A boa alimentação é basicamente um dos detalhes mais importantes para manter a saúde em dia, inclusive a do cérebro. Um novo estudo evidenciou ainda mais a ligação entre o bom funcionamento do órgão com o que escolhemos colocar no nosso prato.
Nutricionistas e neurologistas das universidades de Illinois e Nebraska, ambas localizadas nos Estados Unidos, iniciaram buscas para tentar entender quais são os nutrientes que desaceleram o envelhecimento do cérebro e previnem a demência.
O estudo, publicado na revista científica Nature, envolveu 100 voluntários cognitivamente saudáveis, com idades entre 65 e 75 anos. Eles preencheram questionários com informações demográficas, medidas de composição corporal e aptidão física.
Na sequência, os participantes tiveram seus sangues coletados após um longo período de jejum, a fim de analisar a presença de 13 biomarcadores nutricionais encontrados no organismo de forma duradoura. Eles também passaram por exames de ressonância magnética e avaliações cognitivas, tudo no mesmo dia.
Os resultados apontaram que é possível generalizar os padrões de envelhecimento cerebral em dois fenótipos: um acelerado e outro devagar. Cada caso de voluntários que apresentou envelhecimento lento do cérebro foi analisado para entender as semelhanças de seus biomarcadores.
Com isso, foi descoberto que o sangue dos participantes com envelhecimento lento estava cheio de ácidos graxos, antioxidantes, vitamina E, carotenoides e colina. Alguns dos alimentos ricos nestes nutrientes são, respectivamente: peixes, frutas, castanhas, cenoura e ovos.
Ademais, o perfil benéfico está ligado aos nutrientes encontrados na dieta mediterrânea tradicional, que já foi vinculada ao envelhecimento saudável do cérebro em estudos anteriores.
Por falar nisso, você sabia que especialistas elegeram a dieta mediterrânea como a melhor para 2021?
“Ao avaliar o sangue dos voluntários, percebemos evidências do extenso conjunto de pesquisas que demonstram os efeitos positivos da dieta mediterrânea para a saúde, que enfatiza alimentos ricos nesses nutrientes benéficos”, afirma o neurocientista Aron Barbey, um dos principais autores do estudo, ao site da Universidade de Nebraska.
O pesquisador ainda reforçou que a comprovação por meio de exame de sangue se dá como suficiente para atestar que a dieta mediterrânea e alimentos naturais são extremamente ricos e importantes para a saúde cerebral.