Diabético pode comer polenta?

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Preparada à base de farinha de milho (fubá), a polenta pode ser servida mole, dura, grelhada, frita ou pode aparecer acompanhada por molhos ou outros ingredientes em diversas receitas. Ela é conhecida como um prato típico da culinária italiana, entretanto pode ser encontrada em diversos países, inclusive aqui no Brasil.

Ela contém tanto proteína como fibras, aumentando a saciedade. É uma excelente fonte de carboidratos complexos. Esses carboidratos são quebrados lentamente, ou seja, são mais difíceis de serem digeridos e mantém os níveis de açúcar mais estáveis no sangue.

polenta

Apesar de não conter grande quantidade de vitaminas e minerais, ela contém vitamina A, que é necessária para o bom funcionamento da visão, contribui para a formação dos dentes e colágeno, além de ser necessária para a renovação celular.

A polenta ainda possui milho moído, que é uma boa fonte de carotenoides e ela não contém glúten. Além disso, é naturalmente pobre em gordura e calorias e pode ser consumida como parte de uma dieta saudável.

Entretanto, quando a pessoa possui alguma doença crônica, ela geralmente fica em dúvida se pode ingerir certos alimentos. Por exemplo, você saberia dizer se o diabético pode comer polenta? Aproveite para conhecer algumas receitas de polenta light.

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O que é a diabetes

A diabetes é uma doença caracterizada por níveis muito elevados de glicose (açúcar) no sangue. A glicose é a maior fonte de energia para o nosso organismo e é obtida através dos alimentos que consumimos nas refeições, predominantemente aqueles ricos em carboidratos.

Uma pessoa desenvolve a condição quando o seu corpo não consegue produzir uma quantidade suficiente de insulina ou não consegue utilizar o hormônio de maneira adequada. Isso faz com que a glicose se acumule na corrente sanguínea.

Será que o diabético pode comer polenta?

Polenta

Como bem explicou o pessoal da Escola de Saúde Pública TH Chan da Universidade de Harvard nos Estados Unidos, quando uma pessoa consome um alimento rico em carboidratos, o seu sistema digestivo decompõe os carboidratos digeríveis na forma de açúcar que, por sua vez, entra na corrente sanguínea. Esse nutriente é responsável por causar o maior impacto na elevação da glicose sanguínea depois de uma refeição.

Segundo o site do projeto Liga Interdisciplinar de Diabetes (Lidia) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o carboidrato está principalmente presente em alimentos como a polenta, os pães, os biscoitos, o arroz, as batatas, as massas, a mandioca, os sucos, as balas, os doces, os refrigerantes, os farináceos em geral, entre outros.

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A cada 100 gramas de polenta cozida, encontramos 23 gramas de carboidratos e 104 calorias. Já esta mesma quantidade de polenta frita contém 62 gramas de carboidratos e 362 calorias.

Portanto, como a polenta é considerada uma boa fonte de carboidratos, ainda que complexo, o seu consumo em um programa alimentar deve ser feito com moderação, especialmente se você for diabético.

A presença da contagem de carboidratos na dieta do diabético

Quando falamos dos carboidratos da polenta e a relação que eles têm com o controle dos níveis de açúcar no sangue, é importante saber que, de acordo com a Associação Americana de Diabetes, a contagem de carboidratos é uma das diversas alternativas de dieta que podem ser utilizadas para controlar os níveis de glicose no sangue dos diabéticos, usada com mais frequência por pessoas que tomam insulina duas vezes ou mais a cada dia.

O método consiste em contar a quantidade em gramas de carboidratos de cada refeição, combinando com a dose de insulina. Segundo a instituição, com o equilíbrio correto entre a prática de atividades físicas e o uso da insulina, a contagem de carboidratos pode auxiliar na manutenção das taxas de glicose no sangue.

Porém, a associação ressaltou que a quantidade de carboidratos que cada diabético pode consumir em cada refeição deve ser definida em conjunto com o médico responsável pelo tratamento. Ou seja, o limite é individualizado e determinado pelo profissional de saúde conforme as necessidades de cada pessoa.

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Ao saber o limite de carboidratos que pode ingerir por refeição, o diabético poderá (e deverá) usar essa informação como base para calcular a porção de polenta que pode comer por vez, mas sem deixar de levar em conta o teor de carboidratos do restante da refeição na hora de fazer esse cálculo. No entanto, isso deve sempre ser feito com bastante moderação e cautela.

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Fontes e referências adicionais

Você já tinha ouvido falar que diabético pode comer polenta? Possui essa condição e costuma comer polenta na dieta? Comente abaixo!

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Sobre Dra. Patricia Leite

Dra. Patricia é Nutricionista - CRN-RJ 0510146-5. Ela é uma das mais conceituadas profissionais do país, sendo uma referência profissional em sua área e autora de artigos e vídeos de grande sucesso e reconhecimento. Tem pós-graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é especialista em Nutrição Esportiva pela Universidad Miguel de Cervantes (España) e é também membro da International Society of Sports Nutrition.

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