgião fazer um upload das imagens e receber uma análise da cirurgia através de inteligência artificial, incluindo dados como tempo de cirurgia, instrumentos usados e as fases do procedimento. 

O primeiro paciente operado pelo robô Hugo no Brasil teve alta no dia seguinte ao procedimento. As informações são do VivaBem UOL.

Você ou alguém que você conhece já passou por uma cirurgia feita com o auxílio de robô? Comente abaixo!

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