Sabemos que estar acima do peso pode trazer vários problemas de saúde, mas e quanto à pressão alta? Conheça agora a relação entre obesidade e hipertensão e como elas afetam a sua saúde.
O Framingham Heart Study (Estudo do Coração Framingham), famoso estudo a longo prazo dos Estados Unidos que ocorre desde 1948, estimou que o excesso de peso corporal (incluindo sobrepeso e obesidade) representava aproximadamente 26% dos casos de hipertensão nos homens e 28% nas mulheres, e aproximadamente 23% dos casos de doenças coronárias em homens e 15% em mulheres.
Pessoas obesas têm um aumento no tecido adiposo, o que aumenta a resistência vascular, e por sua vez, aumenta o trabalho que o coração tem que fazer para bombear sangue por todo corpo.
Confira, antes de mais nada, as principais causas de ganho de peso e obesidade e entenda em mais detalhes todos os sintomas, causas e tratamento da hipertensão.
Obesidade e o risco de hipertensão
Obesidade e ganho de peso são indicadores de risco de hipertensão. Para saber se uma pessoa está acima do peso ou obesa, é medido o índice de massa corporal (IMC), que é determinado pelo peso e altura da pessoa.
Um IMC considerado normal fica entre 20 a 25, o excesso de peso fica entre 25 e 29, enquanto que o que é considerado obesidade é maior que 30. Esses números são importantes para determinar o risco de hipertensão, mas também a distribuição de gordura corporal não pode deixar de ser considerada.
A distribuição de gordura no tronco abdominal é conhecida como obesidade abdominal, que é definida por uma circunferência da cintura maior que 88 centímetros para as mulheres e 102 cm para os homens. É a obesidade abdominal que tem uma influência maior no risco da pessoa desenvolver hipertensão.
O ganho de peso também está associado ao aumento do risco de desenvolver pressão alta. Segundo especialistas, mulheres que ganharam mais de 15 quilos têm 3 vezes mais chances de se tornarem hipertensas do que as que ganharam menos peso.
Por outro lado, a perda de peso também pode levar a uma queda significativa na pressão sanguínea. Um estudo acompanhou 181 pacientes hipertensos com excesso de peso durante quatro anos, e as pessoas que perderam 10% do seu peso tiveram uma queda de 4,3 / 3,8 mmHg na pressão arterial.
Além dos riscos de hipertensão, pessoas com obesidade sofrem com outros riscos significativos à saúde, e aquelas com obesidade abdominal estão entre o grupo de risco maior. Se uma pessoa tem excesso de gordura abdominal, o risco de doença cardíaca aumenta, bem como os níveis de colesterol e diabetes.
As anormalidades no metabolismo glicêmico e lipídico também parecem estar relacionadas à distribuição de gordura e ao peso corporal total, e é por isso que pessoas obesas apresentam um índice maior de diabetes.
A obesidade pode vir a desenvolver a hipertrofia ventricular esquerda – o aumento do coração – porque a obesidade faz com que o coração trabalhe mais para bombear sangue para todo o corpo.
A obesidade também aumenta o risco de doenças cardíacas pois aumenta os níveis do colesterol LDL, também conhecido como “colesterol ruim”, e reduz os níveis de colesterol HDL “colesterol bom”, o que produz aterosclerose, que é o endurecimento das artérias cardíacas e pode causar um infarto do miocárdio, que são os ataques cardíacos.
Doença renal crônica, obesidade e hipertensão
Várias evidências crescentes mostram que a obesidade, quando associada com as anormalidades metabólicas, podem induzir e acelerar complicações renais.
No que diz respeito à obesidade visceral, que teria efeitos na morbidade cardiovascular e renal, a pressão alta comprime as veias renais, vasos linfáticos, ureteres e parênquima renal.
Além disso, a gordura retroperitoneal – uma das camadas que recobrem o abdômen – frequentemente se fecha em torno do rim, adere firmemente à cápsula renal e invade os seios renais, causando uma compressão adicional e aumentando as pressões intrarrenais.
O aumento da gordura do seio retroperitoneal e renal está associado à pressão alta. No estudo Framingham Heart Study, as pessoas com gordura nos rins apresentaram um risco 2 vezes maior de hipertensão. A gordura no rim também está associada ao aumento do risco de Doença Renal Crônica mesmo após ajustar os níveis de IMC e adiposidade visceral.
Além de comprimir os rins, a gordura renal no seio retroperitoneal pode causar inflamação e expansão da matriz extracelular medular renal, o que pode prejudicar ainda mais as funções dos rins.
Até o momento, as únicas estratégias comprovadas para se reduzir a gordura do seio visceral, retroperitoneal e renal e seus efeitos adversos na função cardiovascular, metabólica e renal são a cirurgia bariátrica para pacientes com obesidade grave e a modificação no estilo de vida com mudanças na dieta e o aumento da prática de atividade física para as pessoas que estão acima do peso.
Estar acima do peso causa vários problemas de saúde
Além da associação entre obesidade e hipertensão, é importante lembrar que a hipertensão está associada a inúmeras outras doenças que podem afetar a saúde geral e a expectativa de vida.
Enquanto que uma perda significativa de peso pode fazer com que a pressão baixe e diminuam as chances de tomar medicamentos para pressão alta, nada melhor que a prevenção.
Evite estar acima do peso. Faça mudanças em seu estilo de vida, mantenha uma dieta saudável e pratique mais exercícios físicos. A perda de peso é o passo mais importante para reduzir a pressão alta e melhorar a sua saúde.
Vídeo: 6 sintomas da pressão alta
Confira mais informações importantes sobre a pressão alta nos vídeos abaixo.
Vídeo: Alimentos perigosos para pressão alta
Gostou das dicas?