Como estimular as ondas theta para dormir melhor

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Mesmo enquanto dormimos, o nosso cérebro não para: o tempo todo ele gera atividade elétrica para fazer conexões neuronais e suas funções fisiológicas. Os pulsos elétricos usados para a comunicação dos neurônios são chamados de ondas cerebrais e a ciência conhece cinco delas: gama, beta, alfa, theta e delta.

Mas, o que exatamente as ondas theta têm a ver com o sono? Bem, elas surgem quando uma pessoa está dormindo ou sonhando, porém jamais nas fases mais profundas do sono. Em outras palavras, a sua prevalência é naquele momento em que a pessoa está quase adormecendo ou no sono mais leve, pouco antes de acordar.

Além disso, as ondas theta podem aparecer durante um momento de vigília, no entanto, apenas quando alguém está em um estado mental bem relaxado, com a mente no chamado piloto automático.

Porém, se muitas ondas theta surgirem no período é possível que a pessoa se sinta um pouco lenta ou dispersa. Acredita-se que elas sejam importantes para o processamento de informações e a constituição da memória. Além disso, algumas pesquisas já associaram as ondas theta a diferentes tipos de aprendizado.

Vale a pena destacar que as ondas cerebrais são medidas por meio de eletroencefalograma (EEG) e são registradas em ciclos por segundo ou hertz (Hz). As ondas theta estão entre as mais lentas e vão de 4 a 8 Hz.

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Depois delas, temos as ondas delta, que vão de 0,5 a 4 Hz e também aparecem enquanto uma pessoa dorme, entretanto, somente na parte do sono profundo e restaurador.

É considerado natural que os ciclos das ondas cerebrais tenham frequências diferentes, dependendo do que a pessoa está fazendo, porém eles podem ser perturbados por fatores como estresse, remédios ou a falta de um sono de qualidade.

É possível usar as ondas theta para obter benefícios?

Alzheimer
As ondas theta poderiam ajudar a detectar a doença de Alzheimer

A verdade é que os especialistas ainda estão descobrindo muitas informações sobre as frequências cerebrais, porém já existem algumas pistas.

Por exemplo, em um estudo de 2017, que contou com voluntários que usavam implantes sem fio, pesquisadores apontaram que as ondas theta surgem quando são explorados locais desconhecidos, com picos de atividades nos momentos em que as pessoas se movem mais rápido.

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Uma pesquisa do mesmo ano identificou a atividade theta durante um tipo específico de aprendizado, ao qual não se tem um acesso consciente, como quando alguém aprende a andar de bicicleta, o que é chamado de aprendizado implícito.

Um possível uso pelos médicos seria na detecção da doença de Alzheimer, que poderia ser medida ao notar distúrbios nas ondas theta. Futuramente, acredita-se ser possível utilizar esses conhecimentos para auxiliar a formação de memórias, o aprendizado e o combate à ansiedade.

Está certo, mas e quanto ao sono? Bem, isso tem a ver com os possíveis usos dos sons binaurais, que são produzidos ao tocar ruídos de frequências diferentes em cada saída de um fone de ouvido. Por exemplo, o lado direito toca uma frequência maior que a do lado esquerdo.

A ideia por trás disso é que o cérebro tente ajustar a audição a essa diferença e, como consequência, crie um tom separado, com base na diferença entre as duas frequências. Acredita-se que isso possa auxiliar a relaxar e até mesmo a dormir melhor. As informações são do Canaltech.

Fontes e referências adicionais

Você já tinha ouvido falar sobre as ondas theta? Imaginava que elas poderiam ter uma relação com o sono? Comente abaixo!

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