A COVID-19, em muitos casos, pode deixar sequelas. Os especialistas alertam que a recuperação pode levar meses. As autoridades de saúde já estão, inclusive, nomeando esta condição. Quando os sintomas persistem, você pode estar com a síndrome pós-Covid-19.
O paciente recuperado pode, por exemplo, apresentar a fadiga crônica e um forte cansaço acompanhado de dores nas juntas.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, até um quarto dos pacientes com a COVID-19 sofrem com estes sintomas depois da recuperação. Sendo assim, entenda o que é a síndrome pós-Covid e quais são os seus principais sintomas.
Síndrome pós-Covid pode durar meses, alertam especialistas
Em muitos casos, após a recuperação da infecção pelo novo coronavírus, o paciente ainda possui uma longa jornada pela frente para a recuperação total.
Os especialistas afirmam que esta síndrome pós-Covid nada mais é do que uma série de sintomas decorrentes de uma complicação devido à infecção viral que se espalha e pode atingir diversos sistemas do nosso corpo.
Ou seja, a infecção com o novo coronavírus e a síndrome pós-covid estão associadas principalmente a problemas no sistema nervoso central e musculoesquelético.
Embora a pessoa não carregue mais o vírus, esta síndrome e os seus sintomas afetam a qualidade de vida do paciente.
Os sintomas da síndrome pós-Covid, conforme as autoridades médicas, podem durar até 6 meses.
A síndrome aparece principalmente em casos mais graves da doença. No entanto, os especialistas alertam que ela também ocorre em casos leves e moderados.
Sendo assim, ela pode atingir especialmente pessoas com pressão alta, obesidade ou com histórico de transtorno psicológicos.
Conheça alguns sintomas da síndrome pós-Covid-19
A síndrome pós-Covid-19 se manifesta de diversas formas e pode apresentar vários sintomas. Os sintomas mais comuns da síndrome, no entanto, são:
- Cansaço excessivo;
- Tosse;
- Nariz entupido;
- Sensação de falta de ar;
- Perda do paladar ou cheiro;
- Dor de cabeça e muscular;
- Diarreia e dor abdominal;
- Confusão.
Além disso, a síndrome ainda pode levar a déficits cognitivos, como alterações de memória e fadiga mental.
Os sintomas também podem variar de acordo com a idade. Crianças, por exemplo, também podem apresentar sintomas persistentes de Covid-19.
Nestes casos, no entanto, é comum elas apresentarem sintomas como febre alta, bem como manchas ou bolhas na pele. Da mesma forma, as crianças ainda podem sofrer com indisposição.
Há, ainda, a possibilidade de síndrome causar problemas neurológicos, cardiovasculares e intestinais.
Por outro lado, os especialistas alertam que é preciso diferenciar esta condição de outras doenças como depressão, anemia, sequelas pulmonares ou neuropatias. Isso porque a recuperação do Covid-19 pode também acarretar estas condições.
Mas afinal, por que a síndrome acontece?
Apesar de as autoridades sanitárias e dos cientistas já terem uma boa compreensão sobre o novo coronavírus, os cientistas ainda desconhecem os motivos dos sintomas persistirem em alguns casos.
A hipótese dos especialistas, no entanto, é que a síndrome ocorra devido a alguma alteração sistêmica causada pelo vírus.
Por outro lado, os cientistas também acreditam que a síndrome acontece por causa das lesões causadas pelo vírus em várias partes do corpo.
Nos casos mais leves, por exemplo, os especialistas defendem a hipótese de que ela seja o efeito das diversas inflamações que ocorrem durante a infecção.
Tratamento da síndrome requer monitoramento
O tratamento para a síndrome pós-Covid irá depender de cada caso. Apesar disso, a OMS recomenda que as pessoas com sintomas persistentes de COVID-19 realizem um monitoramento regular.
Este monitoramento é realizado, principalmente, nos níveis de oxigênio do sangue. Por isso, você deve manter contato com o seu médico.
Da mesma maneira, para os pacientes internados, o uso de anticoagulantes é geralmente o tratamento padrão. Os médicos ainda irão ter cuidado com a posição do paciente para evitar coágulos e maiores lesões.
Continue se protegendo
Com os casos aumentando rapidamente, é importante você lembrar de manter os cuidados para se proteger do novo coronavírus.
Desta forma, conforme a OMS, algumas atitudes são essenciais para evitar a contaminação. São elas:
- Lave as suas mãos com frequência;
- Use o álcool em gel quando não puder realizar a higiene das mãos;
- Use máscaras;
- Não toque nos olhos, no nariz ou na boca;
- Cubra seu nariz e boca com o braço dobrado ou um lenço ao tossir ou expirar;
- Fique em casa se você se sentir indisposto;
- Procure atendimento médico se tiver febre, tosse e dificuldade para respirar.
Mantendo estes cuidados, é possível reduzir a contaminação e se proteger do novo coronavírus.