O exercício pode reduzir o risco de doença cardíaca em mulheres com câncer de mama, mostraram resultados de um estudo clínico.
As pacientes com câncer de mama estão expostas a um risco maior de complicações cardiovasculares durante e após o tratamento do câncer com a quimioterapia e radioterapia. Estes riscos podem ser exacerbados pela obesidade e estilos de vida sedentários.
O estudo constatou que as pacientes que participaram de um programa de exercícios de 16 semanas tiveram um risco significativamente reduzido de desenvolver doenças cardiovasculares em comparação às suas contrapartes sedentárias.
“A principal causa de mortalidade em mulheres diagnosticadas com câncer de mama em estágio inicial é a doença cardíaca”, disse Kyuwan Lee, estudante de doutorado da Universidade do Sul da Califórnia (USC), observando que o exercício prescrito não é considerado um tratamento padrão atualmente.
“Esperamos que este estudo mostre a importância do exercício na redução do risco de doença cardíaca para enfatizar a necessidade de integrar o exercício na prática clínica para pacientes com câncer”, acrescentou.
Para o estudo, publicado na revista Oncology, a equipe realizou um ensaio clínico randomizado que incluiu 100 mulheres sedentárias e obesas sobreviventes do câncer de mama.
As mulheres participaram de três sessões semanais supervisionadas de exercícios individuais durante 16 semanas: 80 minutos de exercícios de resistência e exercícios aeróbicos durante dois dias e 50 minutos de exercícios aeróbicos no terceiro dia. Esta intervenção atende às diretrizes de exercícios estabelecidas pela American Cancer Society para sobreviventes de câncer.
As descobertas são apenas o começo para Lee. Em sua próxima fase, ele planeja estudar a prevenção da disfunção cardiovascular em pacientes com câncer submetidos à quimioterapia cardiotóxica, que usa drogas cujos efeitos colaterais podem causar danos irreversíveis aos músculos do coração.