O novo coronavírus e suas características vão se tornando cada vez mais conhecidos dos cientistas. Agora, um novo estudo da Fiocruz confirmou que é possível contrair COVID-19 novamente.
De acordo com os pesquisadores, a segunda infecção pode até mesmo ser mais grave do que a primeira.
Desta forma, com os números de casos aumentando cada vez mais, é importante entender o que diz o estudo da Fiocruz e saber como se proteger.
Infecção não garante imunidade, dizem especialistas
Embora não haja evidências de que contrair o novo coronavírus possa proteger contra uma nova infecção, muita gente relaxa nos cuidados depois da recuperação.
O estudo realizado pela Fiocruz demonstrou que relaxar nas medidas de prevenção após a primeira infecção pode ser perigoso.
A pesquisa, que foi publicada na revista Social Science Research Network, como outras pesquisas recentes, apontou que a reinfecção é possível.
De acordo com os pesquisadores, isto demonstra que os cuidados devem ser redobrados, já que a segunda infecção pode ser ainda mais grave que a primeira.
Para os cientistas responsáveis pelo estudo, o corpo não cria uma memória imunológica após a infecção. O corpo lança uma resposta genérica para combater o novo coronavírus.
Sendo assim, por não apresentar uma resposta específica para este tipo de infecção, o corpo não gera uma memória imunológica forte.
Desta maneira, embora consiga derrotar as formas mais brandas da infecção, o paciente não fica protegido das formas mais graves e longas da doença.
O Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz) é o responsável pelo estudo. De acordo com os cientistas, os dados foram obtidos por meio do sequenciamento de genótipos do novo coronavírus.
O trabalho acompanhou semanalmente quatro indivíduos que não apresentaram nenhum sintoma desde o início da pandemia. Nos primeiros testes, todos foram assintomáticos, mas testaram positivo.
Já no final de 2020, alguns dos participantes relataram sintomas da doença, como febre, perda de paladar e de olfato.
Imunidade pode durar meses, mas infectado ainda pode espalhar o vírus
Um outro estudo britânico também reforça os perigos de uma segunda infecção por Covid-19. A pesquisa foi realizada pela PHE, uma organização de saúde inglesa.
O estudo apontou que pessoas infectadas têm alta probabilidade de possuir imunidade por pelo menos até cinco meses. De acordo com os pesquisadores, as chances de imunidade durante este período são de 83%.
Apesar deste dado positivo, há evidências de que aqueles que têm anticorpos ainda são capazes de transmitir o vírus.
O estudo ainda deve ser verificado por outros pesquisadores. Portanto, mesmo durante este período, é importante manter os cuidados e as medidas sanitárias contra a Covid-19.
Com o aumento de casos, é importante manter os cuidados
Provavelmente você já deve conhecer de cor todos os cuidados necessários para não contrair o novo coronavírus. No entanto, com os números de casos aumentando, é sempre bom relembrar.
- Lavar as mãos com frequência;
- Usar máscara quando não for possível manter o distanciamento;
- Não tocar nos olhos, no nariz ou na boca;
- Cobrir seu nariz e boca com o braço dobrado ou um lenço ao tossir ou expirar;
- Ficar em casa se você se sentir indisposto.
Outros cuidados como higienizar suas compras e superfícies como maçanetas e celulares também são fundamentais. Da mesma forma, procure colocar sua roupa usada na rua direto para lavar.
Lembre-se, você deve procurar atendimento médico se tiver febre, tosse e dificuldade para respirar.