Dor no ovário: 8 principais causas (e o que fazer)

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A dor no ovário manifesta-se através de um incômodo ou desconforto, em diferentes intensidades, na região do baixo ventre, em um ou nos dois lados. Ela é um sintoma que pode decorrer de causas naturais, como a ovulação, mas também pode servir de alerta e sinalizar alguma alteração ou doença no organismo da mulher, como é o caso da endometriose.

Por isso, é importante estar atenta à intensidade da dor e, também, se ela vem acompanhada de algum outro sintoma. Se frequente e ocorrer fora do ciclo menstrual, a situação deve ser levada à análise e investigada por um médico ginecologista. 

1. Ovulação

A ovulação é um estágio do ciclo menstrual. É neste momento que o óvulo é liberado pelo ovário em direção à trompa, por volta do 14º dia do ciclo. Apesar de natural, este movimento do organismo feminino pode provocar algum desconforto.

A dor desencadeada pela ovulação é também conhecida como dor intermenstrual, justamente pelo momento do ciclo em que ocorre. Ela pode aparecer em intensidade variada, de leve à intensa, e variar também em duração, desde poucos minutos até algumas horas.

O que fazer?

Esse tipo de dor pode vir acompanhada de enjoos ou leves sangramentos, mas geralmente não exige tratamento. Se muito desconfortável, pode ser aliviada através de medicamentos analgésicos ou anti-inflamatórios.

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É importante saber que a dor decorrente da ovulação não costuma ser muito intensa e frequente. Por isso, quando for este o caso, deve ser investigada com mais detalhe.

2. Cisto no ovário

Dor no ovário
Os cistos costumam provocar dores, além de irregularidades menstruais

Os cistos são formações de bolsas sólidas ou cheias de líquido, dentro ou ao redor do ovário. Podem causar dor durante a ovulação, mas também durante contato íntimo. Outros sintomas desta condição são os seguintes:

  • Irregularidades menstruais 
  • Aumento da sensibilidade das mamas
  • Sangramento vaginal
  • Aumento de peso
  • Dificuldade para engravidar

Saiba mais sobre os cistos no ovário, mitos e tratamentos

O que fazer?

Em casos gerais, os cistos desaparecem naturalmente e em pouco tempo. Caso isso não ocorra, pode ser tratado com uso de pílula anticoncepcional ou realização de cirurgia para remoção.

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3. Torção no ovário

Os ovários estão presos à parede abdominal através de um ligamento fino, pelo qual passam vasos sanguíneos e nervos. Em algumas circunstâncias, esse ligamento pode torcer ou dobrar, o que desencadeia dor intensa e constante.

Essa condição é mais frequentemente observada em mulheres que apresentam cisto no ovário, pois o cisto faz com que os ovários fiquem maiores e mais pesados que o normal, dificultando sua sustentação.

O que fazer?

Esta é uma situação considerada emergencial, portanto, a paciente deve recorrer a um pronto-socorro assim que identificar os sintomas. Após análise e diagnóstico, certamente será recomendado o tratamento mais adequado.

4. Endometriose

A endometriose consiste no crescimento e expansão do endométrio (tecido localizado no interior do útero) para fora de sua localização normal. Esta condição pode provocar alguns sintomas, como:

  • Dor intensa, que pode irradiar para as costas
  • Dor após contato íntimo
  • Sangramento intenso e anormal durante o período menstrual
  • Enjoo, náuseas e vômitos
  • Dificuldade para engravidar

Apesar de ainda não ser curável, seus sintomas podem ser tratados e aliviados sob orientação de um médico ginecologista. 

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O que fazer?

Geralmente, são recomendados tratamentos que incluem o uso de pílula anticoncepcional, DIU hormonal ou medicamentos anti-hormonais. Existe também a opção de realização de cirurgia para remoção do tecido expandido. Esta medida, além de reduzir os sintomas, viabiliza chances de gravidez.

5. Doença inflamatória pélvica (DIP)

Esta doença é uma inflamação originada na vagina e progride, avançando para o útero, as trompas e, finalmente, os ovários, espalhando-se por uma grande área pélvica. Seus sintomas são:

  • Dor no ovário
  • Corrimento vaginal de cheiro forte e coloração anormal
  • Dor no contato íntimo
  • Febre

As causas da doença inflamatória pélvica decorrem principalmente do tratamento incorreto de ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) ou de infecções adquiridas no parto.

O que fazer?

Para os casos desta inflamação, o médico ginecologista costuma sugerir tratamentos com antibióticos injetáveis ou orais, além da recomendação que a paciente evite contato íntimo ao longo deste período.

6. Gravidez ectópica

A gravidez ectópica consiste no desenvolvimento de um embrião fora do útero. Frequentemente, esse desenvolvimento é observado nas trompas, mas também pode ocorrer no ovário, no colo do útero ou na cavidade abdominal.

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Além da dor no ovário, pode manifestar estes sintomas:

  • Cólica intensa, acentuada com movimento
  • Sangramento vaginal
  • Dor no contato íntimo
  • Tontura, náuseas, vomito e desmaio

O que fazer?

Para o diagnóstico mais preciso, é necessária a realização de exames e sua análise. Feito isso, o tratamento geralmente leva à cirurgia para retirar o embrião.

7. Câncer no ovário

Câncer de ovário
O câncer no ovário pode causar dor conforme a evolução da condição

Este é um tumor maligno que pode afetar um ou os dois ovários. Não costuma manifestar-se através de sintomas em fases iniciais, mas, conforme progride, pode causar:

  • Dor no ovário ou pélvica
  • Sangramento fora do fluxo menstrual
  • Inchaço abdominal e sensação de estufamento
  • Prisão de ventre ou diarreia
  • Cansaço frequente

O câncer no ovário pode acometer mulheres de qualquer idade, mas é mais frequente naquelas de idade entre 50 e 70 anos. Além disso, outro fator de risco é a presença de câncer no ovário ou nas mamas no histórico familiar.

O que fazer? 

Após a realização de exames para diagnóstico, o tratamento comumente é direcionado à cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.

8. Síndrome do ovário remanescente

Esta é uma condição rara, que pode ocorrer após a cirurgia de retirada de um ou dos dois ovários, quando há resíduo do tecido ovariano após a remoção. 

Na maioria dos casos, é ocasionada por sangramento intenso durante a cirurgia ou por manuseio inadequado da técnica cirúrgica aplicada.

O que fazer?

A solução geralmente volta-se à uma nova cirurgia ou à terapia de reposição hormonal, a ser indicada por um médico ginecologista.

Fontes e referências adicionais

Você já sofreu com dor no ovário por uma das condições listadas acima? Como foi o tratamento? Comente abaixo!

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