12 sinais de alerta para câncer de estômago que todos deveriam saber

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O câncer de estômago raramente produz sintomas em estágio inicial, por isso é tão difícil estabelecer um diagnóstico precoce para este tipo de câncer. Apenas 20% dos casos de câncer de estômago são diagnosticados em estágios iniciais. 

Os sinais e sintomas que alertam para um possível câncer de estômago podem coincidir com as manifestações clínicas de outras doenças que afetam o estômago. 

Por isso, é importante olhar para esses sintomas como um sinal de alerta para buscar ajuda médica, mas sem se precipitar achando que está com câncer, pois isso pode gerar um grande sofrimento emocional. 

Veja quais são sinais e sintomas de alerta de câncer de estômago, a importância do diagnóstico precoce e mais detalhes sobre esse tipo de câncer.

Sinais e sintomas de alerta de câncer de estômago

Falta de apetite
A falta de apetite é um sintoma característico para problemas no estômago

Os sinais e sintomas que podem indicar que um tumor está se desenvolvendo no estômago são os seguintes: 

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  1. Falta de apetite
  2. Perda de peso não intencional: ocorre sem que você faça dieta ou exercícios físicos para emagrecer. 
  3. Dor abdominal
  4. Desconforto abdominal concentrado acima do umbigo (altura do estômago).
  5. Sensação de estar plenamente saciado (“cheio”), mesmo após fazer uma refeição bem leve. 
  6. Azia
  7. Indigestão
  8. Náuseas
  9. Vômito, que pode ou não conter sangue.
  10. Inchaço ou acúmulo de líquido no abdômen. 
  11. Sangue nas fezes
  12. Anemia, evidenciada por cansaço crônico e fraqueza. Veja quais são os principais sintomas de anemia

Como mencionado, esses sintomas podem fazer parte do conjunto de manifestações clínicas de outras doenças que afetam o estômago, como úlcera e gastrite, e até de outros tipos de câncer.

O que acende o sinal de alerta para um possível câncer de estômago é a persistência dos sintomas, principalmente a ocorrência de dor no estômago com mais de 2 semanas de duração. Nesse caso, é fundamental que você marque uma consulta, para que seu caso seja avaliado e, se necessário, tratado.  

É importante ter em mente que, nos estágios iniciais, o câncer de estômago não vai causar emagrecimento expressivo e vômito com sangue. Esses sintomas mais graves aparecem com a evolução do tumor.    

Outro ponto importante é a questão do emagrecimento. Algumas pessoas podem, por questão estética, não se importar com um emagrecimento expressivo (mais de 2 kg por semana) sem justificativa. Mas é muito importante que você procure um médico ou médica para investigar o motivo dessa perda de peso, porque isso não é normal e pode indicar um problema grave de saúde, como o câncer de estômago.  

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Importância do diagnóstico precoce do câncer de estômago

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de estômago ocupa o 4º lugar dos cânceres que mais levam ao óbito. Isso porque mais da metade dos casos de câncer são diagnosticados tardiamente, quando já não há mais chances de cura. 

Quando o câncer de estômago é diagnosticado em estágios iniciais, a cirurgia curativa é eficiente em mais de metade dos casos, ou seja, tem uma alta taxa de cura. 

Grupos de risco

Dividindo homens e mulheres, o câncer de estômago é o quarto mais incidente nos homens e o sexto, entre as mulheres. 

A idade média das pessoas que são diagnosticadas com câncer de estômago é 68 anos, ou seja, o envelhecimento é um fator de risco. 

Existe um mito que preocupa muitas pessoas que têm gastrite aguda e úlcera no estômago, de que têm maiores chances de desenvolver um câncer de estômago. Na verdade, até agora não existem resultados científicos que sustentem essa afirmação. 

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Por outro lado, o fator genético exerce, sim, uma grande influência no desenvolvimento de câncer de estômago. 

Quando a predisposição genética é acompanhada de maus hábitos alimentares, os riscos aumentam muito mais. Pessoas que consomem muitos alimentos industrializados, enlatados e com alta concentração de sódio e sal são mais propensas a desenvolver câncer de estômago. 

