Insulina lenta e ultralenta – Como funciona e tipos

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Aqui, você irá descobrir o que é insulina lenta, como ela funciona no organismo, quais os tipos e para que serve esse medicamento para diabetes.

A insulina é um remédio receitado para alguns tipos de diabéticos. Até algum tempo atrás, existia apenas um tipo desse medicamento, mas hoje há vários tipos de insulina, permitindo tratamentos mais adequados e personalizados para as necessidades de cada paciente.

O que é insulina lenta?

Diabetes

A insulina lenta ou de ação prolongada é um remédio que pode ser tomado pela manhã ou na hora de dormir, pois demora até 6 horas para começar a fazer efeito, atingindo o pico entre 12 e 18 horas após o uso, e permanecendo no organismo por até 24 horas.

A principal finalidade do medicamento é auxiliar no controle de açúcar na corrente sanguínea ao longo do dia.

As células beta do pâncreas produzem a insulina, que ajuda a regular os níveis de glicose no sangue, estimulando as células a absorvê-la. Esse procedimento é necessário para que as células tenham energia suficiente para desempenhar suas funções no corpo humano.

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Além disso, a insulina humana também impede o fígado de produzir mais glicose.

No caso de pessoas com diabetes tipo 2, o corpo pode perder a capacidade de produzi-la ou, ainda que a produza, o organismo não é capaz de administrá-la adequadamente. Isso desencadeia um quadro conhecido como resistência à insulina.

Existem diferentes tipos de terapias com insulina para conter a diabetes. A insulina de tempo de ação prolongada é um dos exemplos, que permite obter a quantidade necessária do medicamento para o controle glicêmico ideal.

Tipos de insulina lenta

Existem subdivisões que se ramificam a partir da insulina lenta (de longa ação) e a ultralenta (de ação ultralonga). A principal diferença entre a insulina de ação longa em relação ao de ação rápida é que elas não têm picos de ação terapêutica.

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Outro nome para esse remédio é insulina basal, pois age durante o dia todo no organismo com a finalidade de manter estável o nível de glicose na corrente sanguínea.

Conheça os tipos de insulina lenta disponíveis no Brasil:

1. Insulina Glargina

A insulina glargina, comercializada sob o nome insulina Lantus®, é utilizada no tratamento da diabetes tipo 1 e tipo 2.  O remédio é prescrito para, na maioria dos casos, uma vez ao dia, na forma injeção subcutânea. Os seus efeitos geralmente começam uma hora após o uso.

No entanto, alguns efeitos colaterais podem se manifestar, tais como baixo nível de açúcar no sangue – hipoglicemia, além de possíveis problemas no local da injeção, coceira, ganho de peso e, mais raramente, baixo nível de potássio no organismo.

Normalmente, os médicos sugerem que gestantes substituam esse medicamento por outros tipos de insulina.

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2. Insulina Detemir

A insulina Detemir é comumente comercializada pela marca Levemir®, e pode ser utilizada como tratamento para diabetes tipo 1 e tipo 2. Assim como a Glargina, a Detemir pode durar de 18 a 23 horas na corrente sanguínea. Deve ser administrada por meio de injeção subcutânea.

Essa é uma das variedades de insulina que normalmente usa-se durante a gestação. Ela atua aumentando a quantidade de glicose que os tecidos absorvem e diminuindo a quantidade de glicose produzida pelo fígado.

3. Injeção de insulina Glargina

Esse medicamento é feito pelo mesmo fabricante da Lantus®, e possui o mesmo princípio ativo – a insulina Glargina.

O que difere as duas é o mecanismo de liberação de insulina. Dessa maneira, as dosagens são distintas.

4. Injeção de insulina Degludec

A injeção de insulina Degludec, comercializada sob a marca Tresiba®, pode durar até 42 horas no organismo e, portanto, é identificada como ultralonga.

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Uma das suas facilidades é o fato de que o paciente precisará sofrer menos picadas, já que poderá passar quase dois dias com apenas uma injeção.

A insulina Degludec controla a hemoglobina glicada semelhantemente à Glargina nos pacientes com diabetes do tipo 1 e do tipo 2. Além disso, tem poucos riscos de o paciente apresentar casos de hipoglicemia. O prazo de validade da Tresiba® é de até trinta meses após sua fabricação.

Qual insulina usar?

Ao avaliar qual o melhor tipo de insulina a um paciente, o médico leva em consideração alguns fatores.

O portador de diabetes tipo 1, por não produzir insulina alguma, pode precisar dos dois tipos de medicamento: a insulina lenta ou ultralenta, e a insulina rápida ou ultrarrápida. Essa dupla administração tem nome de insulina plena.

No entanto, os pacientes com diabetes tipo 2 só devem receber a insulina plena quando a doença estiver em estágio mais avançado, como quando há a falência do pâncreas.

Você deve respeitar as orientações do seu médico para receber a quantidade adequada de medicamento e para que o tratamento seja eficaz.

Mistura de insulinas

A administração de misturas de insulinas de ação rápida ou curta e intermediária ou longa produzirá uma glicemia mais adequada em alguns pacientes do que o uso de apenas uma. 

Durante a mistura, podem ocorrer alterações físico-químicas e, como resultado, a resposta fisiológica pode ser diferente e melhor em relação à injeção de apenas um tipo de insulina.

Nenhum outro medicamento ou diluente deve ser misturado com qualquer produto à base de insulina, a menos que seja prescrito por seu médico.

Não se deve misturar a Glargina com outros tipos de insulina na mesma seringa devido ao baixo pH do seu diluente.

Além disso, a administração de insulinas pré-misturadas disponíveis no mercado só deverá ser feita se a proporção for apropriada ao paciente e prescrito por seu médico.

Como armazenar a insulina?

Seja qual for o tipo de insulina administrada no paciente, há certos cuidados importantes para manter os efeitos do remédio e o bem estar do usuário.

A forma correta de guardar o medicamento é mantendo-o bem fechado e na geladeira, pois ele deverá ser mantido sob temperatura de 2 a 8 °C.

É importante que a insulina não fique na porta da geladeira, pois é onde há a maior oscilação de temperatura e movimentação, portanto, pode diminuir sua vida útil. O ideal é que coloque-a na parte de baixo da geladeira, logo acima da gaveta.

Também é necessário ter atenção para não permitir que ela encoste no fundo da geladeira, pois é de onde o frio vem e, caso isso ocorra, ela poderá congelar e perder seu efeito.

Além disso, recomenda-se guardá-la dentro de potes, para evitar que caia e quebre, e utilizar em até 28 dias após aberta.

Pode ser que a tolerância à temperatura varie de um tipo de insulina a outro. Para tirar eventuais dúvidas, leia a bula do remédio e verifique até quantos graus ele pode suportar sem perder a eficácia.

Fontes e Referências Adicionais:

Você precisa administrar um remédio de insulina lenta ou ultralenta diariamente por ter diabetes? Que tipo seu médico receitou? Comente abaixo!

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Sobre Dra. Patricia Leite

Dra. Patricia é Nutricionista - CRN-RJ 0510146-5. Ela é uma das mais conceituadas profissionais do país, sendo uma referência profissional em sua área e autora de artigos e vídeos de grande sucesso e reconhecimento. Tem pós-graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é especialista em Nutrição Esportiva pela Universidad Miguel de Cervantes (España) e é também membro da International Society of Sports Nutrition.

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