Se você faz parte do time daqueles que não conseguem começar o dia sem uma boa xícara de café, então, aí vai uma boa notícia: novos estudos sugerem que podem haver benefícios da bebida para o fortalecimento muscular após os 50 anos. Saiba mais neste artigo!
Os amantes do café podem comemorar, ops, bebemorar! Recentes estudos apontam que o café possui compostos bioativos, desde vitamina B2 (riboflavina), minerais como magnésio, polifenóis e diterpenos, conferindo à bebida um valor nutricional que não pode ser ignorado.
De acordo com um estudo publicado na Nature Metabolism, a molécula natural trigonelina presente no café e também no corpo humano pode auxiliar o combate à sarcopenia, doença na qual as alterações celulares que ocorrem durante o envelhecimento enfraquecem gradativamente os músculos do corpo e causam a perda acelerada de massa muscular, a força e a independência física.
O problema da sarcopenia é que o cofator celular NAD+ diminui com a idade e as mitocôndrias, as potências das nossas células, produzem menos energia.
Assim, os níveis de trigonelina ficam mais baixos em idosos, mas podem ser aumentados através do fornecimento desta molécula e também do aminoácido essencial L-triptofano e da vitamina B3, encontrados no café.
Nesse sentido, essas pesquisas apontam a importância da descoberta da trigonelina como um novo precursor do NAD+, aumentando a possibilidade de estabelecer intervenções com vitaminas produtoras de NAD+, para aplicações tanto na longevidade saudável quanto em doenças relacionadas à idade.
Sem dúvida, a possibilidade da molécula natural dos alimentos interagir com as características celulares do envelhecimento é uma descoberta bem promissora.
Mas é necessário aguardar mais estudos para confirmar como o café pode ajudar em relação aos músculos e o envelhecimento. Não é possível considerar a bebida como milagrosa na preservação de músculos de pessoas mais velhas e outras estratégias são necessárias para evitar o problema.
Nesse sentido, recentemente, um estudo publicado no Journal of Agricultural and Food Chemistry, apontou que o extrato de café (com concentração de cafeína, genisteína, teobromina e trigonelina) pode inibir o acúmulo da proteína tau no cérebro, apontada como uma das responsáveis por doenças degenerativas como Alzheimer, Parkinson, entre outras.
Certamente, isso vale apenas para aqueles que gostam ou toleram bem a cafeína, pois se por um lado a cafeína nos deixa mais dispostos, melhorando, inclusive o raciocínio e o desempenho em atividades físicas, por outro lado, ela também pode provocar um aumento repentino da pressão arterial.
Por isso, certamente, a cafeína e seus benefícios só valem ser considerados para quem tolera essa substância, embora um estudo feito pela Associação Americana do Coração (AAC) tenha concluído que uma xícara apenas não representa riscos de morte por ataque cardíaco, acidente vascular cerebral (AVC) ou outro tipo de doença cardiovascular.
Portanto, o problema está nos excessos. Saiba mais sobre quais são os efeitos da cafeína no organismo.