Fique sabendo para que serve a arnica do mato, quais são as indicações da erva e seus benefícios, além de aprender a preparar um chá repleto de propriedades anti-inflamatórias.
A arnica do mato é uma erva brasileira muito procurada para aliviar dores, inflamações e para tirar hematomas da pele.
É importante ressaltar que a arnica do mato é diferente da arnica europeia, presente em pomadas para feridas e hematomas.
Ela é uma planta comestível com diversas propriedades medicinais e as espécies brasileiras mais conhecidas são: Lychnophora ericoides, Solidago microglossa e Solidago chilensis.
Entretanto, existe também a arnica não comestível – comum na Europa (Arnica montana), espécie considerada venenosa pela Food and Drug Administration (FDA). Por isso, essa versão só está disponível em fórmulas muito diluídas.
Por outro lado, a arnica do mato é uma planta comum no Brasil. Outros nomes populares são: arnica brasileira, arnica falsa, arnica da serra, arnica silvestre e arnica do campo.
Para que serve a arnica do mato
Os principais usos da erva têm relação com suas propriedades anti-inflamatória e analgésica.
Aliás, outra planta que tem propriedades semelhantes às da arnica do mato é a calêndula, confira também os benefícios da calêndula e como preparar seu chá.
Com base nessas propriedades medicinais, a arnica é indicada para o tratamento de:
- Contusões;
- Dores musculares;
- Hematomas;
- Feridas na pele;
- Picadas de inseto.
Sendo assim, os principais benefícios da arnica do mato incluem:
Alívio de dores
O chá de arnica do mato pode ser muito bom para aliviar dores em geral, como as resultantes de contusões musculares, inflamações nas articulações ou picadas de insetos, por exemplo.
De acordo com pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), as folhas e raízes da arnica contêm compostos anti-inflamatórios potentes. Além disso, a lignana presente na erva é a responsável por seu efeito analgésico.
Cicatrização de lesões
O potente efeito anti-inflamatório da arnica do mato e a presença de alguns compostos antioxidantes como os flavonoides, por exemplo, também ajuda a acelerar a cura de lesões na pele.
Além disso, a planta tem ação antimicrobiana, que reduz o risco de infecção local.
Redução da inflamação
Existem mais de 50 ingredientes em extratos da arnica do mato e a maioria deles tem propriedades anti-inflamatórias.
De fato, o efeito anti-inflamatório da arnica ajuda a reduzir a inflamação e o inchaço em lesões nos músculos, nas articulações ou na pele, por exemplo.
Efeitos colaterais da arnica do mato
A irritação e a vermelhidão na pele é o efeito colateral mais comum da arnica. Essa irritação tem relação com o álcool do extrato líquido da erva.
A hipersensibilidade aos ingredientes é outra reação que pode decorrer do uso da arnica. Aliás, é sempre bom consultar um profissional da área médica antes de usar o remédio ou a erva, já que ela pode causar reações alérgicas.
Além disso, podem ocorrer interações com outras plantas medicinais. Por fim, o uso oral da arnica do mato também pode elevar o batimento cardíaco, mas esse efeito é pouco provável de ser observado.
Por todos esses motivos, é melhor evitar a arnica em altas concentrações, já que ela pode causar efeitos indesejados.
Como usar a arnica do mato
Veja abaixo como usar a arnica com segurança a fim de obter seus benefícios.
Uso oral
Normalmente, a arnica do mato é encontrada como um extrato líquido. Nesse caso, a dose usual é de 5 mL de extrato de arnica do mato diluído em meio copo de água.
É possível usar essa dose até três vezes ao dia antes das refeições principais.
Uso tópico
Para usar a arnica diretamente sobre a pele, use o extrato líquido da planta.
Com a ajuda de um chumaço de algodão ou de um cotonete, aplique a arnica do mato sobre a pele lesionada de 3 a 4 vezes ao dia.
Chá ou infusão de arnica do mato
Ingredientes:
- 1 colher de chá de arnica do mato seca ou 1 punhado de arnica do mato fresca;
- 1 xícara de água quente.
Modo de preparo:
Em primeiro lugar, aqueça a água até a fervura. Em seguida, adicione a arnica e apague o fogo. Deixe a mistura em infusão por ao menos cinco minutos. Por fim, espere amornar um pouco antes de aplicar sobre a pele.
Como não existem muitos estudos sobre os efeitos do consumo oral da arnica, o ideal é evitar o seu uso.
Assim, aplique o chá ainda morno sobre a pele quando necessário e evite ingerir a bebida até que mais estudos sobre o tema sejam divulgados.
Fontes e Referências Adicionais
- FAPESP – The arnica extract
- Floresta e Ambiente – Knowledge and use of the flora in a quilombola community of northeastern Brazil
- Revista Brasileira de Farmacognosia – “Arnicas” from Brazil: comparative analysis among ten species
- Acta Botanica Brasilica – Genetic variability analysis of arnica (Lychnophora ericoides Less. – Asteraceae) using RAPD markers
- Natural Product Communications – Effects of caffeoylquinic acid derivatives and C-flavonoid from Lychnophora ericoides on in vitro inflammatory mediator production
Fontes e Referências Adicionais
- FAPESP – The arnica extract
- Floresta e Ambiente – Knowledge and use of the flora in a quilombola community of northeastern Brazil
- Revista Brasileira de Farmacognosia – “Arnicas” from Brazil: comparative analysis among ten species
- Acta Botanica Brasilica – Genetic variability analysis of arnica (Lychnophora ericoides Less. – Asteraceae) using RAPD markers
- Natural Product Communications – Effects of caffeoylquinic acid derivatives and C-flavonoid from Lychnophora ericoides on in vitro inflammatory mediator production