Albendazol: para que é indicado, como tomar e contraindicações

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Albendazol faz parte do grupo dos anti-helmínticos (remédios que tratam vermes multicelulares chamados helmintos) e antiparasitários benzimidazólicos.

Assim, o albendazol é um medicamento indicado para tratar uma série de condições provocadas por vermes ou parasitas.

Ele pode ser encontrado nas farmácias na forma de comprimidos orais ou em suspensão oral, a qual é mais indicada para crianças e adolescentes. 

A sua venda é sob prescrição médica e é preciso apresentar a receita branca comum na hora de comprar o remédio. Portanto, é essencial seguir o tratamento com albendazol segundo a orientação do seu médico, de acordo com o horário, a dose recomendada e demais instruções que ele passar.

Albendazol: para que serve?

Parasitas
Infecções parasitárias são as principais indicações do Albendazol

Como dito, este fármaco é indicado para tratar doenças causadas por vermes ou parasitas. 

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Ele tem a capacidade de eliminar vermes e parasitas do corpo, matando-os, e é considerado eficaz no tratamento de infecções provocadas por:

  • Ascaris lumbricoides
  • Enterobius vermicularis
  • Necator americanus
  • Ancylostoma duodenale
  • Trichuris trichiura
  • Strongyloides stercoralis
  • Taenia spp. e Hymenolepis nana 
  • De opistorquíase (Opisthorchis viverrini) e larva migrans cutânea
  • De giardíase (Giardia lamblia, G. duodenalis, G. intestinalis) em crianças 

Saiba quais são os 12 sintomas de vermes – Tipos e como tratar.

Como tomar?

Este remédio pode ser utilizado na sua forma de comprimido ou por suspensão oral. Albendazol pode ser tomado durante ou após as refeições ou de estômago vazio.

O tempo de tratamento pode variar entre uma dose única ou doses diárias por vários dias, dependendo da infecção com a qual o paciente foi diagnosticado. A dose também varia conforme a resposta ao tratamento. 

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Quem não conseguir engolir o comprimido inteiro com água de uma só vez, pode mastigá-lo com um pouco de água ou triturá-lo. 

No entanto, é importante se atentar para tomar a dose completa que lhe foi recomendada. É aconselhável tomar as doses diárias em um único horário, para que não se esqueça e não pule nenhuma dose. 

Em caso de perder o horário da medicação, a orientação é tomá-la assim que lembrar e manter o horário normal da próxima dose. Mas, se já estiver perto da hora da próxima dose, próxima dose, o paciente deve pular a dose esquecida e continuar usando o medicamento nos horários normais.. Não se deve ingerir dois comprimidos de uma só vez para repor a dose perdida.

É fundamental seguir o tratamento conforme a orientação do médico para cada caso. O tratamento não deve ser interrompido sem a consulta ao médico, pois parar a medicação antes do tempo recomendado, pode resultar no retorno da infecção.

O médico pode recomendar o uso de corticosteroides associados ao tratamento para reduzir inflamações e complicações, assim, melhorando o desfecho do tratamento. 

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Efeitos colaterais

Agora que já sabemos para que serve albendazol e como tomar o remédio, é importante conhecer quais efeitos colaterais ele pode causar:

  • Reações incomuns (ocorrem de 0,1% a 1% dos pacientes): dor epigástrica ou abdominal, dor de cabeça, vertigem, enjôo, vômito ou diarreia
  • Reações raras (ocorrem de 0,01% a 0,1% dos pacientes): alergias e elevações dos níveis de algumas enzimas do fígado
  • Reações muito raras (ocorrem em menos de 0,01% dos pacientes): vermelhidão da pele, uma doença conhecida como síndrome de Stevens-Johnson, caracterizada por vermelhidão intensa, descamação da pele e lesões, com possibilidade de sintomas sistêmicos (que abrangem todo o organismo) graves

Além disso, alguns efeitos colaterais graves podem aparecer em casos raros. É preciso procurar imediatamente um médico ao perceber reações indesejáveis durante o período de medicação, especialmente se surgirem os seguintes sintomas:

  • Confusão
  • Dor de cabeça intensa
  • Febre e calafrios
  • Alterações na visão
  • Cansaço intenso
  • Dor de estômago intensa
  • Olhos e pele amarelados
  • Urina escura
  • Convulsões
  • Zumbido no ouvido
  • Dor atrás dos olhos

É importante ficar atento também ao aparecimento de algum sinal de reação alérgica, como coceira, inchaço da língua, garganta, olhos ou boca, erupção cutânea, dificuldade respiratória e tontura. 

