Embora a vacinação contra a COVID-19 já tenha iniciado no Brasil e no mundo, cientistas continuam a estudar medicamentos que poderiam auxiliar o tratamento da doença.
Estudos de uma equipe liderada pela Universidade da Califórnia em São Francisco indicaram que pequenas concentrações do medicamento Aplidin (plitidepsina) mataram o vírus em células humanas infectadas e em células análogas (semelhantes) de macacos.
A pesquisa saiu no jornal científico Science em 25 de janeiro. O estudo apontou que o remédio poderia ser quase 30 vezes mais potente que o Remdesivir (outro medicamento estudado contra a COVID-19), informou o San Francisco Chronicle.
Aliás, ao contrário do Remdesevir, em vez de atacar o vírus, Aplidin poderia prevenir que uma proteína específica dentro das células humanas replique o vírus.
Adicionalmente, em um experimento clínico que ocorreu na Espanha, a empresa responsável pela produção da Plitidepsina relatou que 27 pacientes que receberam o remédio passaram menos tempo no hospital se recuperando da COVID-19.
Entre esses, 81% voltaram para casa dentro de 15 dias. A saber, a taxa normal de retorno para casa é de 47%.
Além disso, em experimentos com Aplidin em ratos, o vírus desapareceu do organismo dos animaizinhos depois do tratamento.
Mais sobre o Aplidin
Este remédio é feito a partir da extração de uma criatura marinha, a Aplidium albicans. O medicamento é da empresa farmacêutica espanhola PharmaMar, mas não está disponível comercialmente em muitas partes do mundo.
A saber, na Austrália, Aplidin conseguiu a aprovação para o tratamento do mieloma, que é um tipo de câncer câncer que atinge o sangue.
No entanto, vamos com calma
Para os cientistas responsáveis pelo estudo que saiu na Science, os dados de suas pesquisas e os resultados iniciais positivos do teste clínico da PharmaMar indicam que se deve considerar fortemente expandir os testes com Aplidin como opção contra a COVID-19.
Ou seja, os estudos para avaliar se Plitidepsina realmente pode ser efetiva e segura contra a COVID-19 não estão finalizados. Logo, ainda é cedo para afirmar que o remédio seja a solução. Tanto que seu uso ainda não foi aprovado para o tratamento de pacientes com a doença.
Conforme o que o diretor operacional da farmacêutica responsável por Aplidin disse ao San Francisco Chronicle, há o planejamento de que ocorram mais testes na Espanha e nos Estados Unidos.
Portanto, é preciso esperar os resultados finais desses estudos para saber se o medicamento realmente pode ajudar contra a COVID-19.
Enquanto isso, devemos continuar a manter todos os cuidados preventivos contra o novo coronavírus, como usar máscaras, manter o distanciamento de dois metros para outras e lavar bem as mãos.
Não perca o vídeo a seguir, em que a nossa nutricionista dá dicas de cuidados e prevenção contra o novo coronavírus: