O que fazer e o que não fazer antes e depois de tomar a vacina da COVID-19

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No dia 17 de janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial de vacinas contra a COVID-19 e a vacinação dos grupos prioritários já começou em todo o Brasil.

Mas, enquanto aguardamos chegar a nossa vez de receber a imunização, é importante ficarmos atentos ao que devemos e o que não devemos fazer antes e depois de tomarmos a vacina. Confira algumas dicas importantes:

1. Quando chegar a sua vez, tome a vacina

Vacinar

A vacina está aí para ajudar a proteger contra a COVID-19 e conter o avanço da doença, que tem sufocado os serviços de saúde em todo o país. Mas, para que isso ocorra, é preciso que um bom número de pessoas se vacine.

Lembre-se de que só tomaremos as vacinas com aprovação da Anvisa, que são testadas e avaliadas antes de serem liberadas para a população. Portanto, quando chegar a sua vez, não perca a chance de se vacinar.

Fique atento à programação de vacinação do seu município para saber quando será a sua vez de receber a imunização.

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2. Não deixe a desinformação te enganar

Há muitas fake news (notícias falsas) sobre a COVID-19 rodando pelas redes sociais e aplicativos de mensagem. Mas não seja uma presa fácil da desinformação. Ao receber uma notícia alarmante sobre as vacinas, pesquise para ver se ela realmente tem fundamento.

Faça uma busca no Google para verificar se a notícia também saiu em fontes confiáveis e se tem embasamento científico. Além disso, pesquise se se ela não foi desmentida por uma agência de checagem (Lupa, Aos Fatos, Fato ou Fake, Comprova, Boatos.org E-farsas, entre outras).

3. Tome a vacina mesmo se já tiver pegado o novo coronavírus

O fato de já ter sofrido com a infecção pelo novo coronavírus não garante imunidade eterna contra a COVID-19. Como há o risco de reinfecção, ou seja, de pegar a COVID-19 mais de uma vez, mesmo quem já teve a doença precisa se vacinar.

No entanto, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados (CDC) Unidos orienta que quem recebeu anticorpos monoclonais ou plasma convalescente enquanto estava com COVID-19 deve esperar 90 dias após o tratamento para se vacinar.

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Se esse é o seu caso, converse com seu médico para saber quando será seguro para você receber a imunização.

4. Não vá tomar a vacina caso esteja com COVID-19 ou tenha sido exposto ao vírus

Doente em casa

Seu teste de COVID-19 deu positivo, você acha que está com sintomas do novo coronavírus ou foi exposto ao vírus? Então, não vá se vacinar até terminar o período recomendado de isolamento, que costuma ser de 14 dias.

Esse cuidado é importante para que você não contamine os profissionais de saúde do local de vacinação e as outras pessoas que estejam por ali para se vacinar ou por algum outro motivo.

5. Tome a vacina mesmo se seus sintomas continuarem meses após ter pegado COVID-19

Algumas pessoas continuam a ter sintomas como fadiga, brain fog (confusão, esquecimento, falta de foco e pouca clareza mental), dores de cabeça e outras dores mesmo meses após o vírus ter ido embora do corpo.

Entretanto, segundo o professor da Escola Nacional de Medicina Tropical da Baylor College of Medicine, Peter Hotez, essas reações não devem impedir uma pessoa de tomar a vacina da COVID-19.

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De acordo com Hotez, acredita-se que esses sintomas persistentes não sejam devido a uma infecção ativa pelo novo coronavírus, mas por conta de uma resposta inflamatória prolongada ao vírus. Ou seja, o vírus foi embora, mas a resposta do corpo a ele continuou presente.

6. Aguarde 14 dias para tomar outra vacina

Outra recomendação do CDC é esperar pelo menos 14 dias depois de tomar a vacina da COVID-19 para receber outra vacina, como a vacina da gripe ou da herpes-zóster.

No entanto, se você tomou outra vacina sem saber que não podia durante esses 14 dias, ainda assim siga com a programação da segunda dose de vacinação da COVID-19. Em caso de dúvidas, converse com o seu médico.

7. Conte sobre suas alergias e histórico de reações alérgicas

Antes de tomar a vacina, relate ao profissional de saúde responsável pela aplicação sobre suas alergias e a respeito das reações alérgicas que já teve a vacinas.

Para as pessoas que têm histórico de reações alérgicas imediatas ou severas a vacinas ou outras injeções, o conselho do médico e especialista em saúde pública é manter uma injeção de epinefrina (adrenalina) por perto.

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Caso o seu médico já tenha te receitado o uso desse medicamento, é claro.

Trata-se de um remédio de urgência usado para reações alérgicas graves. Entretanto, a injeção de epinefrina só pode ser vendida com receita médica e usada conforme a orientação médica.

Além disso, após usá-la em uma emergência, é preciso ir imediatamente ao hospital ou até o médico que a receitou.

8. Esperar 15 a 30 minutos antes de sair com o carro

Após tomar a vacina, o CDC também aconselha aguardar uns 15 minutos antes de sair dirigindo o carro para ir embora do local de vacinação. Para quem tem histórico de reações alérgicas severas, a espera deve ser de 30 minutos.

Aguardar esse tempo é importante para descobrir se a vacina não deu uma reação de tontura ou algo mais grave, o que poderia trazer graves problemas para alguém que estivesse dirigindo o carro.

Quem tiver reações graves à vacina da COVID-19 deve buscar rapidamente um serviço de emergência.

Entretanto, vale esclarecer que a vacina que está sendo administrada no Brasil, a Coronavac, não registrou efeitos graves, segundo dados preliminares. Suas principais reações foram: dor de cabeça, fadiga e dor e inchaço no local da aplicação.

9. Tome a segunda dose na data recomendada

De acordo com o professor da Baylor College of Medicine, tomar a segunda dose da vacina é importante para assegurar que se tenha a proteção. Vale registrar que a Coronavac usada no Brasil é uma vacina de duas doses.

Logo, apenas uma dose não trará a proteção que se espera dela.

Por aqui, o Ministério da Saúde enviou um informe técnico para as secretarias estaduais de saúde que sugere a aplicação da segunda dose entre 14 a 28 dias após a primeira dose. Sem uma definição exata, cada estado pode adotar um intervalo diferente.

Portanto, fique de olho nas informações da sua cidade para saber quando deve tomar a segunda dose da vacina.

10. Continue a usar máscaras, manter o distanciamento e a tomar os demais cuidados

Distanciamento social

Mesmo após tomar a vacina da COVID-19, será necessário continuar com as medidas de prevenção contra o novo coronavírus. Primeiro, porque é preciso tomar a segunda dose para ter a proteção esperada.

Em segundo lugar, mesmo depois de receber as duas doses da vacina, há a possibilidade de carregar e transmitir o novo coronavírus, ainda que não fique doente. Conforme o CDC, ainda não se sabe se tomar uma vacina impede uma pessoa de passar o vírus para outras.

Ao mesmo tempo, a vacinação ainda está muito no começo e vai demorar certo tempo até que boa parte da população esteja imunizada.

Além disso, nem todos podem se vacinar devido a questões de saúde, enquanto outros se recusam. Sem contar que nenhuma vacina tem 100% de eficácia.

Para os cientistas, até que se tenha vacina o suficiente para imunizar além dos grupos de risco e atingir uma grande parte da população, não poderemos descartar o distanciamento social.

A epidemiologista especializada em modelagem matemática de doenças infecciosas, Azra Ghani, acredita que será necessário vacinar 70% da população para que estejamos seguros.

Portanto, mesmo depois de receber as duas doses da vacina, pense no bem coletivo e continue a usar máscaras, lavar as mãos ou passar álcool em gel, manter o distanciamento de no mínimo dois metros e a obedecer todas as outras medidas preventivas contra a COVID-19.

No vídeo abaixo, a nossa nutricionista apresenta informações falsas sobre o novo coronavírus nas quais você não deve acreditar:

Já tomou a vacina da COVID-19? Conhece alguém que tomou? Conte para nós nos comentários!

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