Fumar, um dos hábitos menos saudáveis que existem, está caindo rapidamente no mundo todo. A taxa de adultos fumantes no Brasil, por exemplo, caiu de 34% em 1969 para 14,7% em 2013.
No entanto, há uma série de fatores de risco que estão tomando seu lugar, muitos decorrendo da crescente preferência das pessoas por estilos de vida sedentários e isolados. Aqui estão os hábitos que a ciência avisa que precisamos tomar cuidado.
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Solidão
O crescimento das mídias sociais e a diminuição do contato pessoal físico levaram o ex-cirurgião geral Vivek Murthy a rotular a solidão como uma epidemia mundial. E que pode ser letal.
Julianne Holt-Lunstad, professora de psicologia da Universidade Brigham Young, descobriu em sua pesquisa que a solidão reduz a vida das pessoas pelo equivalente a fumar 15 cigarros por dia.
Ficar muito tempo sentado
Ficar sentado o dia todo aumenta o risco de uma série de diferentes tipos de câncer, um estudo de 2014 descobriu.
Os pesquisadores incluíram em suas meta-análises – o padrão ouro para a pesquisa – dados de 4 milhões de pessoas envolvendo a frequência com que elas se sentam para assistir TV, trabalham e se movimentam.
Cada aumento de duas horas no tempo de estar sentado aumentou o risco de pessoas para o câncer de cólon, endométrio e pulmão, independentemente de já terem exercitado durante o dia.
Falta de sono
Os Centros para o Controle e Prevenção de Doenças chamaram a privação do sono de um problema de saúde pública, já que cerca de 50 a 70 milhões de pessoas nos EUA têm distúrbios do sono ou transtorno do ciclo vigília-sono.
O professor Valery Gafarov, da Organização Mundial da Saúde, observou em 2015 que a falta de sono aumenta o risco de acidente vascular cerebral e ataque cardíaco a graus similares ao uso regular de cigarros.
“O sono irregular deve ser considerado um fator de risco modificável para doenças cardiovasculares, juntamente com o tabagismo, a falta de exercícios e a má alimentação”, afirmou.
Bronzeamento artificial
O bronzeamento artificial pode parecer uma versão mais controlada do banho de sol, mas ambos são potencialmente mais perigosos do que fumar.
Em 2014, pesquisadores publicaram um estudo na JAMA que revelou que o bronzeamento artificial sozinho levou a mais casos de câncer de pele do que o cigarro ao câncer de pulmão.
“Dado o grande número de casos de câncer de pele atribuíveis ao bronzeamento artificial, essas descobertas destacam um grande problema de saúde pública”, escreveram os pesquisadores.
Alimentação ruim
Uma grande quantidade de evidências descobriu que alimentos açucarados e processados ricos em gorduras saturadas podem expor as pessoas a doenças potencialmente fatais em taxas semelhantes, senão maiores, do que fumar.
Em 2016, pesquisadores que estudam os riscos de mortalidade de uma dieta ruim concluíram que as taxas de mortalidade excederam as de álcool, drogas, sexo desprotegido e cigarro combinados.