Ela virou fisiculturista aos 60 anos: “Estarei em cima dos palcos até com bengalinha”

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Exemplo de força e de que idade não pode ser impeditivo de nada? É com ela! Monica Bousquet, 62 anos, decidiu virar atleta de fisiculturismo após atingir a terceira idade e diagnóstico complicado.

A carioca começou a frequentar a academia com 54 anos e apenas por ordem médica, devido a um diagnóstico de condromalácia, que progrediu de grau um a quatro em dois anos. 

Monica Bousquet
Imagem: Reprodução Instagram

A condição causa desgaste na cartilagem do osso da patela, localizado na frente do joelho. O problema de saúde trouxe muitas complicações para o dia a dia de Monica. 

“Não conseguia mais sentar, andar ou viajar de carro sem sentir uma dor insuportável, como uma pressão constante. Então, foi assim que me vi indo para a academia. Naquele momento, não estava pensando em estética, embora estivesse acima do peso. Eu já tinha tentado de tudo, todos os remédios possíveis e nada tinha funcionado”, explica, em entrevista à revista digital Marie Claire.

Ademais, Bousquet passou por todos os sintomas intensos da menopausa aos 50 anos, inclusive as dores físicas e questões psicológicas, como depressão. “(…) Estava muito mal e sempre tive medo do envelhecimento, considerando a história da minha família. Envelhecer parecia ser o fim”, conta.

Monica Bousquet
Imagem: Reprodução Instagram

A prática de exercícios físicos começou a trazer muitos benefícios, não apenas fisicamente, como psicologicamente. 

“Meu objetivo era me livrar das dores, pois acreditava que estar acima do peso fazia parte do processo natural de envelhecimento. Tinha essa ideia porque vi minha mãe, minha avó e minhas tias passarem pelo mesmo. Achava que era algo inevitável e que, durante esse processo, deveria começar a usar roupas mais largas, como se ser avó e envelhecer fosse sinônimo disso”, admite.

Monica nunca tinha se exercitado antes e se surpreendeu com o ambiente totalmente diferente ao que estava acostumada. Naturalmente, percebeu que estava melhorando outras áreas que nem percebia estarem afetadas negativamente. 

“Percebi que poderia viver de uma forma muito melhor. Antes, achava que minha vida estava dentro de um padrão normal, mas, na verdade, estava muito ruim. Dormia mal, bebia muito, vivia como se não houvesse amanhã. Comecei a perceber o prazer de realizar pequenos rituais, como cuidar do meu sono e preparar minhas refeições. Essas mudanças, mesmo que pequenas, foram transformadoras”, celebra.

Conforme progredia na academia, Monica começou a sentir cada vez menos dores e foi melhorando sua autoestima, que estava afetada devido ao tabu do envelhecimento citado antes. 

Essa era uma medida que, acima de tudo, ela estava tomando para melhorar sua saúde: “Não queria passar o resto dos meus dias tomando remédios para colesterol, pressão alta e pré-diabetes“.

Mas ela notou um lado negativo que a deixou abalada, em um primeiro momento: além de ter perdido “amigos de copo”, a atleta não recebia o apoio da família. “Minha filha e meu esposo não entendiam por que eu estava investindo tanto nisso, gastando tanto tempo e dinheiro com personal trainer e suplementos”, recorda.

Porém, isso não impediu Bousquet de continuar com seus exercícios e ela tomou tanto gosto pela prática que começou a compartilhar a sua rotina fitness nas redes sociais. Seu sucesso é estrondoso: ela acumula mais de 970 mil seguidores somente no Instagram. 

Com isso, a mulher antecipou a aposentadoria e começou a se dedicar a criar conteúdo para a internet. Os posts passeiam entre uma série pesada de levantamento de peso e outra, além de mostrar que a dedicação também vem da alimentação regrada.

Atualmente, Monica mudou seu ponto de vista sobre o envelhecimento, mesmo ainda sendo vítima de etarismo quando posta de biquíni ou com uma roupa mais curta. 

“Acredito que envelhecer é um privilégio. Me sinto privilegiada por isso, afinal, só não envelhece quem está morto. (A prática de exercícios) Também te dá uma força mental maior e você consegue superar essas coisas. Me sinto muito forte. Por isso, ofensas que recebo não abalam minha estrutura mental”, reflete.

Entrada no fisiculturismo foi inesperada

Monica Bousquet
Imagem:  Reprodução Instagram

O convite para competir pela primeira vez partiu de um treinador, que se surpreendeu com o progresso de Monica na academia. Seus colegas de treino também a incentivaram a participar de competições. “A preparação, que todos dizem ser monstruosa e muito difícil, fiz muito bem. Quando subi no palco, pensei: ‘Nasci para isso'”, lembra.

A atleta participou do Musclecontest Brazil em 2023 e levou dois troféus, na categoria Bikini Master e em Wellness Master. “Para mim, era algo inalcançável. Nunca pensei nisso, especialmente por causa da minha idade. Tinha esse bloqueio, essa ideia de que uma mulher de 60 anos não subiria em um palco de fisiculturismo”, confessa.

“Obviamente não tenho aquele volume, o que acho difícil de alcançar pela minha idade, mas subi no palco naturalmente, como estou, e me senti muito bem, feliz da vida. Não vou parar mais, agora estarei em cima dos palcos até com bengalinha”, conclui.

O que achou da história de Monica? Conhece algum caso parecido com o dela? Comente abaixo!

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