Se você é do time que não consegue acordar cedo para malhar, agora você tem uma desculpa: um estudo apontou que o melhor horário para treinar é depois das 18h.
Pesquisadores da Universidade de Sydney, na Austrália, identificaram que pessoas que se exercitam à noite têm menor risco de desenvolver doenças cardíacas em comparação aos que cuidam do condicionamento físico de manhã.
Na pesquisa, 30 mil pessoas obesas com idade média de 62 anos tiveram suas rotinas de exercícios analisadas por oito anos.
O grupo que se exercitava depois das 18h apresentou um risco 61% menor de morrer e 36% menor de desenvolver doenças cardíacas em comparação com pessoas obesas que não praticavam nenhum exercício.
No entanto, quem fazia exercícios nas primeiras horas da manhã apresentou metade dos benefícios: 33% menos probabilidade de morrer e 17% menos de desenvolver doenças cardíacas.
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“Esse estudo sugere que o momento da atividade física pode ser uma parte importante das recomendações para o futuro controle da obesidade e diabetes tipo 1 e dos cuidados de saúde preventivos em geral”, disse Emmaneul Stamatakis, professor, autor do estudo e diretor do Mackenzie Wearables Research Hub.
As atividades físicas não se limitavam apenas a exercícios na academia, por exemplo, mas também a outros métodos como caminhar e limpar a casa. Ademais, foram levados em consideração detalhes como idade, sexo, hábitos de fumar e ingestão alimentar.
Todas as atividades dos participantes do estudo foram analisadas por um monitor de condicionamento ligado 24h. Eles foram classificados em quatro categorias, que variavam de acordo com quando ocorreu a maior parte de suas atividades: manhã, tarde e noite.
Os da manhã faziam suas atividades entre 6h e meio-dia, enquanto os atletas da tarde só começavam com os exercícios entre às 18h e meia-noite. O estudo mais recente foi baseado em pesquisas anteriores e são observacionais.
“Devido a uma série de fatores sociais complexos, cerca de dois em cada três australianos têm excesso de peso ou obesidade, o que os coloca em um risco muito maior de doenças cardiovasculares graves, como ataques cardíacos e derrames, ou até morte prematura”, analisou Dr. Angelo Sabag, especialista em Fisiologia do Exercício na Universidade de Sydney, em comunicado.
“O exercício não é de forma alguma a única solução para a crise da obesidade, mas essa investigação sugere que as pessoas que conseguem planejar suas atividades em determinados momentos do dia podem compensar melhor alguns destes riscos para a saúde”, concluiu o texto.