Aripiprazol Engorda? Para Que Serve, Indicação e Efeitos Colaterais

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Aripiprazol é um medicamento de uso oral e adulto, que pode ser encontrado em embalagens contendo 10, 30 ou 500 comprimidos de 10 mg, 15 mg, 20 mg ou 30 mg. Sua comercialização é permitida somente mediante a apresentação da receita médica.

Para que serve Aripiprazol? 

De acordo com informações da bula, a indicação do medicamento é para o tratamento de esquizofrenia e para o tratamento agudo e de manutenção de episódios de mania e mistos associados ao transtorno bipolar do tipo I.

Além disso, o documento também revela que o remédio pode ser indicado como terapia adjunta ao lítio ou valproato dentro do tratamento agudo de um quadro de episódios de mania ou mistos associados ao transtorno bipolar do tipo I.

Aripiprazol engorda? 

Para sabermos se Aripiprazol engorda, vamos primeiro recorrer às informações contidas na bula do medicamento. E, segundo o documento, é possível que o remédio cause o aumento de peso.

Isso porque a bula informa que uma das reações adversas observadas durante estudos clínicos em que o uso do medicamento foi feito na terapia aguda, que é de até seis semanas, de maneira adjuntiva ao lítio ou valproato, foi o aumento de peso.

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Vale destacar que essa reação entra no grupo das mais comuns, observadas em no mínimo 2% dos pacientes.

A bula ainda fala sobre a realização de estudos que avaliaram o ganho de peso com o Aripiprazol em diferentes pacientes. O estudo de quatro a seis semanas que avaliou pacientes adultos com esquizofrenia concluiu que o ganho de peso médio foi de 0,7 kg e que a proporção de usuários que atenderam positivamente ao critério de aumento de peso corporal foi de 8%.

Já no caso de experimentos de três semanas com a monoterapia com Aripiprazol em pacientes adultos com mania, a elevação média de peso foi de 0,1 kg e a proporção de pessoas atendendo ao critério de ganho de peso foi de 2%.

E nos estudos de seis semanas avaliando o Aripiprazol em terapia adjuntiva com lítio ou valproato para pessoas com mania o resultado foi um aumento médio de peso de 0,6 kg e uma proporção de 3% dos participantes atendendo positivamente ao critério de ganho de peso.

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Esses dados mostram que não podemos descartar a ideia de que Aripiprazol engorda e mostram que existem possibilidades de que o paciente que usa o remédio venha a ganhar peso. Entretanto, não se trata de uma regra para todas as pessoas, já que somente uma porcentagem dos usuários avaliados sofreu com o problema.

Se você não deseja engordar, converse com o seu médico a respeito das medidas que pode tomar para evitar que isso aconteça ao receber a prescrição de usar o medicamento. Se mesmo assim experimentar o aumento de peso depois que der início ao tratamento, informe o seu médico para saber como proceder.

Por outro lado 

Também há a possibilidade de que Aripiprazol provoque a perda de peso. Isso porque a bula disponibilizada informa que outra reação adversa observada durante a avaliação pré-comercial do medicamento foi a redução do peso.

O efeito apareceu na categoria dos comuns, ou seja, registrado entre 1% a 10% dos pacientes que fazem uso do medicamento. No entanto, a bula também alerta que essa é uma das reações que, apesar de ter acontecido durante o tratamento, não foi causada necessariamente pelo medicamento.

No mesmo sentido, a parte da bula que apresenta as reações listadas nessa avaliação pré-comercial também apresenta a anorexia e a diminuição do apetite como efeitos comuns. Como sabemos, ambos estão associados a uma perda de peso.

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Entretanto, assim como acontece com a redução do peso, ambos são apresentados como reações que, apesar de ter acontecido durante o tratamento com o remédio, elas não foram causadas necessariamente pelo medicamento.

De qualquer forma, o que o documento expressa é que existem chances que o remédio também cause a perda de peso. Porém, nada de querer tomar Aripiprazol para emagrecer. Esse não é o propósito do remédio e nem existem garantias de que esse será o resultado.

