Fones de ouvido e sons altos são um perigo para audição de jovens, mostram estudos

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A audição é um sentido que nos permite experimentar e interagir com o mundo ao nosso redor. No entanto, a crescente exposição a sons intensos tem colocado em risco a saúde auditiva da população global. A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que, até 2050, haverá 2,5 bilhões de pessoas com deficiência auditiva, e alarmantemente, estima-se que 1,1 bilhão destes serão jovens.

Jogador focado jogando online no computador moderno
A OMS estima que, até 2050, 1,1 bilhão de jovens terão deficiência auditiva

Espaços como discotecas, com sons frequentemente ultrapassando 100 decibéis, têm intensidade comparável ao ruído de uma motosserra ou britadeira. 

A exposição diária ao barulho está aumentando constantemente, e também cresce o número de jovens e adolescentes que danificam sua audição por meio de várias fontes de som alto, muitas vezes ouvidas através de fones de ouvido.

A surdez pode ser causada por motivos antes ou após o nascimento

Além da exposição ao ruído, diversas doenças infantis e juvenis podem influenciar negativamente a audição, levando a diferentes níveis de surdez. Infecções contraídas durante a gravidez, como rubéola ou caxumba, podem aumentar o risco de problemas auditivos para o bebê. 

A vacina combinada contra sarampo, caxumba e rubéola (VASPR) desempenha um papel crucial na prevenção dessas infecções. O consumo de álcool ou drogas durante a gravidez é outro fator que pode resultar em surdez e outras deficiências graves, devido às desordens do espectro alcoólico fetal.

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No âmbito infantil, resfriados ou otites persistentes são causas comuns de surdez temporária. Um mero congestionamento nasal pode inflamar a trompa de Eustáquio, que nas crianças é mais curta, tornando-as mais propensas a otites médias — uma enfermidade comum até os seis anos e muito dolorosa.

Criança com otite
Em crianças, resfriados ou otites frequentes podem causar surdez passageira

Já no âmbito genético, condições como trissomia 21 (síndrome de Down) ou fenda lábio-palatina (lábio leporino) têm uma probabilidade maior de ter problemas auditivos. O mesmo ocorre com algumas condições renais, tireoidianas e cardíacas.

Vários estudos pelo mundo identificaram uma ligação surpreendente com a psoríase. Essa condição de pele inflamatória que prejudica os tecidos também pode impactar o delicado ouvido interno, levando à surdez.

Em algumas situações, pode-se recuperar a audição. Quando tratada adequadamente, uma otite média causa apenas uma perda auditiva temporária. Contudo, se o prejuízo for intenso, medidas adicionais são necessárias para restabelecer a conexão com o universo sonoro.

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Aparelhos auditivos são frequentemente usados, podendo ser posicionados atrás da orelha ou, em casos de perda auditiva mais grave, dentro do ouvido. Uma opção terapêutica é o implante coclear: inserido por cirurgia, ele envia sinais elétricos diretamente ao nervo auditivo que são percebidos como sons.

Se essas abordagens não funcionarem, a pessoa pode optar por aprender a língua de sinais. Essa linguagem se baseia em gestos, expressões faciais, movimentos corporais e sinais feitos com as mãos, seguindo vocabulário e gramática próprios.

Durante a gestação, a audição é o sentido mais aguçado do feto. O ouvido, incrivelmente sensível e ativo até mesmo durante o sono, tem propriedades surpreendentes. 

O ouvido humano é fascinante e abriga o menor osso do corpo, o estribo, medindo entre 2,6 e 3,4 milímetros e pesando de 2 a 4,3 miligramas. Junto com outros dois ossinhos, o martelo e a bigorna, ele conduz vibrações do tímpano ao ouvido interno, que são interpretadas pelo cérebro como sons.

Para garantir a proteção desse sentido vital, é fundamental evitar a exposição excessiva ao ruído, especialmente em crianças e adolescentes. Medidas simples, como reduzir o volume da música ou evitar trilhas sonoras intensas de jogos de computador, principalmente quando ouvidas por fones de ouvido, podem fazer uma diferença significativa.

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Você sabia dos perigos da exposição a sons altos e fones de ouvido? O que você achou dos dados divulgados pela OMS? Você tem o hábito de ouvir música em fones de ouvido ou frequentar lugares muito barulhentos? Comente abaixo!

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Sobre Valdir Campos

Valdir de Campos Júnior é estudante de jornalismo, e combina sua paixão pela escrita com um forte interesse pelo universo da saúde e boa forma. Valdir é motivado pela curiosidade e pelo desejo de adquirir conhecimento, visando inspirar e informar as pessoas sobre um estilo de vida saudável.

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