A diminuição do sal da dieta é uma poderosa ação preventiva. O limite diário de consumo de sal fica entre 5 e 6 gramas, o que corresponde a aproximadamente 2 gramas de sódio, que é o limite recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Mas o brasileiro consome, em média, 10 a 11 gramas de sal, o dobro do recomendado. 

O que é o câncer de estômago?

Um câncer, de modo geral, é a proliferação (multiplicação) anormal de células de qualquer tecido do corpo. 

Quando essas células cancerígenas se desprendem do seu local de origem, elas alcançam a corrente sanguínea e podem se instalar em outros órgãos, num processo chamado de metástase

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O tipo de câncer de estômago mais comum é o adenocarcinoma, que se origina nas células glandulares do revestimento gástrico. 

A presença de lesões causadas por um quadro crônico, e não agudo, de gastrite atrófica pode evoluir para um câncer de estômago. A gastrite atrófica é uma condição inflamatória que afeta a mucosa gástrica e que pode ter origem autoimune ou infecciosa pela bactéria Helicobacter pylori

As lesões de metaplasia intestinal também podem evoluir para um câncer de estômago. Essas lesões são originadas da alteração das células do revestimento gástrico, que passam a ser parecidas com as células do intestino. 

Diagnóstico e tratamentos do câncer de estômago

Diagnóstico para estômago
Busque ajuda médica assim que começar a sentir os sintomas característicos do câncer de estômago

Se uma pessoa tem mais do que 50 anos, tem histórico familiar de câncer no estômago e está sentindo dores no estômago por mais 2 semanas ou perdendo peso exageradamente, é preciso buscar ajuda médica. 

Com um simples exame de endoscopia e biópsia, o câncer pode ser diagnosticado em fase inicial. 

Constatada a presença de câncer, o tratamento curativo é a cirurgia.

O cirurgião ou cirurgiã retira parte ou todo o estômago. A parte do estômago que for mantida, nos casos de retirada parcial, é ligada diretamente no intestino. Quando todo o órgão é removido, a pessoa fica sem o estômago, o que a permite sobreviver sem grandes prejuízos. 

No início, é necessário contar com o acompanhamento de um/uma nutricionista, para fazer uma reabilitação alimentar, que consiste em entender a quantidade de alimento que se pode comer.

Antes da cirurgia, a pessoa pode ter que fazer quimioterapia, para destruir as células cancerígenas circulantes e impedi-las de crescer, aumentando as chances de sucesso da cirurgia. 

Quando não é possível fazer uma cirurgia, porque o câncer já está muito avançado e há metástase, o tratamento visa o alívio dos sintomas, para dar qualidade de vida ao paciente e aumentar sua sobrevida. 

O tratamento paliativo pode envolver sessões de quimioterapia e radioterapia e transfusões sanguíneas, dependendo dos sintomas e da extensão do câncer. 

Fontes e referências adicionais

Você conhecia esses sinais de alerta para câncer de estômago? Tem casos de câncer de estômago em sua família? O que você pretende fazer para prevenir esse tipo de câncer? Comente abaixo!

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Sobre Dr. Lucio Pacheco

Dr. Lucio Pacheco é Cirurgião do aparelho digestivo, Cirurgião geral - CRM 597798 RJ/ CBCD. Formou-se em Medicina pela UFRJ em 1994. Em 1996 fez um curso de aperfeiçoamento em transplantes no Hospital Paul Brousse, da Universidade de Paris-Sud, um dos mais especializados na Europa. Concluiu o mestrado em Medicina (Cirurgia Geral) em 2000 e o Doutorado em Medicina (Clinica Médica) pela UFRJ em 2010. Dr. Lucio Pacheco é autor de diversos livros e artigos sobre transplante de fígado. Atualmente é médico-cirurgião, chefe da equipe de transplante hepático do Hospital Copa Star, Hospital Quinta D'Or e do Hospital Copa D'Or. Além disso é diretor médico do Instituto de Transplantes. Suas áreas de atuação principais são: cirurgia geral, oncologia cirúrgica, hepatologia, e transplante de fígado. Para mais informações, entre em contato.

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