Gostosa, saudável e, possivelmente, aliada da saúde mental. De acordo com pesquisadores do Centro Nacional de Geriatria e Gerontologia do Japão, a dieta tradicional japonesa faz bem para o cérebro, podendo reduzir o risco de demências.
A dieta tradicional é baseada em peixes, na maioria das vezes, crus, mariscos, arroz, soja, chá verde, frutas cítricas, cogumelos, algas marinhas e picles. A combinação é rica em ácidos graxos bons, polifenóis, fitoquímicos e vitaminas, que ajudam a combater inflamações.
O estudo divulgado foi feito com 1.636 adultos com idades entre 40 e 89 anos, que foram divididos em três grupos e acompanhados ao longo de dois anos.
O primeiro grupo, que contava com 589 voluntários, seguiu a dieta tradicional japonesa, enquanto o segundo (697 voluntários) seguiu uma alimentação típica ocidental (com carboidratos refinados, alimentos ricos em gordura, carne vermelha, bebidas alcoólicas e refrigerantes) e, por fim, o terceiro (350 pessoas) teve uma dieta à base de vegetais.
Os participantes foram submetidos a exames de ressonância magnética duas vezes no período em que foram analisados, para que os pesquisadores pudessem avaliar a perda de tecido cerebral, conhecida como atrofia.
A condição é associada à idade e um marcador importante da demência. Os resultados mostraram que as pessoas adeptas da dieta japonesa tiveram níveis baixos de atrofia cerebral, comparados aos demais participantes.
Um ponto que chama a atenção é que a diferença foi imperceptível entre os homens ao final do estudo. Os autores descobriram que os participantes do sexo masculinos eram mais propensos a se afastar da dieta tradicional do que as mulheres, por consumirem mais alimentos como macarrão e saquê, o que pode ter refletido diretamente no resultado do experimento.
“Adotar elementos da dieta tradicional japonesa e incluir alimentos como peixe, frutos do mar, soja, missô, algas marinhas e cogumelos shitake pode não apenas ajudar a melhorar a função cognitiva, mas também a saúde geral”, dizia parte do artigo.
Mas atenção: antes de sair correndo para o restaurante japonês mais próximo é importante lembrar que a comida japonesa servida por aqui pode ser diferente da dieta tradicional japonesa que foi avaliada no estudo. Veja também: Calorias da comida japonesa: melhores e piores pratos.
O que você achou da dieta tradicional japonesa? Vai incorporá-la à sua alimentação? Comente abaixo!
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