7 consequências da desidratação (beber poucos líquidos) e o que fazer

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A água é essencial para a vida e por isso beber poucos líquidos é ruim. Veja então as consequências da desidratação e o que fazer para reverter.

Todos os dias nós perdemos água através do suor, da urina, das fezes e da saliva. Por isso, precisamos beber água a fim de repor todo esse líquido perdido. Até porque, quando o corpo não tem água suficiente, algumas funções do organismo podem falhar.

Se você acha que está bebendo poucos líquidos, veja se você se identifica com algum dos sinais da desidratação.

A depender da quantidade de água em falta no seu corpo, a desidratação pode levar à morte.

Tipos de desidratação

Existem vários tipos de desidratação: a isotônica, a hipertônica e a hipotônica. Apenas um médico é capaz de identificar o seu tipo e indicar o tratamento adequado.

  • Isotônica: ocorre quando a perda de água e de sódio são iguais;
  • Hipertônica: acontece quando a perda de água é muito maior do que a perda de sódio;
  • Hipotônica: se dá quando o corpo perde mais sódio do que água.

Além disso, a desidratação pode ser classificada em leve (1º grau), moderada (2º grau) ou grave (3º grau). Quanto maior o grau, mais intensos são os sintomas da desidratação.

A desidratação costuma ser temporária quando ela é causada por eventos como:

  • Febre alta;
  • Diarreia;
  • Suor excessivo;
  • Vômito;
  • Uso de remédios diuréticos.

No entanto, você também pode ficar desidratado simplesmente por não estar bebendo água suficiente.

Consequências da desidratação

homem bebendo água

A desidratação, se não tratada, pode causar muitos danos à nossa saúde. Veja abaixo as principais consequências da desidratação e por que é tão importante tomar água:

1. Falta de energia

De fato, beber poucos líquidos pode trazer muita indisposição. 

É importante lembrar que não é só a água que está sendo perdida. Junto dela, deixam o nosso corpo sais minerais e nutrientes indispensáveis para o funcionamento correto do metabolismo. 

Além disso, nossas células precisam de água e a escassez desse recurso pode causar uma grande falta de energia.

2. Infecção urinária 

Quadros de infecção urinária recorrente podem ter relação com a desidratação. Isso porque a água que compõe a urina é essencial para eliminar os germes do local. No entanto, com pouca água, esse trabalho não pode ser feito da forma mais adequada. 

Como resultado, ocorre o acúmulo de bactérias no local que podem levar a infecções frequentes no trato urinário.

3. Hipertensão

A desidratação pode resultar em menos eletrólitos no organismo. No entanto, eletrólitos como o sódio e o potássio estão diretamente envolvidos no funcionamento do coração e também na regulação da pressão arterial.

Por isso, a falta de água no corpo pode levar à pressão alta.

4. Problemas nos rins

O surgimento de problemas nos rins – como as pedras nos rins, por exemplo – é uma consequência séria da desidratação contínua. 

Sem água suficiente, os rins são prejudicados e pode então ocorrer acúmulo de cristais no órgão.

5. Volume baixo de sangue

Há casos em que a desidratação é tão grave que a pessoa pode ter uma redução no volume de sangue. 

Chamada também de choque hipovolêmico, essa condição de ter baixo volume de sangue é uma situação de risco de vida – que pode causar complicações como a queda da pressão e a diminuição dos níveis de oxigênio no corpo.

6. Convulsão

A deficiência de minerais (eletrólitos) decorrente da desidratação pode levar uma pessoa a ter convulsões. 

De fato, os eletrólitos são responsáveis por uma série de impulsos elétricos. Por isso, se eles estiverem em falta, podem ocorrer erros nas mensagens elétricas que causam contrações musculares involuntárias e até mesmo a perda de consciência.

7. Lesão por calor

Você provavelmente já viu alguém com insolação. Pois é, esse é um exemplo clássico de desidratação devido à exposição excessiva ao sol. A insolação acontece quando o corpo não é capaz de regular a temperatura elevada por conta dos raios solares.

Além disso, ocorre também a perda de muita água na tentativa do corpo de regular sua temperatura corporal.

Além da exposição ao sol, a prática de exercícios físicos vigorosos ou a transpiração excessiva pode levar à desidratação e à chamada lesão por calor – cujos sintomas podem ser exaustão pelo calor e cãibras.

Tratamento

mulher com garrafa de água

A desidratação é tratada com a reposição de líquidos. Além de beber bastante água, você pode beber mais líquidos e ingerir alimentos ricos em água, como por exemplo as frutas.

Certamente, as bebidas eletrolíticas também podem ajudar a restabelecer o equilíbrio de eletrólitos no corpo.

Mas, em casos mais graves, a hidratação do organismo deve ser feita no hospital por meio de soro intravenoso. Aliás, se isso for mesmo necessário, você pode ficar 1 ou 2 dias tomando soro para se recuperar da desidratação.

Independentemente da causa da sua desidratação, tente beber bastante líquido – mesmo quando estiver doente ou se sentindo enjoado e não hesite em procurar ajuda se notar sinais claros de fraqueza e indisposição.

A fim de consumir mais água no dia a dia, crie alertas no celular para lembrar de beber água mesmo sem sede. Outra estratégia é usar aplicativos que ajudam a controlar a ingestão diária de água. Outras dicas úteis para evitar a desidratação incluem:

  1. Reduzir o consumo de álcool;
  2. Observar sinais como boca seca;
  3. Conversar com seu médico caso você use um remédio com efeitos diuréticos;
  4. Limitar o consumo de cafeína (diurético).

Por fim, lembre-se de se manter hidratado durante a prática de atividades físicas. E não se esqueça de beber ainda mais líquidos em dias quentes.

Vídeo: Sinais que você está bebendo menos água do que deveria

Fique de olho nos sinais que indicam que o seu corpo está pedindo mais água!

Fontes e Referências Adicionais

Você já sofreu alguma das consequências da desidratação? Comente então abaixo! 

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Sobre Dra. Patricia Leite

Dra. Patricia é Nutricionista - CRN-RJ 0510146-5. Ela é uma das mais conceituadas profissionais do país, sendo uma referência profissional em sua área e autora de artigos e vídeos de grande sucesso e reconhecimento. Tem pós-graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é especialista em Nutrição Esportiva pela Universidad Miguel de Cervantes (España) e é também membro da International Society of Sports Nutrition.

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