Pesquisa sugere que o Ozempic pode reduzir a necessidade de insulina na diabetes tipo 1

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Embora o Ozempic seja mais conhecido pelo seu uso “off label” na perda de peso, este medicamento foi originalmente desenvolvido para tratar pacientes com diabetes.

Em uma pesquisa publicada recentemente no New England Journal of Medicine, datada de quinta-feira, 7 de setembro, especialistas desvendaram resultados promissores que sugerem que o Ozempic pode ser ainda mais eficaz no controle da diabetes tipo 1 do que se pensava anteriormente.

O autor principal do estudo, o médico e professor Paresh Dandona, da Universidade de Buffalo, Estados Unidos, compartilha sua empolgante perspectiva, enfatizando que se essas descobertas forem corroboradas por estudos abrangentes realizados ao longo de um período mais extenso, poderíamos estar diante da mudança mais impactante no tratamento da diabetes tipo 1 desde a descoberta da insulina, em 1921.

A pesquisa conduzida envolveu 10 pacientes recentemente diagnosticados com diabetes tipo 1, uma forma da doença na qual o corpo não produz insulina desde o nascimento, exigindo uma suplementação para regular o nível de açúcar no sangue.

Todos os participantes, com idades entre 21 e 39 anos, apresentavam sintomas da doença e receberam uma dose semanal de 0,5 mg de semaglutida, uma quantidade intermediária do Ozempic. Além disso, seguiram uma dieta com controle rigoroso da ingestão de açúcar e receberam suplementação de insulina.

Ozempic pode reduzir a necessidade de insulina na diabetes tipo 1
Estudo indica que o Ozempic pode diminuir uso de insulina na diabetes tipo 1

Controle da diabetes com o uso do Ozempic

Em apenas três meses, todos os pacientes conseguiram interromper o uso da insulina prandial, que controla os picos de açúcar no organismo. Surpreendentemente, após seis meses, sete dos participantes não precisaram mais da insulina basal, que é administrada para manter a glicemia sob controle.

No entanto, vale ressaltar que os cientistas enfatizam a necessidade de estudos mais amplos para validar esses resultados promissores. O Dr. Dandona enfatiza que, embora essas descobertas possam representar um avanço notável, o tratamento com Ozempic não pode ser considerado uma cura definitiva para a diabetes tipo 1, uma vez que a condição permaneceu controlada apenas durante o uso contínuo do medicamento.

Mulher aplicando Ozempic
Ozempic é promissor, mas não é uma cura definitiva para a diabetes tipo 1, pois requer uso contínuo

Ele explica que esta descoberta nos permite especular que a semaglutida, que atua estimulando a secreção de insulina das células beta do pâncreas, poderia potencialmente substituir a administração de insulina durante as refeições, incentivando o corpo a utilizar suas próprias reservas inativas.

Essa pesquisa, embora necessite de mais investigação, oferece esperança e abre portas para possíveis avanços no tratamento da diabetes tipo 1, trazendo uma perspectiva positiva para a nossa busca constante pela saúde e bem-estar. 

O que você achou desse estudo sobre o Ozempic evitar a necessidade de insulina na diabetes tipo 1? Você sabia que o uso do Ozempic para emagrecer era “off-label”? Você acha que essa pesquisa oferece esperança para os pacientes que sofrem com diabetes? Comente abaixo!

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Sobre Valdir Campos

Valdir de Campos Júnior é estudante de jornalismo, e combina sua paixão pela escrita com um forte interesse pelo universo da saúde e boa forma. Valdir é motivado pela curiosidade e pelo desejo de adquirir conhecimento, visando inspirar e informar as pessoas sobre um estilo de vida saudável.

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