Isso sem contar os riscos que a automedicação traz. Além de todos os efeitos colaterais que o medicamento pode trazer, tomar um remédio sem a orientação médica, em uma dosagem equivocada e sem saber se ele é contraindicado para você pode prejudicar seriamente a saúde do seu organismo. 

Efeitos colaterais de Aripiprazol

A lista a seguir apresenta alguns dos efeitos colaterais que podem ser provocados pelo medicamento, conforme informações da bula:

  • Sonolência;
  • Aumento da mortalidade em pacientes idosos com psicose associada à demência;
  • Eventos adversos cardiovasculares como acidente vascular cerebral (AVC) e ataque isquêmico transitório;
  • Síndrome Neuroléptica Maligna (SNM), que pode ser caracterizada por sintomas como hipertermia, rigidez muscular, estado mental alterado, irregularidade no pulso ou pressão arterial, taquicardia, arritmia cardíaca, entre outros;
  • Discinesia tardia – movimentos irregulares e involuntários;
  • Hiperglicemia;
  • Hipotensão ortostática (pressão baixa ao levantar-se);
  • Desmaios;
  • Tontura postural;
  • Diminuição de glóbulos brancos;
  • Comprometimento das capacidades motoras, de pensamento e de julgamento;
  • Disfagia (dificuldade de engolir);
  • Náusea;
  • Vômito;
  • Prisão de ventre;
  • Cefaleia (dor de cabeça);
  • Vertigem;
  • Acatisia (agitação extrema e movimentação constante, segundo o Psicoativo);
  • Ansiedade;
  • Insônia;
  • Inquietação;
  • Sedação;
  • Distúrbio extrapiramidal (que abrange sintomas motores, conforme a Psiquiatria Lisboa);
  • Tremores;
  • Visão embaçada;
  • Dispepsia (indigestão);
  • Boca seca;
  • Dor de dente;
  • Desconforto abdominal;
  • Desconforto estomacal;
  • Dor;
  • Fadiga;
  • Rigidez musculoesquelética;
  • Dor nas extremidades;
  • Dor muscular (mialgia);
  • Espasmos musculares;
  • Tosse;
  • Dor faringolaríngea;
  • Hipersecreção salivar;
  • Nasofaringite (resfriado);
  • Sintomas de distonia como espasmos musculares no pescoço, compressão na garganta, dificuldade para engolir; dificuldade para respirar, protusão (deslocamento para a frente) da língua, em pessoas susceptíveis durante os primeiros dias de tratamento – segundo a bula o risco é mais elevado em grupos de homens e indivíduos mais jovens;
  • Diminuição das plaquetas no sangue;
  • Frequência cardíaca baixa;
  • Insuficiência cardiopulmonar;
  • Infarto do miocárdio;
  • Parada cardiorrespiratória;
  • Bloqueio atrioventricular;
  • Extrassístoles (alterações na formação do impulso elétrico do coração segundo o Instituto Amato);
  • Taquicardia sinusal, supraventricular e ventricular;
  • Dor no peito;
  • Fibrilação atrial (frequência cardíaca irregular que pode ser acelerada e provocar a má circulação do sangue, segundo o Hospital Albert Einstein;
  • Isquemia miocárdica (transtorno da função cardíaca que surge em decorrência da insuficiência de fluxo sanguíneo ao tecido muscular do coração, segundo o Portal Brasil 10;
  • Flutter atrial (um tipo de arritmia, segundo o Hospital Albert Einstein);
  • Sensibilidade excessiva à luz;
  • Edema (inchaço) na pálpebra;
  • Visão dupla;
  • Fotopsia (visão de traços luminosos não existentes);
  • Diarreia;
  • Doença do fluxo gastroesofágico;
  • Inchaço na língua;
  • Edema periférico;
  • Febre;
  • Edema facial;
  • Angioedema (alergia, inchaço na pele);
  • Sede;
  • Hipotermia;
  • Hepatite;
  • Icterícia;
  • Hipersensibilidade;
  • Queda;
  • Automutilação;
  • Insolação;
  • Enzima hepática elevada;
  • Diabetes mellitus;
  • Redução do potássio no sangue;
  • Cetoacidose diabética (aumento de determinados tipos de ácidos no sangue);
  • Fraqueza muscular;
  • Compressão muscular;
  • Mobilidade reduzida;
  • Rabdomiólise (destruição dos músculos);
  • Distúrbios da fala;
  • Parkinsonismo;
  • Coordenação anormal;
  • Comprometimento da memória;
  • Lentificação de movimentos involuntários;
  • Diminuição do tônus muscular;
  • Contração muscular brusca, involuntária e de duração bem curta;
  • Aumento anormal do tônus muscular;
  • Perda completa dos movimentos involuntários;
  • Movimentos lentos ou retardados;
  • Associação de movimentos involuntários;
  • Pensamentos suicidas;
  • Agressividade;
  • Perda da libido;
  • Tentativa de suicídio;
  • Hostilidade;
  • Aumento da libido;
  • Raiva;
  • Inibição do orgasmo;
  • Delírios;
  • Suicídio concluído;
  • Tique;
  • Pensamentos homicidas;
  • Catatonia;
  • Sonambulismo;
  • Retenção de urina;
  • Aumento do volume da urina;
  • Eliminação excessiva de urina durante a noite;
  • Menstruação irregular;
  • Disfunção erétil;
  • Ausência de menstruação;
  • Dor nas mamas;
  • Crescimento de mamas em homens;
  • Ereção persistente;
  • Congestão nasal;
  • Falta de ar;
  • Pneumonia por aspiração;
  • Erupção cutânea;
  • Aumento anormal da transpiração;
  • Coceira;
  • Queda de cabelo;
  • Urticária;
  • Reação de fotossensibilidade;
  • Hipertensão;
  • Hipotensão.

