Piodermite: o que é, tipos, sintomas e tratamento

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A piodermite é uma infecção de pele causada por bactérias, que pode se apresentar de formas diferentes, indo desde casos leves e superficiais, até quadros mais graves, que necessitam de atendimento hospitalar.

E justamente por ter essa diferença nos sintomas, é comum que existam algumas confusões e dúvidas sobre o tema, principalmente nos casos mais leves.

Por isso, vamos entender melhor o que é a piodermite e seus sintomas e tratamentos, além de conhecer algumas dicas que podem ajudar na prevenção e no tratamento do problema.

Tipos de piodermite

Apesar de ser considerada por muitos como um problema de saúde único, a piodermite é uma doença que pode aparecer de diferentes formas, dependendo de fatores como:

  • Bactéria causadora
  • Profundidade da infecção
  • Estado de saúde da pessoa, principalmente do sistema imune
  • Local afetado

Assim, a seguir vamos nos aprofundar nos seis tipos mais comuns de piodermite:

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1. Impetigo

O impetigo é o tipo de piodermite mais comum, e normalmente é causada pelas bactérias Streptococcus pyogenes e Staphylococcus aureus.

Ele pode se apresentar de três formas:

  • Impetigo comum ou não-bolhoso, que forma pequenas bolhas semelhantes a espinhas.
  • Impetigo bolhoso, que leva a um quadro mais doloroso e disseminado, com bolhas cheias de um líquido amarelo.
  • Ectima, considerada a forma mais grave do impetigo, que pode atingir camadas mais profundas da pele.
impetigo
O impetigo é uma condição bacteriana que provoca bolhas na pele

2. Foliculite superficial

Este tipo de piodermite é causado pela inflamação e obstrução do folículo piloso, que ocorre em áreas mais expostas ao atrito e ao suor.

Assim, nesses casos, é possível ver uma pequena bolinha com secreção justamente no local onde sai o pelo.

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Veja também: Foliculite – Causas, sintomas e tratamento

3. Furúnculo

O furúnculo é considerado uma foliculite profunda, onde a infecção atinge tanto o folículo piloso quanto a glândula sebácea logo abaixo dele. 

Nesse caso, a lesão formada costuma ser maior, com bastante vermelhidão e dor na região afetada. 

Veja também: Pomadas para furúnculo mais usadas e cuidados

4. Erisipela

Neste tipo de piodermite, as bactérias entram no organismo através de um ferimento, causando os sintomas clássicos do problema, que incluem vermelhidão, dor, coceira e formação de bolhas.

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Além disso, a erisipela pode causar também alguns sintomas sistêmicos, como febre, dores de cabeça e nas articulações.

5. Celulite 

No caso da celulite infecciosa, as bactérias já atingiram a parte mais profunda da pele, chamada de hipoderme.

O problema costuma causar uma vermelhidão intensa na pele, além de dor e febre alta. Em alguns casos, pode ser necessária a internação hospitalar, para o uso de antibióticos mais fortes.

6. Síndrome da pele escaldada

Aqui a doença é causada por toxinas produzidas por Staphylococcus aureus, que são transportadas pelo sangue e causam a descamação da pele, que fica com a aparência de uma queimadura.

No entanto, o problema pode ser causado por alguma infecção em outros órgãos, como o ouvido, e não necessariamente na pele.

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Camadas da pele

Piodermite é transmissível?

Alguns tipos de piodermite, como o impetigo, podem ser contagiosos. Por isso, as medidas de higiene e o início precoce do tratamento são recomendados.

No entanto, outros tipos de piodermite, como a foliculite, não são contagiosos, embora as medidas de higiene também sejam recomendadas, mas para evitar o agravamento do problema.

Por isso, é importante procurar um médico caso tenha alguma suspeita de piodermite, para que o profissional possa realizar o diagnóstico adequado e assim evitar o possível espalhamento da doença.

Tratamento piodermite bacteriana 

Como os diferentes tipos de piodermite são causados por bactérias, o tratamento inclui o uso de medicamentos antibióticos.

No entanto, a formulação desses medicamentos pode variar, conforme a gravidade do problema:

  • Pomadas antibióticas: Esse tipo de medicamento, em geral, é usado para infecções mais superficiais e leves.
  • Antibióticos orais: Já os medicamentos orais, que podem ser em comprimidos ou soluções, são usados em casos de infecções mais profundas, uma vez que as pomadas não conseguiriam chegar ao local do problema.
  • Antibióticos injetáveis: Por fim, para casos mais graves e disseminados, pode ser necessário o uso de medicamentos injetáveis, que chegam ao local da infecção através da corrente sanguínea.

Além disso, seu médico pode prescrever o uso de anti-inflamatório para piodermite, já que as bactérias, bem como suas toxinas, causam um quadro de inflamação local.

Dicas e cuidados

As doenças bacterianas são extremamente comuns e, na maioria das vezes, não causam complicações. 

No entanto, quando não tratadas corretamente, esses distúrbios de saúde podem se agravar, levando a quadros sérios de saúde e mesmo a morte, embora isso seja raro em casos de piodermite.

Por isso, separamos algumas dicas que podem te ajudar a prevenir a piodermite e suas complicações, e que também auxiliam no tratamento medicamentoso. São elas:

  • Siga corretamente a prescrição médica, em especial no caso de antibióticos. Assim, é possível evitar o desenvolvimento de bactérias resistentes.
  • Evite compartilhar toalhas com outras pessoas.
  • Lave as mãos antes de iniciar os cuidados com as feridas infectadas, e depois também.
  • Cuide da saúde e da higiene de animais domésticos, já que muitas doenças de pele podem ser transmitidas por eles.
  • Sempre que sofrer algum ferimento na pele, como cortes e arranhões, lave o local com um sabão neutro e utilize soluções antissépticas.

Desta forma, é possível evitar boa parte das infecções e das complicações por elas causadas.

Fontes e referências adicionais

Você já teve ou conhece alguém que teve piodermite? Como foi o tratamento? Comente abaixo!

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Sobre Dra. Akemi Martins

Dra. Akemi Martins Higa é bióloga, formada pela Universidade Federal de São Carlos em 2011. Doutora na área de Medicina Tropical e Saúde Internacional, com ênfase em doenças neurodegenerativas, pela Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de nanotecnologia e imunologia aplicada ao diagnóstico de neuromielite óptica e esclerose múltipla. Para mais informações, entre em contato.

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