O mau hálito é um inconveniente que pode surgir devido a vários motivos e é desconfortável tanto para quem o tem quanto para quem está próximo.
Segundo a dentista Bruna Conde, de São Paulo, a halitose pode se agravar devido a problemas emocionais ou psicológicos do paciente, como estresse, ansiedade e depressão.
Influência do estresse na boca seca e mau cheiro
Por exemplo, durante um período de estresse, é comum que o paciente fique com a boca seca, o que cria um ambiente propício para a proliferação de bactérias de mau cheiro, responsáveis pelo mau hálito persistente.
A ansiedade e a depressão também podem alterar o cheiro da boca. Enquanto no quadro de depressão, a pessoa pode abandonar seus hábitos de higiene e afetar a saúde de sua boca, a ansiedade causa mudança no ritmo da respiração, provocando o mesmo ressecamento mencionado no quadro de estresse, uma vez que o ar começa a passar pela boca e não pelo nariz.
Bruna aponta que, embora todos os problemas se refiram teoricamente à saúde bucal, as causas do mau hálito têm origens mais profundas e, sem tratar esses fatores pré-existentes com um psicólogo e um terapeuta, o problema persistirá.

O que fazer em caso de mau hálito?
Segundo a dentista, independentemente da origem, o mau hálito não deve ser tratado com vergonha, mas sim visto como um problema de saúde.
Devemos sempre alertar quando achamos que alguém está com mau hálito, pois sem o aviso, a pessoa pode não perceber sua condição, o que pode atrasar o tratamento.
A indicação do tratamento do mau hálito irá depender da origem do problema. Como a maioria dos casos está relacionada à boca, é possível incentivar a salivação, principalmente aumentando o consumo de água e utilizando chicletes sem açúcar. Também é recomendado intensificar a escovação para limpar a saburra lingual, uma das principais causas do mau hálito.