A orientação é procurar um serviço de atendimento de emergência se observar o aparecimento de algum desses sintomas. 

O tratamento com albendazol pode revelar casos de neurocisticercose preexistente (infecção de sistema nervoso central causada pela ingestão da larva de Taenia spp, que se caracteriza pela presença de lesões intracerebrais calcificadas), principalmente em áreas de alta incidência de teníase. 

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Portanto, caso apresente convulsão ou outros sintomas neurológicos enquanto estiver usando o medicamento, o paciente também deverá procurar o médico prontamente para iniciar de imediato a terapia com esteroides e anticonvulsivantes.

Contraindicações

albendazol
Imagem: via Medley

O albendazol é contraindicado para pessoas que são alérgicas a algum dos seus componentes ou têm histórico de reação alérgica a medicamentos similares a ele, como mebendazol e tiabendazol.

O remédio também é contraindicado para gestantes, mulheres que suspeitam de gravidez ou planejam engravidar, pois é uma droga teratogênica, ou seja, atrapalha o desenvolvimento saudável do feto. 

É recomendado às mulheres que tomem cuidado para não engravidar no decorrer do tratamento com o albendazol. A mulher pode ser aconselhada pelo seu médico a usar métodos contraceptivos seguros durante o tratamento e por mais três dias após o término da medicação.

Além disso, albendazol não deve ser usado durante a amamentação, a não ser que os benefícios potenciais para a mãe justifiquem os possíveis riscos para o filho. Não se sabe se o albendazol ou seus metabólitos são excretados no leite materno.

Antes de começar um tratamento com esse fármaco, informe ao seu médico se você possui problemas hepáticos, doenças renais, distúrbios sanguíneos ou bloqueio no trato biliar.

Este medicamento demanda muita atividade do fígado, portanto, pode representar um risco aumentado para doenças hepáticas. Sendo assim, o consumo de álcool e outras medicações fortes devem ser evitados durante o tratamento.

Interações medicamentosas

É importante que o paciente consulte o médico a respeito do uso de albendazol ao mesmo tempo em que outros medicamentos. Isso significa que é necessário informar ao profissional de saúde a lista de remédios que já usa.

O albendazol pode apresentar interações com outros remédios, possivelmente aumentando os seus efeitos colaterais ou diminuindo a sua eficácia. Estas são algumas drogas que podem interferir na ação do albendazol:

  • Suplementos de zinco, cálcio e vitaminas B, C, D e K
  • Aspirina
  • Ácido valproico 
  • Carvão vegetal ativado
  • Paracetamol
  • Epinefrina (adrenalina)
  • Furosemida 
  • Amoxicilina
  • Bactrim sulfametoxazol + trimetoprim 
  • Ciprofloxacino 

A lista de remédios que não devem ser usados junto do albendazol também inclui cimetidina, praziquantel, dexametasona, ritonavir, fenitoína, carbamazepina e fenobarbital.

Fontes e referências adicionais

Você já precisou tomar o Albendazol? Que condição teve para ser indicado pelo médico? Comente abaixo

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Sobre Dr. Marcos Marinho

Dr. Marcos Marinho é especialista em Gastroenterologia, Endoscopia Digestiva e Ultrassonografia - CRM 52.104130-4. Formou-se em Medicina pela Universidade do Grande Rio (Unigranrio) e é pós-graduado em Gastroenterologia pelo IPEMED. Realizou cursos de ultrassonografia geral e intervencionista pela Unisom, ultrassonografia musculoesquelética e Doppler pelo CETRUS. Para mais informações, entre em contato através de seu Instagram oficial @drmarcosmarinho

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