Não é novidade que o hábito de fumar traz diversos riscos à saúde, a curto e longo prazo. Um novo estudo, por exemplo, indicou que apenas um cigarro, para os fumantes de longa data, já pode ser capaz de reduzir a expectativa de vida em cerca de 20 minutos.
Um grupo de cientistas da University College London retirou estatísticas do British Doctors Study, a fim de encontrar dados de mortalidade referentes a homens que vivem no Reino Unido. O mesmo foi feito no Million Women Study para obter dados relacionados às mulheres.
Foram calculados desde o impacto do tabagismo na longevidade até o nível de um único cigarro para ambos os sexos. Veja também: David Lynch parou de fumar após perceber sinais do corpo de que “morreria em uma semana”: “Única opção”.
Na pesquisa publicada como editorial na revista Addiction, foi apontado que, entre os fumantes de longa data, um único cigarro poderia reduzir a expectativa de vida dos homens em 17 minutos e das mulheres, em 22 minutos.
Ademais, eles indicaram que os dados de ambas as fontes confirmaram descobertas anteriores que apontam que os danos causados pelo consumo de cigarros são cumulativos e que os benefícios adquiridos ao parar de fumar dependem de vários fatores, como o tempo que a pessoa viveu, o estado de saúde atual e quantos cigarros ela fuma.
A equipe analisou que os benefícios gerais de parar de fumar podem ser divididos por dia, semana, mês ou até mesmo anos.
Não fumar durante uma semana, por exemplo, pode prevenir uma redução de um dia na longevidade, enquanto cortar o cigarro por alguns meses pode evitar uma diminuição de uma semana inteira na longevidade.
Parar de fumar em uma idade relativamente mais jovem pode trazer mais benefícios do que largar a nicotina em uma idade mais avançada. No estudo, foi demonstrado que abandonar o cigarro aos 40 anos, por exemplo, reduz o risco de morrer de doenças associadas ao tabagismo em até 90%.
Não são poucas as pesquisas que apontam os males que o cigarro traz à saúde. O hábito, aliás, foi descrito como a principal causa de doenças evitáveis nos Estados Unidos. No entanto, segundo os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) postados em 2019, 12,6% dos adultos ainda fumam no Brasil.