Sedentarismo infantil pode causar problemas no fígado na idade adulta, diz pesquisa

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Crianças que ficam sem realizar atividades por mais de seis horas por dia têm maior risco de desenvolver doença hepática gordurosa grave e cirrose na idade jovem adulta, apontou um estudo.

O sedentarismo na infância pode trazer efeitos ao longo da vida

A pesquisa foi publicada recentemente na NPJ Gut and Liver, da Nature. Foram acompanhadas 2.684 crianças, dos 11 aos 24 anos, no Reino Unido.

Os participantes tiveram seus movimentos monitorados por um acelerômetro na cintura, a partir de informações do Estudo Longitudinal de Avon de Pais e Filhos (ALSPAC), ou Filhos dos Anos 90.

Aos 17 e 24 anos, foram feitas ultrassonografias hepáticas e exames de sangue a fim de avaliar a presença de doença hepática gordurosa e cicatrização hepática.

“Descobrimos que essa relação entre sedentariedade e os danos ao fígado é provavelmente causal”, disse Andrew Agbaje, principal autor da pesquisa e professor da Universidade da Finlândia Oriental em Kuopio.

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As crianças que participaram do estudo passavam, em média, seis horas por dia em atividades sedentárias, como mexer em celulares. Esse tempo aumentou para nove horas diárias quando chegaram à idade jovem adulta.

Na infância, seis horas diárias eram dedicadas a atividades físicas leves. Isso neutralizava os efeitos negativos do mesmo tempo regular de sedentarismo.

Cada meia hora adicional de sedentarismo acima de seis horas diárias aumentou em 15% as chances de desenvolver o problema de saúde antes dos 25 anos. No entanto, quem praticou atividades físicas leves por pelo menos três horas diárias reduziu o risco de doença hepática gordurosa grave em 33%.

É aconselhável incentivar a prática de exercícios desde a infância

“O público em geral deve estar ciente desse perigo da sedentariedade para a saúde de crianças, adolescentes e adultos jovens. Doença hepática gordurosa avançada e cirrose hepática, que é uma cicatrização e endurecimento severos do fígado, poderiam aumentar o risco de câncer de fígado no futuro ou exigir um transplante de fígado”, explicou Agbaje.

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Houve uma prevalência da doença hepática gordurosa associada ao metabolismo de 2,5% aos 17 anos, que aumentou para 20% aos 24 anos. O professor considerou a descoberta surpreendente, já que o risco cresceu oito vezes em apenas sete anos e uma incidência de 20% geralmente não ocorre até meados dos 40 anos.

Metade dos jovens de 24 anos tinha a doença grave e um a cada 40 jovens adultos demonstravam sinais de cicatrização hepática. “Acreditamos que essa alteração no tempo sedentário versus tempo para atividade física de intensidade leve prepara o cenário para o início e a progressão da doença”, concluiu o professor.

A doença hepática gordurosa caracteriza-se pelo acúmulo prejudicial de gordura no fígado. O problema pode surgir devido a várias causas, como consumo excessivo de álcool, obesidade e diabetes tipo 2. No entanto, o problema de saúde também pode vir sem um motivo específico, como com a esteatose hepática não alcoólica.

A condição pode variar de níveis leve a grave e caso não seja tratada, pode causar danos ao fígado, como inflamação, cicatrização e, em casos extremos, cirrose.

Você foi uma criança sedentária? Sentiu os efeitos na saúde depois de uma certa idade? Comente abaixo!

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