Amamentação reduz risco de obesidade aos 9 anos, segundo pesquisa

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Um estudo recentemente divulgado na Reunião Anual da Associação Europeia para o Estudo da Diabetes (EASD), em Hamburgo, desvendou uma intrigante relação entre determinadas práticas de alimentação na infância e a quantidade de gordura corporal acumulada durante essa fase crucial do desenvolvimento.

Dentre as principais descobertas, ressalta-se a influência do leite materno na composição corporal das crianças. Aqueles que foram amamentados por um período de seis meses ou mais apresentaram uma porcentagem de gordura corporal inferior, por volta dos nove anos, em comparação àqueles que tiveram uma exposição reduzida ou inexistente ao leite materno.

Mãe gentilmente amamentando seu filho
Amamentação diminui obesidade aos 9 anos

Além disso, o estudo enfatizou que o consumo de bebidas gaseificadas e adoçadas antes dos 18 meses de idade pode contribuir para uma maior porcentagem de gordura corporal mais tarde na infância. A pesquisa respalda a ideia de que as escolhas nutricionais iniciais desempenham um papel significativo na predisposição da criança à obesidade ao longo da vida.

Mulher amamentando seu filho
Especialistas recomendam amamentar e evitar bebidas gaseificadas na infância

A investigação, liderada pela pesquisadora Catherine Cohen, da Universidade do Colorado, nos EUA, visou ir além das métricas tradicionais, como o Índice de Massa Corporal (IMC), buscando uma avaliação mais precisa da gordura corporal na infância.

Um olhar mais aprofundado sobre os participantes da pesquisa

O estudo avaliou mais de 700 pares de mães e filhos inseridos no programa Healthy Start 1. Este programa concentra-se na análise de como o ambiente e os hábitos das mães durante a gestação podem impactar o crescimento e desenvolvimento de seus descendentes. As entrevistas com as mães ocorreram quando seus bebês tinham entre 6 e 18 meses de idade, buscando informações sobre amamentação, uso de fórmulas e introdução de novos alimentos e bebidas à dieta.

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A análise mostrou que, aos cinco anos de idade, a gordura corporal média era de 19,7%, mas essa taxa caiu para 18,1% aos nove anos. Foi identificado que os padrões de alimentação durante a infância não influenciaram diretamente o percentual de gordura aos cinco anos, no entanto, a menor duração da amamentação e a introdução precoce de bebidas gaseificadas apontaram um aumento no acúmulo de gordura corporal em avaliações subsequentes.

Entendendo os fatores de risco

Embora a pesquisa não tenha entregue um veredicto definitivo, estudos anteriores indicam que a diferença na composição nutricional do leite materno em relação às fórmulas infantis, assim como o impacto do leite materno no microbioma da criança, podem ser fatores cruciais. Adicionalmente, a pesquisa destacou que crianças que consumiram bebidas adoçadas e gaseificadas antes dos 18 meses tinham, em média, 7,8% a mais de gordura corporal aos nove anos.

Os especialistas por trás desta pesquisa enfatizam a relevância da amamentação para a saúde infantil e a prudência em adiar a introdução de bebidas gaseificadas durante a infância. Enquanto novos estudos são esperados para consolidar estas descobertas em diferentes populações, é fundamental reconhecer a influência que as escolhas alimentares precoces podem ter no futuro bem-estar de nossas crianças.

O que você achou deste estudo alemão? Sabia que a amamentação poderia influenciar na gordura corporal futura? Sabia que bebês expostos a bebidas gaseificadas antes dos 18 meses poderiam apresentar maior porcentagem de gordura corporal mais tarde na infância? Comente abaixo!

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Sobre Valdir Campos

Valdir de Campos Júnior é estudante de jornalismo, e combina sua paixão pela escrita com um forte interesse pelo universo da saúde e boa forma. Valdir é motivado pela curiosidade e pelo desejo de adquirir conhecimento, visando inspirar e informar as pessoas sobre um estilo de vida saudável.

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