Além da queda na temperatura, o frio típico do período do inverno pode piorar algumas dores, especialmente na região lombar e nas articulações, afetando principalmente os idosos.
Segundo o que o angiologista Álvaro Pereira disse ao Metrópoles, o incômodo durante o período de baixas temperaturas se intensifica devido a uma resposta do nosso organismo. No frio, tendemos a realizar menos movimentos corporais, menos atividades físicas e maior rigidez, o que pode ter as dores como consequência, explicou.
Além disso, o corpo se contrai involuntariamente como forma de proteção contra o frio, afetando as articulações e a circulação sanguínea, completou o médico.
Alodinia: uma queixa frequente
A especialista da clínica AcolheDOR Cristina Flávia esclareceu ao Metrópoles que essa sensação é chamada de alodinia e que é uma queixa bem frequente em pacientes com dor crônica, especialmente naqueles com dor neuropática.
Ela exemplificou que as cicatrizes doem porque se tratam de uma região de maior sensibilidade e porque têm um maior número de receptores que detectam a dor. Devido à menor circulação sanguínea, as cicatrizes tendem a ficar mais retraídas, tornando esses receptores ainda mais sensíveis.
Medidas para reduzir as dores no inverno
Para aliviar as dores comuns no inverno, é aconselhável que as pessoas se mexam, para produzir calor e evitar dores. É essencial manter o corpo em movimento, fortalecer os músculos e favorecer a circulação, apontou Pereira, que também indicou realizar aquecimentos e alongamentos.
Outra recomendação é consumir comidas e bebidas quentes, como sopa, além de alimentos termogênicos, como canela e gengibre, pois eles ajudam a estimular o metabolismo e aquecer o corpo.
Existem também técnicas terapêuticas de massoterapia que visam aliviar a dor por meio de toques e movimentos fortes ou sutis. As massagens são indicadas com o objetivo de melhorar a circulação, promover o relaxamento e liberar hormônios que reduzem o estresse.
Evitar roupas apertadas também é uma dica importante, pois elas resultam em uma maior restrição da musculatura e dos vasos sanguíneos. Recomenda-se usar moletons e tênis confortáveis.
Há ainda a biomodulação, uma técnica que utiliza luzes de LED, que pode ser terapêutica, uma vez que ativa fotorreceptores das células, estimulando o metabolismo e aquecendo o corpo.
Segundo Pereira, quando a luz de LED interage com os tecidos do corpo, há um aumento de ATP (energia) mitocondrial e óxido nítrico.
O ATP auxilia na contração muscular, contribui para a reparação de lesões nos nervos periféricos, alivia a dor e retarda o aparecimento da fadiga muscular, além de poder ter um efeito protetor contra o surgimento de dores crônicas e agudas, completou. As informações são do Metrópoles.