Um recente estudo, divulgado na prestigiosa revista The Lancet Planetary Health, trouxe à tona uma preocupação crescente sobre o efeito nocivo do chumbo no corpo humano. Contrariando as estimativas anteriores, os resultados sugerem que o envenenamento por chumbo pode ter sido responsável por alarmantes 5,5 milhões de mortes devido a doenças cardiovasculares e pela perda de até 765 milhões de pontos de Quociente de Inteligência (QI) somente no ano de 2019.
Dedicando-se a uma abrangente pesquisa, os cientistas examinaram mais de 5.000 produtos de consumo e alimentos, originários de 70 mercados em 25 países, predominantemente de baixo e médio rendimento. O que descobriram é surpreendente. Cerca de 18% desses produtos apresentavam níveis de chumbo que ultrapassavam as normas de segurança estabelecidas.
A exposição ao chumbo não é uma preocupação recente. No entanto, os dados atuais revelam que a perda de QI e as mortes por doenças cardíacas resultantes desse envenenamento podem ser, respectivamente, 80% e seis vezes maiores do que se acreditava anteriormente. Mais especificamente, crianças em áreas fortemente impactadas podem perder, em média, até 5,9 pontos de QI nos seus primeiros cinco anos de vida devido à exposição ao chumbo.
Ainda que a poluição por chumbo seja muitas vezes percebida como um problema histórico, é evidente que suas consequências persistem em diversas regiões do mundo. E os efeitos do chumbo no QI não são desconhecidos.
Em 2022, por exemplo, pesquisadores nos Estados Unidos investigaram os danos causados pela exposição infantil ao chumbo, revelando que esse metal tóxico poderia ter afetado o índice de inteligência de até metade da população do país. Em média, os afetados perdiam 2,6 pontos de QI. Estima-se que mais de 170 milhões de americanos foram expostos a níveis elevados de chumbo durante a infância, com milhões deles superando em cinco vezes o nível de referência aceitável.
A pergunta que muitos se fazem é: de onde vem o chumbo? Esse elemento pode ser encontrado na natureza, geralmente associado a outros componentes, sendo o minério galena (PbS) a forma mais comum. No entanto, seu uso predominante ocorre na produção de baterias automotivas. Além disso, o chumbo é utilizado em tintas, cosméticos e até mesmo em blindagens contra radiação.
Tendo em vista essas descobertas, é fundamental que as autoridades globais reavalie o verdadeiro impacto do chumbo na saúde mundial, repensando e adaptando políticas de controle e segurança. A conscientização é o primeiro passo para garantir um futuro mais saudável para todos.
Não me esqueço do artigo dessa revista sobre o IBUPROFENO no que respeita a disseminação da COVID 19.Como anti-inflamatório para as dores. Considerei a explicação muito bem documentada. Mas em Portugal ligaram pouco ao estudo e receita-se abusivamente essa substância.Especialmente aos mais velhos. Talvez pelo isso tantos partiram e partem