Ao experimentar um ou mais dos efeitos mencionados acima – ou qualquer outro tipo de reação adversa – converse com o médico responsável pelo seu tratamento para saber como proceder.

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Contraindicações e cuidados com Aripiprazol

A bula também alerta que o remédio não pode ser utilizado por indivíduos que sofrem com hipersensibilidade ao aripiprazol ou qualquer outro dos componentes do medicamento e que deve ser usado com cuidado em pacientes com histórico de convulsões.

O documento recomenda ainda que o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas durante o tratamento com Aripiprazol porque a sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas e que o médico deve fazer uma supervisão cuidadosa durante o tratamento em relação aos pacientes com alto risco de suicídio e que tenham a doença de Alzheimer ou diabetes.

Além disso, o tratamento com o remédio também exige cuidados em pessoas com doença vascular conhecida (histórico de infarto do miocárdio ou doença cardíaca isquêmica, insuficiência cardíaca ou anormalidades de condução), com doença cerebrovascular ou condição de podem levar à baixa pressão (hipotensão) como desidratação, hipovolemia e o uso de medicamentos hipertensivos e com risco de pneumonia por aspiração.

O documento ainda ressalta que a prescrição para pessoas que passarão por situações em que pode haver uma elevação da temperatura corporal central como exercícios extenuantes, exposição ao calor extremo, desidratação, entre outros, exige atenção adequada.

Ainda segundo a bula, o uso de Aripiprazol não é indicado para mulheres que estejam amamentando e mulheres grávidas só devem usar o medicamento em casos em que o médico orientar e acompanhar e, obviamente, souber da gestação de sua paciente.

A bula também informa que o remédio pode interagir com outros medicamentos. Portanto, ao receber a indicação do uso do medicamento, informe ao seu médico a respeito de outros que você esteja utilizando para que ele determine se pode ocorrer uma interação ou não e se as duas substâncias podem ser ingeridas simultaneamente.

Outro alerta importante contido no documento é que o usuário deve evitar o consumo de bebidas alcoólicas enquanto segue o tratamento com Aripiprazol.

Você conhece alguém que tome e afirme que o aripiprazol engorda? Foi receitado o uso desse medicamento e tem receio de seus efeitos colaterais? Comente abaixo!

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